Total de visualizações de página

quinta-feira, 29 de março de 2012

MENSALÃO E FICHA LIMPA



A Justiça e Promotoria Pública terão dois sérios imbróglios para resolver nesses próximos dias. Ansiamos (o Brasil inteiro) que exemplarmente se deem os encaminhamentos competentes e esperados ao punir os realmente faltosos e absolver os inocentes. Não criemos somente a expectativa de condenação de um ou outro e, mormente, sem que haja fundamentos para isso. A todos compete o direito de defesa que é de fundamental importância na ordem social e jurídica do País.
Eis alguns aspectos a destacar. No caso do Mensalão: Desde 2005, dos iniciais 40 denunciados e tornados réus, hoje restam 38. Depois de muitos atos protelatórios é chegada a hora do julgamento. Mais eis que ainda pende de alguns procedimentos – verificar se todas as formalidades processuais foram cumpridas. E isto compete ao ministro-revisor, no caso, Ricardo Lewandowski. Sem fazer ilações, mas tão somente lembrar, Sua Excelência foi o único ministro que rejeitou a acusação de formação de quadrilha pelo José Dirceu e alguns outros parlamentares de outros partidos envolvidos. Cogitou inclusive, abertamente e com sérias repercussões no próprio STF, que poderia até haver a prescrição de certos crimes por conta do tempo decorrido e até ponderou adiar a decisão para 2013. Não bastasse, um dos ministros julgadores – José Antônio Dias Toffoli, e que foi indicado por Lula para o STF, já tinha sido advogado do PT e assessor do José Dirceu, quando esse ainda ministro. É óbvio que por ética e a fim de evitar insinuações em torno da proximidade e eventual parcialidade, compete a Sua Excelência abdicar dessa prerrogativa de participar do julgamento. Mas é um critério pessoal, infelizmente!
Estamos na expectativa de que até maio deste ano seja iniciado o julgamento tanto esperado pela sociedade e o maior da história do Supremo Tribunal Federal.
Quando se trata do Ficha Limpa corremos o risco de não ver cumprida a lei ainda este ano. Esperamos que fique apenas no risco. Os zelosos promotores terão apenas cinco dias para impugnar pedidos de candidaturas. Eis o porquê, simplificadamente: as coligações terão até 5 de julho para registrar pedido de candidaturas. A Justiça terá até 08 de julho para publicar o edital. Dessa data os promotores eleitorais, coligações, candidatos e partidos terão até 13 de julho para impugnações. Eis que a resolução do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, de número 23.373/2011, foi editada antes de o STF decidir que valeria para as eleições deste ano. Decifrando: a resolução exige certidões negativas criminais. Contanto se ele foi condenado por improbidade administrativa, não constará da certidão criminal e somente na civil e essa não é exigida. Resta aos atentos e aplicados promotores de primeira instância que, no caso, são eles que julgarão e impugnarão candidaturas, apenas cinco dias para essa providência. Sabe-se que os candidatos com contas rejeitadas em 2010 não podem se candidatar.
Mais uma vez estamos nas mãos diligentes da Justiça. Que ela nos laureie com a sua sapiência, isenção e em mais uma demonstração de que também se esmera em nos oferecer o que tanto ansiamos: apenas JUSTIÇA!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

sexta-feira, 23 de março de 2012

O HUMOR CHORA!



Incontestavelmente perdemos um dos maiores humoristas da nossa história. Era como um “paizão”, o professor de todos. Escrevemos HUMORISTA e não certos engraçadinhos - aqueles que riem das próprias piadas (besteiras, mais apelações, baixarias que humor) que produzem e ainda ousam esperar que os outros riam das suas gracinhas insossas. Pior é que ainda tem alguém que consegue ou, sinceramente, será que fingem? O Chico Anísio, HUMORISTA, ator, cantor, pintor, radialista, poeta, diretor, inteligente, “bon vivant”, afeito à mulheres e com vários casamentos e separações, inúmeros filhos, tinha um humor requintado, tinha classe, genialidade. Era versátil não só quando criava, mas também ao personificar, com maestria, seus inúmeros - mais de cem personagens - e quando conduzia o seu elenco, a quem, muitos dos quais, estendeu a mão dando-lhes a primeira oportunidade ou uma nova chance e foram tantos. Uma equipe que participava e ria harmoniosamente porque razões havia. E era nos programas como Escolinha do Professor Raimundo, Chico City, Zorra Total, Chico Anysio Show, Chico Total, por onde passaram alguns talentos da categoria de José Vasconcelos, Costinha, Walter D’avila, Arnaud Rodrigues, Grande Otelo, Zezé Macedo, Dercy Gonçalves, Ivon Curi, Milani, e tantos outros inesquecíveis profissionais do riso que já se foram alegrar outros palcos eternos.
Mas, pelo pouco que conheço de todos, a festa continuará aqui, embora não tão completa e alegre quanto lá onde estiverem reunidos à espera do grande professor Chico artistas outros como Ronald Golias, Nair Bello, Arrelia, Carequinha, Mussum, Zacarias, Vera Verão, Bussunda, Zé Trindade, Oscarito, Ankito, Rony Rios, Mazzaropi, Rolando Lero, Manoel da Nóbrega e mais alguns que tanto nos fizeram rir e esquecer dos problemas decorrentes da luta diária. Aplausos a todos, eles fizeram por merecer! Ao grande mestre especificamente: “Chico, o seu salário que aqui era “ó” - igualzinho às desumanas aposentadorias ou aos parcos salários de professores -, lá será, com certeza e por justo reconhecimento, “ÓÓÓ...!!!”.

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

quinta-feira, 22 de março de 2012

PREFEITURA DE RUSSAS - CONCURSO PÚBLICO


Há ocasiões em que se exige cautela, moderação e onde se demostra verdadeiramente que se tem equilíbrio emocional. É justamente nas horas difíceis. Sejamos ponderados nas nossas conclusões sem fazermos ilações precipitadas ou infundas com relação ao concurso municipal suspenso, PROVISORIAMENTE, e somente nos regendo por conta de experiência desfavorável anterior na qual praticamente os verdadeiros culpados, vergonhosamente, saíram ilesos. É natural que tenha decorrido daí expectativas negativas e os argumentos e últimas ocorrências, até então, se tenham demonstrado consistentes e justificadas para geração de novas suspeitas até que se prove em contrário, isto é, não procederem.
Desde a licitação, contratação da empresa promotora e publicação do edital que se levantam suposições até aos últimos acontecimentos – adiamento e suspensão. Mas de quem é a culpa? Uns condenam veementemente, mas não ousam apontar abertamente o crime e criminosos por falta de provas materiais ou mesmo porque não lhes é de competência apurar. No caso da imprensa essa faz o seu papel social de alertar quando há suspeitas circunstanciais. Já outros defendem com ardor a licitude do evento afirmando tratar-se de implicância da oposição, de uma guerrinha suja com o propósito de desestabilizar a administração, ou até geração de pânico intencional junto à população (eterna vítima!). O povo que julgue.
Analisemos quais são os principais questionamentos e que requerem apuração: Competiria à Câmara Municipal - posto que a obrigação de fiscalizar todos os atos do Executivo é sua função primordial, indelegável - apurar as eventuais irregularidades já apontadas desde a licitação? Por que Promotoria e Justiça já não adotaram medidas cautelares logo dos primeiros indícios, evitando que os concorrentes tivessem prejuízos morais além de pecuniários - com cursinhos, materiais, pagamentos de taxas elevadas de inscrições etc. – decidindo pela suspensão por liminar como foi somente agora procedida, posto que os supostos impedimentos já haviam indícios e eram públicos e comentados desde o anúncio do edital? A única certeza que se tem é que mais uma vez a administração municipal foi negligente demonstrando, patentemente, o seu desafeto para com os munícipes, mesmo diante da experiência desastrosa do último concurso. Imperdoável! Que enquanto servidores/funcionários públicos, em todos os escalões, têm os envolvidos como dever prestar os devidos esclarecimentos à sociedade.
Comentam que consta do edital que a empresa não devolverá os valores pagos. Cremos, salvo melhor juízo, que desde que haja desistência, culpa ou iniciativa do candidato isto se justificaria. Entretanto, em se tratando de irregularidades de responsabilidade da empresa promotora, o próprio edital não é nem anulável, ele é nulo de pleno direito e é indiscutível a imediata devolução, sem mais delongas.
Resta-nos agora aguardar a decisão final com a calma que se impõe e na expectativa de que a Justiça se digne, em caso de decisão pelo cancelamento definitivo, determinar a imediata devolução do dinheiro relativo às inscrições, seguida da aplicação de severas e exemplares punições aos que tiveram participação direta ou contribuíram para o crime. Compete-nos mantermo-nos sempre alertas a esse tipo de procedimentos e termos a coragem de denunciar a quem de competência para a devida apuração. Chega de impunidade!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

terça-feira, 20 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA ÁGUA


Há dias comemorativos que são instituídos apenas para atender exclusivamente aos interesses comerciais. Dia das Mães, Dia das Crianças e tantos outros mais. Mas há também aqueles que são concebidos conscientemente e têm como propósito servir como um sistemático alerta sobre algo de grave que aconteceu e não deverá ser repetido, ou que poderá acontecer se não nos precavermos, ou ainda que reverenciem algo de elevada importância pelo seu legado à humanidade, como é o caso da água, e daí e entre tantos advir a justa e oportuna comemoração em 22 de março do “Dia Mundial da Água”.
Atendo-se somente a estatísticas, não custa nada relembrar: Água é a essência da vida! Todos os seres vivos contém água. Somos 70% de água no corpo humano e na medida em que envelhecemos esse percentual diminui até chegarmos em torno de 40%. Passamos até cinco minutos sem respirar, 35 dias sem se alimentar, mas não passamos de cinco dias sem água. Em uma gota d’água podem existir 50 mil espécies. Dados apontam que 97,6% das águas encontram-se nos mares e oceanos. Dos 2,4% restantes, apenas 0,02 são potáveis e estão disponíveis em rios e lagos prontos para consumo, e o restante 2,38% em aquíferos e rios subterrâneos ou se encontram em geleiras e outros locais. Elencar todos os benefícios e dados da água não seria desperdício, mas demandaria muito tempo e espaço – não só um dia, não só um livro.
Dada a sua importância, institui-se a “Declaração Universal dos Direitos da Água” no qual estão contidos os seguintes preceitos: Que devemos ser responsáveis pela economia de água; Que é um patrimônio mundial que todos nós somos responsáveis pela sua conservação; Que a água potável deve usada com economia, pois os recursos de tratamento são lentos e escassos; Que o equilíbrio do planeta depende da conservação dos rios, mares e oceanos bem como dos ciclos naturais da água; Que devemos ser responsáveis com as gerações futuras; Que precisamos usá-las tendo consciência de que não devemos poluí-las ou envenená-las; Que o homem deve ser solidário, evitando o seu desperdício e lutando pelo seu equilíbrio na natureza. A ONU quis assim obrigar todos nós a sermos responsáveis pela qualidade e manutenção, objetivando a melhoria de vida no planeta. Corretíssima!
Já alguns organismos fazem previsões até alarmantes, por vezes catastróficas sobre a água se não atentarmos enquanto é tempo. Dizem que em 2050, 45% da população não contarão com a porção mínima indispensável à sua sobrevivência. Hoje somos uma população de sete bilhões de pessoas e ao atingirmos os 10 bilhões teremos o caos. Cogita-se de uma terceira guerra mundial e desta vez por água. Países outros já pensam em como vender água potável para outras regiões do planeta. Sendo menos pessimista e cioso de que todo zelo com a água ainda é pouco, mas sem ser alarmista, podemos afirmar que há estudos que comprovam que o volume de água no mundo continua o mesmo e só muda de lugar e qualidade. E não precisa ser especialista no assunto, mas tão somente bom observador para constatar que o ciclo hidrológico é praticamente infinito. Dá-se a evaporação contínua de águas nos mares, oceanos, rios e lagos, além da própria terra e essas retomam em forma de chuvas, já próprias para o consumo dos seres vivos, já que todos, sem exceção, dependemos desse precioso líquido para viver.
Sem que isso seja estímulo ao desleixo, aqui no Brasil somos substancialmente privilegiados em água. Para conhecimento, temos não só o Rio Amazonas e outros de grande porte; temos também aquíferos subterrâneos que em um deles - o Guarani - que só na parte do território brasileiro (Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) contém cerca de 40 mil quilômetros cúbicos de água, o que equivale a soma de todas as águas contidas em rios e lagos na superfície do planeta. Até no Nordeste que o temos como seco temos aquíferos com substancial volume, suficientes à manutenção regional indefinidamente. Alguns estados dessa região, porquanto bem providos de águas contidas no subsolo, são bons exemplos da nossa afirmação. Padecem apenas pelo descuro crônico das nossas autoridades governamentais ao mal gerir e distribuir essa riqueza aos que por sede sofrem.
Não deve haver, por conseguinte, a preocupação exagerada com a falta de água, pois essa nunca acabará! Preocupados deveríamos estar com o seu melhor gerenciamento. O que nos preocupa é quando ocorre o desperdício por esbanjamento e contaminação, o que reduz substancialmente a quantidade aproveitável e assim constatamos a falta localizada desse precioso e indispensável líquido.
Somos todos igualmente responsáveis e, portanto, zelemos por tudo aquilo que prover ou é concernente a água – nascentes, matas, riachos, rios, lagos, mares e oceanos! É o mínimo que podemos fazer por nós e pelas gerações que nos sucederão.

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

quarta-feira, 14 de março de 2012

ECOLOGICAMENTE


A cada interruptor que desligo; a cada torneira que fecho; a cada folha de papel que deixo de imprimir ou não destruo; a cada árvore que não derrubo ou que replanto; a cada incêndio que apago em casa, cidades, campos e florestas; a cada ser vivo que não abato; a cada riacho e rio que refloresto minimamente as suas margens; a cada palmo de terra que não escavo na costumeira ganância por lucros imediatos se não tenho como repor o que extraio; a cada sacola plástica que não uso ou que já não a arremesso ao lixo pós-uso e a devolvo para reutilização; a cada sobra de tudo que consumo e descarto cuidadosamente guarnecida; a cada entulho que não lanço às ruas; a cada dia que deixo o meu carro na garagem por economia e para não poluir mais o ambiente, eu, ao fechar os olhos, lá no fundo da minha consciência aliviada, tranquila, revigorada, é como se ouvisse aplausos, muitos aplausos de todos os cantos, juntos com sorrisos de mais de sete bilhões de seres humanos que ocupam a nossa Terra, inclusive o meu próprio e de outros trilhões de seres vivos, de todas as espécies, a me prestar o justo reconhecimento por ter feito algo, o que for, por quem nos assegura a vida – a Natureza!
E como é bom, reconfortante, partilhar isso com todos! Vejo-os, ouço-os, como que se eu estivesse desfilando perante essa multidão, sentindo-me, aliviado, recompensado, um herói - embora me reconheça igual a todos que sou ou mais insignificante até, mas que nesse momento diferente de alguns porque me conscientizei a tempo como também por acreditar verdadeiramente que é possível fazer algo e que está ao nosso alcance. Utopia, devaneio, loucura, puerilidade? Não! É possível sim!, e ainda é tempo de se parar, descer do nosso patamar de egoísmo, refletir e começar a agir em cada detalhe, a todo instante, insignificante que possa parecer, na mais simples atitude que se reconheça, mas que de efeito positivo, benéfico e multiplicador inestimável.
Cada um é responsável por si e também pelos outros, mas infelizmente poucos têm essa consciência. De uma coisa tenhamos certeza: Todos pagaremos um alto preço se não despertamos e nos mobilizarmos a tempo! Faça a sua parte agora, já, posto que nunca é tarde para começar e todos agradeceremos!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

domingo, 11 de março de 2012

MULHERES



Delas dizem mil coisas, apontam-lhes sempre e preferentemente as imperfeições...
Pífios e desqualificados ressentimentos, concluo!
...é que nos falta sutileza para entendê-las;
...é que não lhes reconhecemos feminina a alma;
...é que não somos capazes de decifrá-las já que não lhes conhecemos verdadeiramente as razões, os porquês, enigmáticas enquanto belas que a natureza lhes fez...
Dizem-nas ciumentas.
....é que mil razões certamente haverá.
Avaliam-nas possessivas.
...mesmo que assim procedam, é o seu jeitinho especial de amar.
Dizem-nas até tagarelas... meros insultos, puras divagações!
...é que não sabemos escutá-las e a voz lhes flui mais facilmente,
porquanto mais autênticas e sinceras que são.
Querem-nas santas alguns; escravas muitas vezes; objetos de posse para uso e descarte.
...é que esses, por medíocres, não sabem atribuir-lhes a real valia que elas têm.
Por que não apenas vê-las como simplesmente mulheres, sem endeusamentos, mas ainda mais sem ressentimentos, sem preconceitos, sem precauções ou pejorativas rotulações?
Melhor senti-las amigas, companheiras, amantes, cúmplices, concorrentes até que sejam, mas capazes, iguais, competentes, visto que são.
Partilhar da sua meiguice e em gestos fidalgos, espontâneos, tomar-lhes sempre as mãos.
Delas nos compete apenas aproximar, sem exigências, cobranças, direitos a reivindicar,conhecendo-lhes as profundezas da alma, embora aos tolos só matéria pareçam.
Desmistificar suas supostas fragilidades, mesmo porque fortes já nascem.
Por fim, desfrutar da sua sabedoria, restando-nos que não admirá-las, aceitá-las
sem e mesmo com todos os supostos “defeitos”, já que criaturas adoráveis não só parecem... demonstram, verdadeiramente são!

J. Hildeberto J. de AQUINO

terça-feira, 6 de março de 2012

DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 8 DE MARÇO



Um dia 8 como tantos outros não fossem a significação e a reverência cabidas que exprimem e o difere dos demais, tornando-o mais sutilmente especial. Afinal tratamos do dia da Mulher – companheira, mãe, parceira, namorada, esposa, amiga, amante, cúmplice...
A homenagem é devida não que as reconheçamos algo superior em termos comparativos e consequência dessa guerrinha menor e sem fundamentos entre homem e mulher que alguém, à falta do que fazer, arquitetou. Não é esse o questionamento. Não são mais nisso, nem menos naquilo! No nosso entender quanto desperdício retomar o debate sobre quem é mais, menos ou igual. São simplesmente elas, individuais. Por que não abordar, por mais lógico e proveitoso, o “Onde nos completamos?”? Nenhum dos lados é absolutamente correto, sábio, superior, completo, indispensável. Todos temos carências e qualidades, resta-nos saber lidar. O que compete a cada um, mulheres e homens, é ser primoroso no que se determinar fazer. Há sim! espaço para todos. Falta a alguns é competência, esforço... Procuremos então nos completar que ainda é possível e o melhor que temos a fazer!
Mas hoje é o dia delas, somente delas! Nós, meros coadjuvantes, que por privilégio sempre as temos por perto – presentes, competentes, atentas, zelosas, ciumentas, vigilantes, cheirosas, carinhosas, compete-nos reconhecê-las e mimoseá-las. Nós é que precisemos só nós comemorar o dia delas e não só elas devam fazê-lo isoladamente. Partilhemos! Há algo mais agradável? Duvido! Há melhor companhia? Duvido! Tem alguém melhor para dividir as nossas vidas e infinitos melhores momentos, alegrias e prazeres? Duvido! Loucos e tolos, pois são os que não as reconhecem e por isso que não seja somente hoje, 8 de março, o seu dia. Elas estão em nossa volta todos os dias e muitas vezes, por desatentos, egoístas talvez, não a percebamos. Falta-nos talento, finura para reconhecê-las, admirá-las e dividir com elas cada segundo das nossas vidas que só bem vividas se com elas, reconheçamos, gostemos, acreditemos ou não.
Você que se reconhece Homem (uns até machões, coitados!) já parou e reparou o quanto tem desperdiçado não privando desses momentos tão singelos, mas tão desejados, merecidos, afinal o verdadeiro sentido da vida? Elas, bonitas, feias, gordas, magras, puras, impuras, de qualquer etnia e classe, não chegaram apenas neste século XXI, elas sempre estiveram aqui, em nossa volta, e alguns de nós não a percebíamos. Acordemos (H)omens ou sejamos apenas (h)omens, metades, incompletos, estupidamente!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

POESIAS


POESIAS

Uma poesia, ao contrário do que se infere, não é só uma peça literária qualquer... trivialidades. É, por primazia, uma obra da mais requintada arte; até mais que uma música que envolve, encanta e nos transporta para um mundo bem melhor, mas que sem poesia é apenas um som que ecoa e se esvai sem resposta... Poema é a matéria, a poesia, o espírito.
É quando o artista, inspirado, verte seus mais puros sentimentos e os registra, preferentemente solitário e na calada da noite, pensando em quem ama ou deseja, como se aquele alguém ali estivesse, a fitar-lhe os olhos, tocar-lhe as mãos, acariciar-lhe os cabelos, roçar-lhe os lábios, o corpo, ao seu lado a passar calor e a trocar juras e segredos mais íntimos, ousados por vezes, porque próprio dos amantes.
Raros e ditosos os que ainda ousam pelo menos parar, distanciar-se do cotidiano atribulado e poder registrar o que de belo pode haver entre dois seres, mesmo que fantasias sejam, pois ainda é preciso e possível sonhar, acreditar nas pessoas, por especial os que amam e ousam cantar ao mundo esse amor livre, aberto, secreto, proibido, qual seja a forma, mas que verdadeiro!!!


J. Hildeberto J. de AQUINO

sexta-feira, 2 de março de 2012

PENA DE MORTE – LEI DO TALIÃO



A despeito da hipocrisia contestadora das nossas autoridades políticas, militares, religiosas, judiciais etc., quando se manifestam contrários, no Brasil foi instituída a PENA DE MORTE BANDIDA. Trata-se de uma pena capital das mais estúpidas e abomináveis já concebidas pelo homem. Ela foi estabelecida pela bandidagem que age solta, se propaga geometricamente e continua impune. A eles, marginais, sem que a vítima tenha culpa, direito a defesa física ou jurídica, sem rituais, sem processos instaurados, sem julgamento prévio e apenas institivamente, ditatorialmente e sob o auspício das nossas autoridades constituídas enquanto se demonstram lenientes, omissas, relapsas, fracas, concedeu-se o poder de decidir sobre a vida de quem quer que seja e praticar esse ritual macabro sumariamente. Nesses casos não se pondera faixa etária, etnia, posses, credos, ideologias, quais atributos queiram dar aos infelizes escolhidos. Escolhe-se a vítima e ao menor sinal de reação, e maioria das vezes nem isso, executam-na sem misericórdia. Queiram ou não vivemos uma guerra sem dimensões e de uma crueldade nunca antes imaginada, pior que as guerras declaradas e que nos são apresentadas pelas TV. Matam com mais frequência, em maior número e por motivos banais. Matam a todo instante, um após outro. O bandido tem as nossas vidas nas mãos e cabe a ele, exclusivamente, decidir.
Reagir sempre foi a forma mais natural de sobrevivência do ser humano desde os tempos primordiais. Mas o que mais escutamos das autoridades incompetentes, inaptas, acovardadas é que não devemos esboçar mínimas reações ao que pagaremos com a própria vida. Deixam transparecer, cristalinamente, que as vítimas é que são os culpados e os assassinos frios, bestiais, covardes, têm razão ao assassinar impiedosamente, a qualquer tempo, as suas impotentes e desguarnecidas vítimas. Existir é a nossa culpa!
Angustia-nos saber que pagamos impostos; que há uma Constituição que promete nos assegurar entre outras garantias o sagrado direito de ir e vir livremente; que somos estimulados pelo governo a desarmar-se sob pena de detenção; que temos direito à vida, mas que nada nos assegura essa prerrogativa que hoje já é tida como uma excepcionalidade. Vivemos sobressaltados, acuados, condenados sem culpas e reclusos em nossas casas. A morte nos espreita a cada esquina, até dentro dos nossos lares e locais de trabalho. Não bastasse, há os guardiões desses bandidos que sob o falso manto de resguardar “direitos humanos” interpõem-se em defesa desses vermes que matam inescrupulosamente. Ao se julgar delinquentes cautela deve caber sim, mas há casos escabrosos, de incontestável ação dolosa, prática de assassinatos a sangue frio, sem qualquer possibilidade de reação, mesmo que em contra-ataque e ainda que se saia em fuga desesperada em resguardo da vida as vítimas são perseguidas e mortas cruelmente. Não tem escapatória! Ato imediato, por inconsequência dos nossos medíocres, complacentes e inconsequentes legisladores, os vilões estarão postos em liberdade nas ruas desimpedidos para novas práticas de delitos, talvez mais cruéis ainda, ou, se condenados, nós é que os sustentaremos de tudo, inclusive com o injustificado auxílio reclusão – um prêmio aos que delinquem; uma ofensa aos trabalhadores honestos. Ninguém cogita de assegurar o cumprimento integral de penas, de impor trabalho vigiado em prol da sociedade ao se aproveitar a mão-de-obra dos presos para construção de escolas, hospitais, estradas, creches etc. Pelo contrário. A cada dia concedem-lhes mais privilégios. Já, já serão agraciados com o “Bolsa Prisão” ou então o 13º, 14º salários a exemplo do que ocorre com alguns políticos que se locupletam com essas vantagens.
As autoridades constituídas se demonstram rendidas ao crime que assola o País e torna a vida dos brasileiros um inferno, sem perspectivas sob a falsa égide de uma fragilizada Democracia que tem mais com cara de “ditadura branca” - ainda mais fria, cruel e perniciosa que a declarada e assumida que já conhecemos.
Quantos inocentes terão que sucumbir para que acordemos e saiamos desse estado de letargia crônica e possamos fazer opção pelo cidadão de bem? Não é uma escolha difícil, impossível, é simplesmente lógica e humana! Por que nesses casos não há isonomia - lei do talião? Mobilizemo-nos e lutemos por isso ou nos entreguemos, o crime, ao que se demonstra, venceu!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br