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quarta-feira, 26 de junho de 2013

OS PORQUÊS DAS MANIFESTAÇÕES



Analistas de todos os gêneros e tendências tentam interpretar (à sua maneira) as manifestações populares ocorridas em nosso País, embora nos pareçam óbvias, mas que apenas contidas pelo caráter pacífico, quase negligente, do brasileiro - o mesmo que quando quer de repente acorda, vai às ruas, explode, demonstra civilidade ao exteriorizar seus sentimentos de indignação contra tudo e todos os desmandos que vivenciamos e que permanecem sem resposta da parte de nossas relapsas autoridades. Tornou-se insuportável tanto descaso, tamanha apatia observadas com relação aos que têm por obrigação zelar pelo bem público, em todas os escalões do Poder, mas que, criminosa e impunimente, negligenciam. E aqui ninguém é inocente. Políticos - os mais relapsos e a classe onde se encontra grande número de corruptos, como se noticia - permanecem indolentes... um Congresso vazio. Temos uma Justiça que além de sua crônica, assumida e injustificada lerdeza (altamente nociva ao nosso povo) é relativamente conivente com tudo o que de ruim que agrava a nossa sociedade, na medida em que reluta ou adia punições contra os que conspiram, sistematicamente, contra o povo. Da empáfia aliada à inépcia e lassidão do Executivo, cansamo-nos todos. E não adianta querer imputar culpa maior aos considerados “baderneiros” pela exclusividade dos atos violentos tão bem (dentro das suas conveniências ideológicas e empresariais) explorados pela mídia. Policiais também agrediram, mesmo que sob ordens.
É oportuno lembrar que os gritos de descontentamentos dos brasileiros são similares aos que nos habituamos presenciar nas TVs de todo o mundo. Há pouco dias foram os jovens “baderneiros” suecos que depredaram em Estocolmo, capital da Suécia - país de primeiríssimo mundo. Lá também o povo externa reações de inconformismo equiparadas as que aqui presenciamos. E não fica restrito somente à Suécia. No mundo todo testemunhamos essa prática e talvez por muito menos do que padecemos aqui no Brasil. Se nossos analistas e autoridades (políticos em especial) não encontram as razões para as manifestações e até para os “excessos”, temos sim! e sobejamente. O que lhes falta é argúcia para interpretar o grito das ruas aliada à falta de determinação política para diligenciar providências corretivas com a oportunidade  que se impõem, mas que não as adotam, injustificadamente.
Enquanto isso, a Excelentíssima Presidente Dilma Rousseff, atônita e talvez sob influência, surpreende-nos ainda mais ao sugerir até plebiscito para uma constituinte e assim proceder a abusivamente protelada “Reforma Política” (pendente no Congresso há mais de 20 anos), quando poderia agir com mais eficácia ao sugeri-la, se realmente imprescindível, mediante um Projeto de Emenda Constitucional. E quem nos assegura que a tal reforma, que seria feita pelos mesmos políticos e em procedimentos corporativistas, resolveria os problemas do País? Não cremos! Atentemos mais que em 21 de junho de 2013, no pico da crise, a Presidente homologou a lei 12.830/13 - o que anteciparia a PEC 37 e concentraria o poder de investigação na polícia, praticamente alijando o Ministério Público dessa incumbência. Tentativa inócua já que a PEC foi derrubada já em 26. Infere-se, por conseguinte, o real propósito dessa lei que seria o de criar um instrumento facilitador que poderia beneficiar e facilitar ações de corruptos - conhecidos e os demais futuros pretendentes que ousassem. Chega de paliativos que se tornam atos meramente protelatórios e basta de promessas sobre promessas que nunca se concretizam. Não dá mais! O Povo quer atitudes firmes, concretas, eficazes e oportunas.   
Aos pacifistas  e “baderneiros” circunstanciais, que não paremos por aqui. Demos apenas um grande passo e devemos prosseguir nesse ato de CIDADANIA sempre que oportuno, porque só assim eles entenderão o clamor do povo – meu, seu, de todos nós! 
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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sábado, 15 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES - O DESPERTAR?



Dirão alguns: Mas só por apenas R$ 0,20 de acréscimo nas passagens se promovem manifestações populares da envergadura das realizadas em São Paulo? Em que pareça insignificante, esse valor representa um acréscimo de 6,67%, que, comparativamente, é muito maior do que o dado de reajuste (apenas reposição e que ainda assim menor do que a inflação) aos aposentados. Isto sem considerar a inflação que crescente, embora “contida” - segundo a irreal lógica da Presidente Dilma Rousseff.

O que realmente está por trás dessas manifestações que não alcançamos e que alguns insistem em encobrir? Percebamos que até jornalistas foram flagrados e apanhados pela própria imprensa em atitudes de agressividade e, por isso, detidos e espancados. O quê de verdade está por trás disso tudo? Certamente R$ 0,20 não é a razão maior. Politicagem? Não afirmamos, mas tem conotações. O que nos parece certo é que é apenas o início de um movimento de conscientização, de um basta!, a tantos desmandos da área governamental em todas as esferas – Federal, Estadual e Municipal.

Enquanto em São Paulo/Rio argumentam o aumento das passagens, em Fortaleza a luta é contra a violência. O Movimento “Fortaleza Apavorada”, ocorrido no dia 13 deste, reuniu milhares de pessoas em passeata. Basta frisar que até junho de 2013, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, ocorreram 1356 homicídios dolosos no estado do Ceará, dos quais 662, que correspondem a 48,82%, só em Fortaleza. Uma verdadeira guerra civil. Estranho é que, dia seguinte, não vimos publicada, em destaque merecido (apenas em notinhas de final de página) a manifestação ocorrida, isso em alguns dos jornais “on line” da capital. Por quê? A quem interessa não enfatizar e logo à Imprensa que reclama, com justiça, por “Liberdade de Expressão” e assim procede? Lamentável!

O fato é que a população, exaurida de tanto descuro governamental, começa a se manifestar, a esboçar reações como se fosse um grito de alerta de um movimento maior que desponta contra os abusos e incúria do Poder Público. Enquanto as autoridades, em todos os escalões, negligenciam nas áreas de sua competência; enquanto não se definem e protelam dentro das suas exclusivas conveniências e não da sociedade a quem deveriam priorizar e estar a serviço e assim dar um basta!, adotando medidas emergenciais, imprescindíveis, o povo toma coragem, reage publicamente, sem temor a repreensões das forças policiais e toda a sociedade indiretamente padece, mas desperta. Não falemos da apatia do Congresso Nacional a essas manifestações porque esse, já combalido e assim reconhecido até por alguns dos seus membros – os mais conscientes, demonstra-se afastado do povo e ocupado somente a cuidar dos seus exclusivos interesses. Violência, Saúde, Educação, Aposentados, Transporte Público e problemas de Infraestrutura (rodovias e ferrovias etc.), são temas secundários na visão indolente, quando não torpe, da maior parte desses que se dizem representantes do povo – Senadores e Deputados. Uma situação que nos deixa receoso. O que poderá decorrer desse contexto?
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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domingo, 9 de junho de 2013

DIA DOS NAMORADOS



Tu e eu, eu e tu, a ordem não importa, não há prioridade e é, ou deveria ser sempre igual a “NÓS”. Mas talvez seja a equação de mais difícil solução. Quantos gênios matemáticos e físicos seriam necessários para se equalizar, chegar a um senso comum sobre o tema ou bastaria nós mesmos? O que nos parece simples, natural, sem formalidades, no fundo é complexo, incomum, formal e que requer muito de cada das partes envolvidas. Enamorar-se de não é o mesmo que o trivial e mal usado namorar com... E vai além do aspecto formal da língua. Envolve uma complexa conjunção de desprendimentos, de renúncias, de um entregar-se por inteiro, tempo integral, altruisticamente. Não ao “eu” egoístico, mas sim e sempre o “nós” que possamos representar uma unidade indivisível, indissolúvel como há de se desejar, mas nem sempre possível.
O “Dia dos Namorados” nem tampouco é a corrida impensada e desenfreada às compras e quanto mais sem comedimentos, apenas para locupletar os que vendem ilusões nesses dias por eles escolhidos para aumentar as suas vendas. Uma simples lembrança se acompanhada da representatividade do amor que se quer demonstrar, vale uma joia rara. Também não é o ficar (pegou, usou, abusou, largou...) tão comum hoje em dia e pior que assimilado. Só um poeta ou um grande pensador talvez sejam capazes de se aproximar da solução mais convincente, talvez...:  “As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar. (Leonardo da Vinci)”
Feliz dia aos enamorados de hoje e de sempre!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

EDUCAÇÃO RUSSANA, A VERDADE

Do agradabilíssimo convívio com os colegas de faculdade e também do período de pós graduação (quase seis anos no total), sendo todos os companheiros afetos a área de Educação - entre eles alguns competentes integrantes da respectiva secretaria e a outra parte constituída de membros do corpo docente das nossas escolas públicas – familiarizamo-nos com alguns dos procedimentos da área educacional, mesmo porque é a nossa formação acadêmica, a possível. Também nos habituamos com os sistemáticos elogios à educação russana. Prêmios eram sempre comentados e com destaque pela imprensa local, de todas as tendências. Escola tal foi agraciada com essa e aquela honraria em razão do seu elevado desempenho etc. E daí decorriam os enaltecimentos aos diretores e corpo docente – esses sim!, sempre dignos merecedores da honraria, não restam dúvidas. E isto, em especial para quem lida com o assunto, é motivo de orgulho, justíssimo orgulho. A Educação, se bem conduzida, é a chave que abre as portas de todas profissões e educar é a mais digna das profissões. A essa conjuntura nos acostumamos e qualquer assunto pertinente nos desperta a curiosidade, mesmo sem sermos expert na área educacional, especialmente por não termos vivência prática nessa atividade já que nunca ministramos aulas.
Foi quando em uma dessas indiscrições nossa que casualmente acessamos o site http://educarparacrescer.abril.com.br/nota-da-escola/ Lá está: “QUAL A NOTA DA ESCOLA DO SEU FILHO?” Consta ainda a subdivisão que vai de 1º. ao 5º. ano e do 6º. ao 9º. ano. Análise que abrange todo Brasil e que classifica como Escola de Qualidade aquelas que atingem a nota 6 (SEIS) em uma escala de 1 a 10. Qual foi a nossa surpresa, digo até relativa decepção, ao constatar a desagradável REALIDADE; a realidade das escolas públicas russanas. Pasmem: Apenas uma alcançou 6,2 (Margarida Maria Martins (foto), dirigida pela competente diretora Sulamita e sua dedicada equipe). As demais das constantes da lista, não atingiram a nota ideal, pelo contrário, há notas baixíssimas, até 3. A absoluta maioria ficou entre 3, 4 e 5.
O IDEB – Índice de Desenvolvimento  da Educação é um indicador do MEC para medir a qualidade do ensino nos municípios, nos estados e nas escolas públicas do Brasil. Essa apuração é feita a cada dois anos. A meta estabelecida é que todas obtenham nota igual ou superior a 6 até 2022. Será?
Com quem então está a verdade? Não basta afirmar que esse ou aquele administrador do município ou secretário fizeram ou fazem isso e aquilo pela Educação. Os resultados são preocupantes e exprimem uma realidade adversa contra a qual a sociedade russana precisa reagir. Remunerar relativamente bem ao pagar o piso salarial aos professores é de obrigação, não é mérito algum posto que é apenas o dar cumprimento à Lei, sem favores! (É que estamos tão mal acostumados com migalhas que mesmo aquilo a que temos direito, constitucionalmente ou estabelecido em lei federal, quando nos concedem ficamos agradecidos e exaltamos imerecidamente os políticos ou responsáveis que assim lamentavelmente procedem.)
É hora de acordar, dignar-se e indignar-se contra os desvirtuamentos e abusos, deixar de baixar a cabeça e lutar pelos seus direitos e dos seus filhos assegurados na Constituição. Não precisamos ser uma Finlândia (país número 1 no mundo em Educação), porém é hora de, unidos, tentar resolver essa indesejável situação repensando a Educação russana objetivamente e já. Entre outras providências, por exemplo, que não sejam promovidos, a qualquer custo, os que não têm mérito e apenas para atingir estatísticas, como tem sido a cobrança junto aos nossos educadores. Isto é um crime com consequências seríssimas para os jovens em futuro próximo. Eles não estarão capacitados para enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada onde só os mais capacitados logram êxito e melhor se colocam.
Eduquemos com qualidade, pois é a mais nobre missão dos que envolvidos nessa área, o maior legado aos jovens cidadãos.


José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO