Há dez anos
ouvíamos do então Presidente de República, Sr. Luís Inácio Lula da Silva, nascido
em Caetés, distrito de Garanhuns (PE), por conseguinte nordestino de origem e,
como retirante, supostamente conhecedor das agruras pelas quais passam os que
são vítimas de uma seca, que abriria milhares de poços artesianos no Nordeste.
Não cumpriu mais uma do seu conjunto de intermináveis e fantasiosas promessas
para a sua região berço. E foram tantas! Não satisfeito, idealiza e concretiza
Dilma Rousseff. A Excelentíssima Presidente deu seguimento ao seu estilo tornando-se
exímia em prometer e não realizar. Estaria no DNA? Estranho, enquanto disparatado,
é que o faz com tanta pompa, tanto alarde, tanto poder de convencimento que
consegue persuadir os ingênuos, especialmente os das classes menos favorecidas,
os simples, os miseráveis de todo gênero, os que iludidos um dia a alçaram à
Presidência.
A lista de
promessas não concretizadas nos seus dias de governo é extensa e consta desses compromissos
60 mil cisternas que apenas restaram prometidas e não saíram do papel. E é
certo que não resolveriam o problema, mas nesta hora dramática é que seriam
imprescindíveis, de extrema valia visto que amenizariam os pecaminosos efeitos
da seca com a qual nos deparamos, mais uma vez. E a passos de lesma, até com
suspeita de irregularidades e constantes paralizações, caminha também a tão propalada
e ainda não consolidada transposição do Rio São Francisco.
Nós não poderíamos
atribuir a um deus, qual seja, esse desastre climático, esse castigo cíclico,
já que pelos sectários seríamos amaldiçoados. Também aos governantes não caberia
imputar culpa dizendo-lhes responsáveis exclusivos por calamidades do gênero,
por esse flagelo que insiste em dizimar populações inteiras e sem soluções que
pelo menos minimizem os seus efeitos, pois estaríamos sendo levianos. Mas a
quem imputar? À mãe Natureza? Sim!, certamente dirão muitos e a isso servilmente
temos que nos curvar. Será? O que nos resta então condenar é a falta de medidas
governamentais proativas que são de
possível realização e com mais efetividade que as remediadoras, maioria inócuas
e tão somente onerosos paliativos. Pelo fenômeno os políticos não são culpados,
mas pela falta de diligência em tempo hábil convictamente são.
Ainda que falhos
(e assim se demonstram ao longo da história!) dos institutos meteorológicos
oficiais deveriam ser cobradas previsões técnicas mais tecnicamente rigorosas,
competentes, o quanto mais aproximadas da realidade porque cientificamente previsíveis,
para que providências de acomodação e minimização dos efeitos climáticos
adversos pudessem fazer parte de planos emergenciais, tecnicamente viáveis, a
serem prontamente executados. Episódios sucedem-se periodicamente e previsões
não passam apenas de palpites tão subjetivos quanto os pressentimentos dos
profetas leigos do sertão.
Não dá mais para
justificar que irmãos morram de sede, percam seus escassos rebanhos, seus
únicos bens, único arrimo de milhares de famílias, porque a tão prometida e
indispensável assistência não lhes foi aprovisionada preventivamente e em horas
e lugares oportunos. Diligências imprescindíveis à própria subsistência de milhares
de brasileiros que alguns cênica e cinicamente os tratam de “brasileirinhos”, dissipam-se
nas falsas e eleitoreiras promessas dos nossos relapsos, inaptos, desumanos e
descomprometidos políticos.
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
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