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segunda-feira, 16 de março de 2015

MOBILIZAÇÕES DE 15 DE MARÇO DE 2015



O Brasil foi às ruas e deu mais um grito de alerta. Todos testemunharam e muitos participaram diretamente. Se com um milhão, dois milhões de participantes pouco importa, o grito contundente foi dado, o espírito democrático se fez presente e foi irradiado e aprovado por todo País; um brado que ecoou pelo mundo, sobrepujou os que subestimaram e tentaram caracterizar a mobilização de “golpismo”. A tônica foi: impeachment, fora PT e até fora Lula. Clamou pelo fim da corrupção e punição para os envolvidos, sem indultos; reforma política imprescindível, mas que tão postergada; fim das medidas que penalizam a classe trabalhadora ao retirar direitos adquiridos; controle da inflação entre outras justas reivindicações. Oxalá tenha alcançado os objetivos aos quais se propos. A sociedade padecente, exaurida e inteirada da nossa precária situação político-econômica-social manifestou-se ordeira e pacificamente, sem distinção de classe socioeconômica (importantíssimo!) e no pleno exercício de sua cidadania ainda assegurada pela Constituição. Uma festa da Democracia sim!
Antes mesmo do término das manifestações o governo, aturdido e atabalhoado, via ministro da Justiça Eduardo Cardozo, juntamente com o ministro Miguel Rosetto da Secretária-geral da Presidência, em cadeia nacional tentaram amenizar e transmitir o posicionamento governamental (A Dilma não ousou!). Segundo Cardozo: “Não houve golpismo” – verdade! “O governo estava sempre aberto ao diálogo” – inverdade! “Em breve o governo estará lançando um conjunto de medidas contra a corrupção” – meias verdades, já que anunciadas há tanto tempo e apenas agora o governo se decide por implementá-las... Esperemos! Contraditando, Rosetto afirmou que a sugestão de impeachment era “golpismo da parte dos perdedores, dos que não votaram na Dilma...” Além de hermético foi infeliz nas suas intervenções esquecendo-se da pluralidade de temas clamados pelos manifestantes. Como de praxe, até nisso eles foram discordantes. Aliás, o governo está realmente perdido e para completar é alvo do “fogo amigo” basta se lembrar das manifestações de alguns ministros e figuras impolutas do PT que por declarações ou reconhecimento dos erros cometidos só causaram embaraço à já aturdida, conturbada e incompetente administração Dilma e, atentemos, 2018 vem aí...
Não nos iludamos! Vivemos um momento político dos mais críticos da nossa história e sem perspectiva de mudanças imediatas ou em curto prazo. O governo está isolado, sem apoio, não dirige é dirigido e não tem um projeto estratégico definido e assim é conduzido pelas circunstâncias e refém de interesses de seus manipuladores, interna e externamente. E não será apenas essa oportuna manifestação que irá mudar o estrago cometido ao longo desses 13 anos, infelizmente! Falta atitude gerencial. Comecemos pela reforma política com o fim do patrocínio eleitoral por empresas e punição de corrompidos e corruptoras, sem indultos. Reformas administrativa, ministerial, tributária, educacional e agrária. Redução de ônus tributários para trabalhadores e taxação de grandes fortunas. Nada consta efetivamente da programação – agenda positiva – governamental. Fiquemos na expectativa e não nos acomodemos!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Vejam também nos endereços: www.tvrussas.com.br, no jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).