“Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um ABMUDO." (José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO) - hildebertoaquino@yahoo.com.br
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terça-feira, 20 de março de 2012
DIA MUNDIAL DA ÁGUA
Há dias comemorativos que são instituídos apenas para atender exclusivamente aos interesses comerciais. Dia das Mães, Dia das Crianças e tantos outros mais. Mas há também aqueles que são concebidos conscientemente e têm como propósito servir como um sistemático alerta sobre algo de grave que aconteceu e não deverá ser repetido, ou que poderá acontecer se não nos precavermos, ou ainda que reverenciem algo de elevada importância pelo seu legado à humanidade, como é o caso da água, e daí e entre tantos advir a justa e oportuna comemoração em 22 de março do “Dia Mundial da Água”.
Atendo-se somente a estatísticas, não custa nada relembrar: Água é a essência da vida! Todos os seres vivos contém água. Somos 70% de água no corpo humano e na medida em que envelhecemos esse percentual diminui até chegarmos em torno de 40%. Passamos até cinco minutos sem respirar, 35 dias sem se alimentar, mas não passamos de cinco dias sem água. Em uma gota d’água podem existir 50 mil espécies. Dados apontam que 97,6% das águas encontram-se nos mares e oceanos. Dos 2,4% restantes, apenas 0,02 são potáveis e estão disponíveis em rios e lagos prontos para consumo, e o restante 2,38% em aquíferos e rios subterrâneos ou se encontram em geleiras e outros locais. Elencar todos os benefícios e dados da água não seria desperdício, mas demandaria muito tempo e espaço – não só um dia, não só um livro.
Dada a sua importância, institui-se a “Declaração Universal dos Direitos da Água” no qual estão contidos os seguintes preceitos: Que devemos ser responsáveis pela economia de água; Que é um patrimônio mundial que todos nós somos responsáveis pela sua conservação; Que a água potável deve usada com economia, pois os recursos de tratamento são lentos e escassos; Que o equilíbrio do planeta depende da conservação dos rios, mares e oceanos bem como dos ciclos naturais da água; Que devemos ser responsáveis com as gerações futuras; Que precisamos usá-las tendo consciência de que não devemos poluí-las ou envenená-las; Que o homem deve ser solidário, evitando o seu desperdício e lutando pelo seu equilíbrio na natureza. A ONU quis assim obrigar todos nós a sermos responsáveis pela qualidade e manutenção, objetivando a melhoria de vida no planeta. Corretíssima!
Já alguns organismos fazem previsões até alarmantes, por vezes catastróficas sobre a água se não atentarmos enquanto é tempo. Dizem que em 2050, 45% da população não contarão com a porção mínima indispensável à sua sobrevivência. Hoje somos uma população de sete bilhões de pessoas e ao atingirmos os 10 bilhões teremos o caos. Cogita-se de uma terceira guerra mundial e desta vez por água. Países outros já pensam em como vender água potável para outras regiões do planeta. Sendo menos pessimista e cioso de que todo zelo com a água ainda é pouco, mas sem ser alarmista, podemos afirmar que há estudos que comprovam que o volume de água no mundo continua o mesmo e só muda de lugar e qualidade. E não precisa ser especialista no assunto, mas tão somente bom observador para constatar que o ciclo hidrológico é praticamente infinito. Dá-se a evaporação contínua de águas nos mares, oceanos, rios e lagos, além da própria terra e essas retomam em forma de chuvas, já próprias para o consumo dos seres vivos, já que todos, sem exceção, dependemos desse precioso líquido para viver.
Sem que isso seja estímulo ao desleixo, aqui no Brasil somos substancialmente privilegiados em água. Para conhecimento, temos não só o Rio Amazonas e outros de grande porte; temos também aquíferos subterrâneos que em um deles - o Guarani - que só na parte do território brasileiro (Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) contém cerca de 40 mil quilômetros cúbicos de água, o que equivale a soma de todas as águas contidas em rios e lagos na superfície do planeta. Até no Nordeste que o temos como seco temos aquíferos com substancial volume, suficientes à manutenção regional indefinidamente. Alguns estados dessa região, porquanto bem providos de águas contidas no subsolo, são bons exemplos da nossa afirmação. Padecem apenas pelo descuro crônico das nossas autoridades governamentais ao mal gerir e distribuir essa riqueza aos que por sede sofrem.
Não deve haver, por conseguinte, a preocupação exagerada com a falta de água, pois essa nunca acabará! Preocupados deveríamos estar com o seu melhor gerenciamento. O que nos preocupa é quando ocorre o desperdício por esbanjamento e contaminação, o que reduz substancialmente a quantidade aproveitável e assim constatamos a falta localizada desse precioso e indispensável líquido.
Somos todos igualmente responsáveis e, portanto, zelemos por tudo aquilo que prover ou é concernente a água – nascentes, matas, riachos, rios, lagos, mares e oceanos! É o mínimo que podemos fazer por nós e pelas gerações que nos sucederão.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
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