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domingo, 30 de setembro de 2012

O CALVÁRIO DOS VEREADORES



É penoso tentar o cargo de VEREADOR não só pela pouca importância que se lhes dá a maioria dos eleitores, a sociedade enfim, como também pela acirrada concorrência e nem sempre alguns agirem com a lisura que se espera de um homem público. É uma guerra contra tudo e todos. São centenas de pretendentes para poucas vagas. Por vezes julgamos até que é mais fácil concorrer ao cargo de Prefeito. Mas o mais espinhoso é ouvir as justas reclamações dos eleitores em críticas pertinentes aos prefeitos e vereadores que lhes antecederam. E 99,99% dos eleitores têm razão! O mais comum ouvir é: “Aquele sacana do prefeito/vereador só apareceu aqui no tempo da eleição e nunca mais voltou.”; Verdade! Aquele vereador filho da mãe e que é daqui e sabe dos nossos problemas e sofrimentos, prometeu isso e mais aquilo e não fez nada.” Verdade! Embora não saiba o eleitor que vereador não faz, ele apenas reivindica ao prefeito obras para as comunidades. Os que afirmam o contrário estão mentindo. E isto ainda quando o vereador tem iniciativa, faz uso da tribuna e reivindica já que alguns permanecem mudos ou jogam apenas no interesse do prefeito que lhes cala a boca e não da coletividade já que eleito foi para representá-la. Há alguns que se ocupam apenas em apresentar requerimentos, repetidas vezes, sabendo-os inviáveis, mas que assim tentam justificar o mandato que lhe foi conferido pelo povo. Esses jogam para a plateia, posam de bonzinhos, mas não agem de boa fé, parasitam e não convencem o eleitor experimentado e já escaldado.  
E continuando a luta em busca de um voto limpo, não comprado, ouve-se de tudo – piadas e xingamentos: “Pensei que você ia me dar dinheiro e me traz porcaria de santinho.”; “Paga uma rodada aí pra nós...”; “Eu só voto em que me der tantas sacas de cimento, e telha, e carradas de barro etc.”. Foi a isso a que condicionaram boa parte dos eleitores, embora saibamos a maioria realmente necessitada daquilo que postula. E por aí prosseguem nas suas intermináveis listas de reivindicações e procedentes reclamações.
Verdade é que o povo continua sofrido a despeito de tanta propaganda enganosa de que “Vamos bem, o Brasil mudou...”. Temos comunidades inteiras sem água. Temos alunos – crianças na mais tenra idade – deslocando-se a pé quilômetros à falta de um transporte escolar. Temos insegurança; temos medo. Temos milhares de doentes que se deslocam aos precarizados postos de saúde que sequer têm material para curativos quanto mais médicos que os atenda condignamente. Enquanto isso, sabemos que a folha de pagamento de algumas prefeituras muitas vezes está cheia de espertalhões, sanguessugas que sequer trabalham ou moram nas cidades e têm os seus nomes ali registrados e continuam, criminosamente, a receber pagamento que não lhes são devidos. Para esses sobra dinheiro enquanto atrasam os pagamentos dos que realmente trabalham - a grande maioria que ainda digna e ciente do seu papel na sociedade, posto que são funcionários PÚBLICOS – pagos pelo povo e têm como dever atender da melhor forma os que lhes procuram.
E assim o povo – o eleitor - tem razão em tratar com idêntica reciprocidade os que postulam o seu voto, pois já cansados de tanta desassistência e descaso administrativo dos que fazem a política. Aos vereadores que lograrem êxito decorrente de um trabalho limpo e por mérito pessoal, parabéns; são verdadeiros heróis! Aos demais que não forem eleitos, mesmo os que trabalharam honestamente, que reflitam e não desanimem, o POVO se manifestará, saberá escolher e que se respeite a sua decisão soberana.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Encontrem o texto também nos endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br e no jornal  Folha do Vale - Limoeiro do Norte (CE))

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ELEIÇÕES, A REDENÇÃO SÓCIO ECONÔMICA DO BRASIL, INFELIZMENTE!




Segundo estatísticas recentes do SEBRAE e de outros organismos, cerca de 50% das pequenas empresas quebram nos primeiros dois anos, por inabilidade administrativa dos que se aventuram empresariar ou mais por inadimplência dos clientes que não honram seus compromissos. É que eles, empresários, não atentaram para dois detalhes fundamentais: Um deles é que se imprimissem as contas dos seus clientes e as enviassem em cobrança, com ameaça de penalidade de juros pelo atraso ou mesmo corte de fornecimento, a exemplo do que ocorre com as concessionárias de água, energia, telefonia e outras similares, todo o fiado ou dívidas já consideradas perdidas poderiam ser quitadas imediatamente. O outro seria apenas aguardar o período eleitoral, infelizmente!
É também grave o déficit e precariedade habitacional no País não só pela burocracia dos agentes financeiros como também pela real falta de recursos. Mas para ambos os casos – empresas e habitações - há uma solução prática e que embora abominável e criminosa, vem se consolidando cada vez mais no País. Bastaria que houvesse eleições e de preferência semestrais ou, quando muito, anuais. Com relação a habitação os generosos “políticos”, alguns – os inescrupulosos - em troca de voto, abasteceriam os que necessitam com sacas de cimento, tijolos e telhas e carradas de areia, resolvendo o problema da moradia. De outro lado, também não haveria registro de prejuízos no comércio. Os mesmos “políticos”, alguns – os inconsequentes - assumiriam essas dívidas também. E tudo em troca do voto comprado, do voto esmola! Está devendo? Procure o seu “político” que ele dará um jeitinho. Energia, água, gás é o trivial e os demais - remédios, cheque especial, conta de mercearia ou de pinga em botecos – tudo é passível de quitação desde que você mostre a conta impressa e em atraso ao seu “político”, alguns - os delinquentes. Assim os comerciantes fariam como as companhias fornecedoras de serviços que continuam a dar risadas agradecidas, penhoradamente, por essa oportuna ajuda que as livram de prejuízos, não quebram e continuam a explorar os consumidores com as tarifas mais caras do planeta e que os mesmos “políticos”, alguns – os negligentes – fecham os olhos, vergonhosamente.
Apesar da bem intencionada tentativa da Justiça objetivando coibir essa prática odiosa, infelizmente é assim que ainda se observa e tem funcionado a nossa “política” país afora e à custa dessa atitude é que “políticos”, alguns – os desregrados - se elegem.
Sob esse execrável argumento, estaria resolvido o problema sócio econômico do Brasil, sem o assistencialismo que observamos hoje somado às levianas promessas - nunca concretizadas - e que só servem para melhorar a popularidade dos nossos governantes. Dessa forma caminha o Brasil, mas não custa nada ao eleitor votar consciente e não por esmolas e dessa forma ajudar a expurgar da vida pública esses falsos “políticos”, alguns - os devassos - que desrespeitam a lei e o próprio eleitor, sua maior vítima. Vote livre, não por esmolas!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O ELEITOR TEM O PODER!




Costumeiramente a imprensa divulga casos de políticos envolvidos em desvirtuamentos de recursos públicos, em especial quando das licitações de obras. É fácil afirmar, não tão complexo comprovar, mas se tem demonstrado dificílimo condenar e expurgar esses maus políticos da vida pública. E ainda que comprovado e condenado mais complicado é reaver o que foi afanado da população por esses desonestos. Existem várias formas de se averiguar: Do aumento injustificado do patrimônio particular, não compatível com a renda, até os tribunais de contas que têm por missão fiscalizar e analisar contas de gestores e câmaras municipais. Câmaras que, se não omissas e coniventes, poderiam ser um dos mais eficazes instrumentos na tentativa de coibir essas ações depredativas do patrimônio público - nosso – do qual alguns se acham donos, mais donos e assim desvirtuam e se locupletam. E o Brasil está repleto de maus e impunidos exemplos.
Em termos de política e cidadania não existe nada pior do que ouvir essa leviana afirmação: “Roubou, mas fez!” Pela semelhança e absurdo, lembra-nos a inconsequência da frase proferida pelo até hoje político deputado Paulo Maluf: “Estupre, mas não mate!”
Das decisões conscientes ou imprudentes do eleitor na hora da escolha resultam sérias e irreversíveis consequências, positivas ou não, para toda a sociedade. O eleitor tem em mãos a grande e indelegável decisão. Que pondere bem e pense nos seus familiares e parentes, nos amigos, nos cidadãos de bem que integram a sociedade enfim, em si. Escolha refletidamente bem, sem radicalismo, pensando na coletividade. Há bons e maus nomes - uns que até já se demonstraram inábeis e indignos da sua confiança. O voto é sagrado e SECRETO – não se revela o nome do eleitor - por isso não tema na hora do voto! Que a sua escolha seja livre e consciente. Isto é exercer a sua cidadania! Isto é viver a Democracia!

domingo, 9 de setembro de 2012

SETE DE SETEMBRO DE 2012

SETE DE SETEMBRO DE 2012

Afirmam os instruídos que: ”O importante na crônica é captar um flagrante da vida, que seja pitoresco, atual ou oportuno.” E estávamos ali para isso! Flagrar visual ou fotograficamente o que de cerimonioso e também de pitoresco que houvesse no desfile para nos inspirar a redigir. Por exemplo: Se os militares marchavam em perfeita harmonia com a marcação da fanfarra ou também se erravam os passos – e como erravam, sim senhor! Na marcação da banda uns batiam o pé esquerdo e outros o direito e até desalinhavam. E logo eles que supostamente tinham uma ordem-unida rígida, mas que cometiam os mesmos deslizes do pessoal da rabada – aqueles que ficam no final das filas das escolas e não se preocupam se estão certos ou errados; querem é que o desfile termine para se livrar do sol impiedoso e possam tomar uma saborosa água geladinha, ou deliciar um picolé da sua preferência.
Escolas entravam, eram aplaudidas e passavam. Todas, esmeradamente, tentavam empolgar a plateia quanto as autoridades em palanque que, privilegiadamente e nem sempre meritoriamente, estavam à sombra. Quem pode, pode! Continuamos atento clicando e registrando momentos na nossa simples, mas competente e curiosa câmara. Eis que entre os garbosos grupos de desfilantes uma representação se destacava: a APAE. Mas não no sentido que muitos sempre percebiam. Foi quando algo nos chamou a atenção. Entre os participantes uma senhora, supostamente a mãe, cautelosa e carinhosamente, com as mãos sobre os ombros conduzia, apoiava uma criança pequenina, nos seus cinco a sete anos que, que desfilava com muito esforço, suada e vermelhinha em função do sol escaldante.  Embelezava o desfile com certeza sem entender o sacrifício daquela sua participação. E foi quando percebemos que dos olhos daquela senhora vertiam lágrimas, uma após outra e que ela tentava enxugar e esconder não por vergonha!, mas não as continha, o sentimento era mais forte. Não alcançamos a razão, mas deduzimos que seria pela emoção. Era algo como alegria, amor, orgulho daquele momento. Foi tanta a nossa emoção que entalamos e os nossos olhos também ficaram molhados. Subiu-nos um nó na garganta pelo que ali nós interpretávamos: “a comovente emoção de uma mãe, de uma abnegada assistente, amiga, o que fosse revelada enquanto copiosas lágrimas escorriam na sua delicada face.”
Terminamos por não clicar a nossa máquina e aquela cena deixamos de registrar materialmente, mas ficou a emoção que valeu por vários desfiles. Parabéns mãe, assistente, amiga, companheira, que designação tenha e que viveu e nos proporcionou aquele glorioso, memorável e verdadeiro momento cívico e de amor.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

terça-feira, 4 de setembro de 2012

TSE, ELEITOR E FICHAS SUJAS







Causa-nos espécie quando o TSE veicula na mídia recomendações no sentido de o eleitor NÃO votar em candidatos com problemas na Justiça - os reconhecidos “Fichas Sujas” - e que exerçamos o Voto Consciente. Isto é, transfere, mais uma vez, a responsabilidade ao eleitor quando ela poderia, já que respaldada em lei específica e emanada do povo, agir com presteza e uniformidade de procedimentos, alijando-os definitivamente do processo eleitoral. Logo a Justiça a qual não só por decorrência da sua injustificável lerdeza atrasa julgamentos de processos até as últimas consequências – véspera de eleição – e deixa o eleitor sem saber se o seu candidato terá ou não a sua candidatura legitimada e até na dúvida se o seu voto, tempo dispendido, incômodos de deslocamentos, filas e custos que decorrem de uma eleição serão válidos, justificados, recompensados. Imperdoável! Logo a Justiça que por decorrência de atendimento a sucessivas liminares, as quais - maioria - conceituamos meramente protelatórias, embora legais, posterga decisões que deveriam ser antecipadas a fim de não conturbar o processo eleitoral.
Por que tantas interpretações desacordes se a lei se demonstra cristalina e a documentação é substancial na maioria dos casos? De que servem então os egrégios Tribunais de Conta se as suas conclusões que poderiam subsidiar as decisões são questionadas e nem sempre acatadas? Casos há em que o candidato pode até ser eleito, tomar posse e, de imediato, ser destituído do cargo ocupado por aclamação pública, por decorrência de sua eventual condenação em instâncias superiores e que são tantas - TRE, TSE e STF.
É justo e producente? Quais danos acarretam à Democracia e ao País e por que nos calamos e acomodamos indefinidamente diante desses fatos indicativos de inépcia organizacional ou até mesmo abuso de poder?
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO