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domingo, 14 de dezembro de 2014

TERROR AVASSALADOR E CONSENTIDO!

Chegamos a um estágio insuportável ao qual estranhamente e sem alternativas nos amoldamos. Já não esboçamos reações de indignação compatíveis ao que padecemos. Será que por covardes letárgicos que propositadamente nos tornaram e, por isso, perdemos até nossa capacidade de se indignar? Até isso nos tiraram ou abdicamos? Estamos presos e destituídos da nossa CIDADANIA que apenas pressurosamente nos é assegurada pela Constituição. Ela não é mais respeitada nem por quem a elaborou – os impenitentes legisladores!
Quem dentre nós não se lembra do quanto bucólico era morar em um sítio com a tranquilidade que a vida no campo nos proporcionava? Ir à noite à casa da namorada, amigo, parente, a uma escola com a tranquilidade e convicção de que não correríamos riscos de sermos abordados por marginais extremamente truculentos que escolhem suas vítimas, nem julgam, condenam e matam impiedosamente. Em lugar algum estamos mais seguros. Igrejas, hospitais, escolas, quarteis e até a residência oficial da Granja do Torto (área de lazer dos presidentes da República), outrora respeitados, já não mais o são. A polícia vive se escondendo dos bandidos, e com razão, posto que se reconhecidos como policiais serão mortos. Um verme assassino confessou já ter morto 43 pessoas e continuava liberto e ainda ousou afirmar que se solto matará novamente! Por quê? Porque certo da impunidade! O custo decorrente da violência é três vezes maior com o que se gasta com a segurança e 90% dos crimes não são elucidados. A bandidagem domina e escarnece da nossa situação. Os atos praticados são de tal modo extremados que nem a filmes de terror e guerras se assemelham. São de uma crueza insuportável. Já não podemos possuir carro, moto, bicicleta, celular, joia, bem algum que corremos risco de morte. Eles se apossam com violência e mesmo sem que suas vítimas, de qualquer idade, esbocem reações correm o risco de perder a vida. Não mais basta roubar, têm que matar, por prazer, por perverso instinto bestial. As tristes e macabras estatísticas aumentam incontidas e avassaladoramente!
Cobramos da Justiça, justiça. Cobramos da Polícia, policiamento ostensivo. Mas esquecemos de cobrar dos responsáveis diretos, maiores, os que poderiam reverter a situação, mas que a tudo isso assistem, afundam-se nas suas poltronas confortáveis, percebem altos salários e inúmeras outras injustificadas mordomias enquanto o povo padece aterrorizado, acuado, sem perspectivas. São os POLÍTICOS, os que a cada período se apresentam como verdadeiros guardiões da sociedade, mas ao serem alçados ao poder pelo nosso voto, descuram e até desdenham da nossa dramática situação. É aviltante quanto repulsiva a apatia governamental em todas as esferas. Percebamos que nada de concreto diligenciam, fica no discurso. Os projetos são vergonhosa e criminosamente engavetados, retardados, preteridos. Revisão da maioridade penal é protelada indefinidamente sem justificativas convincentes. Acabemos também com hipocrisias e escrúpulos quer sejam religiosos e/ou humanitários (os do parcial “Direitos Humanos”) e adotemos penas severíssimas. Aquele que condenado a 30, 100 anos, que os cumpra integralmente, sem indulgências. Penas mais duras para os que delinquem como: trabalho obrigatório em hospitais, escolas, estradas etc. para custear seu sustento, prisão perpétua, pena de morte, fim das mordomias e benefícios esdrúxulos (alguns até que estimulam a violência) nada é aplicado, revisto, repensado, extinto.
Mobilizemo-nos já, cobremos, gritemos ou de outra forma resta-nos apenas chorar, eternamente, por novas vítimas posto que a bandidagem se impôs e já estamos entre os dez mais violentos do mundo, e tudo sob condescendência das autoridades e... nossa!!!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Vejam também nos endereços: 
www.tvrussas.com.br e no jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

RACISMO – OUTRAS VERDADES


Tudo bem! Vocês se acham “melhores” do que eu por terem peles mais claras ou mais escuras, de qualquer cor, mas que diferentes da minha. Presunção, tolice, asneira! Vamos lá!
Da maneira como todos foram concebidos eu fui e vocês também. O mesmo processo de gestação ocorreu - os mesmos nove meses de incômodos para minha mãe se deu com as suas, as mesmas dores na hora do parto, só divergindo se era natural ou cesariana, minha mãe sentiu quanto as suas. A mesma necessidade de apanhar na bunda para ter o primeiro choro e assim desobstruir nossas vias respiratórias – mulheres e homens (inclusive os “machões”...) – comigo e vocês também ocorreu. A mesma necessidade de se amamentar de todos, comigo e vocês não foi diferente. As mesmas sujeiras (urina e fezes fétidas) espalhadas nos colos dos nossos pais, nas fraudas, no chão, nas redes, nos berços e camas, tanto eu quanto vocês que se acham diferentes, “especiais”, depositamos. Os mesmos esforços, as mesmas quedas para engatinhar, para andar, os mesmos choros tudo parece cópia um do outro, vivenciamos do mesmo modo. Os primeiros sorrisos, as primeiras traquinagens, as primeiras zelosas repreensões dos nossos pais, os primeiros puxões de orelhas ou castigos onde permanecíamos impositivamente sentados imóveis ou ajoelhados, aquelas palmadinhas no traseiro (todas merecidas e que a asnice do nosso legislador entendeu como abusivas e as proibiu... violência é outra coisa!). A primeira reza, aula, a primeira professora (segunda mãe) por quem nutríamos, ou devíamos ter nutrido, admiração e carinho e os primeiros coleguinhas, tudo vivenciamos da mesma forma. E o primeiro brinquedo – bola ou boneca, as primeiras disputas esportivas, artísticas e culturais da nossa escola e intercolegiais... As primeiras briguinhas inconsequentes entre os da nossa turma – tapa vai, tapa vem, beliscões, puxões de orelha e cabelos...; os primeiros relacionamentos amorosos, as primeiras frustrações e alegrias, as primeiras dores e saudades, tudo era por vezes tão semelhantes que pareciam copiadas e/ou compartilhadas de um para o outro, quem fôssemos e onde estivéssemos. As primeiras mudanças físicas, formas esculturais mais sensualmente delineadas e avantajadas, mudanças na tonalidade de voz (homens em especial), até descobrimento de pelos onde não esperávamos..., espinhas e os primeiros conflitos emocionais próprios da adolescência; as primeiras descobertas sexuais (até então tabus inconcebíveis e que só comentados entre os da mesma faixa etária e nível de amizade enquanto pais ficavam por fora até descobrirem/flagrarem, por vezes). Até agora somos iguais, quase cópia do outro. A mesma luta para conseguir o primeiro emprego e os primeiros enfrentamentos de dificuldades inerentes a todos, sem exceção, independente da cor da nossa pele e do que se possa imaginar, mesmo que alguns mais privilegiados economicamente, tudo era e como ainda é, universal e peculiarmente difícil para todos. Enfim, a adultos chegamos, constituímos família, tivemos problemas na educação/convívio com os filhos e começamos o declínio físico natural e inerente a todos os seres vivos. Alegrias e decepções, sucessos e fracassos, estresse que comum a todos. E é quando o corpo começa a dar sinais de cansaço - sem privilégios raciais por não distingui-los - e até nisto somos exatamente iguais. A única certeza que temos, e nisto somos rigorosamente iguais, é que teremos um FIM ou, mais suavemente, destinos não diferenciados.  
Então, por que você e alguns outros mais imbecis racistas se acham “melhores” que eu branco ou negro, ou amarelo, ou pardo? A pele tem a mesma constituição celular em todos os seres humanos, o que varia é apenas a pigmentação assim como é a vida, alegre, triste, difícil ou não, mas sem predileção por cores e, por isso, harmoniosamente bela. 
Imite-a!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).