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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

TRÂNSITO - HOSPITAIS – PRIORIDADES





“Jornal O POVO 20/01/12 - Cresceu em 1.000% a taxa de atendimento a pacientes vítimas de acidentes com moto no IJF entre o ano 2000 e setembro de 2011. Hoje, 70% dos leitos do hospital são ocupados por esse tipo de paciente.”
O assunto não é novo e as estatísticas são até complacentes, otimistas, afirmamos! A problemática do trânsito é mais grave do que se supõe, registra e chega ao conhecimento público. O número de vítimas é bem superior ao divulgado.
Há poucos dias assistimos a uma reportagem sobre esse grave problema e o que mais nos chamou atenção foi que justamente no Nordeste e Norte essas estatísticas alcançam números alarmantes, superiores às demais regiões do País. Por quê? Seria porque somos mais incompetentes ou porque as nossas autoridades são mais permissivas, condescendentes em especial em períodos políticos? Ficamos, “a priori”, com essa última opção! Na ocasião o repórter acompanhou um motoqueiro “profissional” e a cada parada mostrando os bares do interior e a relação de “motos X bebidas”, aquele guia entornava um gole de bebida alcoólica. Em todo o percurso ele não usou capacete. Constatou-se que muitos dos frequentadores mostrados sequer tinham habilitação, além de várias outras irregularidades registradas e comentadas no competente trabalho jornalístico.
Para problemas radicais onde civilizadamente não se consegue que se cumpram as determinações legais, trazendo sérias consequências não só para os infratores como também, e em especial, para toda a sociedade que se torna a maior vítima, há saídas sim: Rigor compatível, no estrito cumprimento da lei e sem condescendências! Tolerância ZERO! Ou as autoridades se impõem ou se libera geral e se adota o regime anárquico onde todos fazem o que querem, assumindo-se as desastrosas consequências.
Não se justifica que leitos hospitalares fiquem ocupados por vitimas de suas próprias inconsequências em detrimento dos que realmente necessitam por enfermidades ou acidentes de causas naturais. Uma das soluções aplicáveis no caso de acidentes envolvendo veículos, quais forem, seria: Que se desse a derradeira prioridade no atendimento ou até mesmo que o SUS não cobrisse as despesas. Isto nos casos em que ficassem comprovados que os acidentes foram decorrentes de consumos de bebidas alcoólicas ou outras drogas, ou nos casos de provadas imprudências ou inaptidão dos condutores. Até a falta do uso de capacete ou em não sendo o condutor habilitado, deveriam ser agravantes a serem ponderadas na hora do atendimento. Pode parecer desumano, mas indagamos: E os demais que realmente necessitam de atendimento por decorrência causas naturais como ficam? É justo que devam ser preteridos e a eles o último lugar lhes reservar? Sob quais justificativas?
Só melhoraremos as estatísticas quando houver um somatório de ações conjuntas entre todas as partes envolvidas. Por exemplo:
1. Que a sociedade não seja omissa e cobre, pois lhe é assegurado o direito de resposta das providências adotadas e do porquê ou não do atendimento. Vejam o que dispõe o CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO BRASILEIRO – Lei 9.503 - PARTE I - Art. 72 - Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código. Art. 73 - Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitante quando tal evento ocorrerá.
2. Que as autoescolas sejam também rigorosamente fiscalizadas e cobradas, adotando obrigatoriamente, se não o fazem, aulas de Direção Defensiva e que os órgãos federais como o DETRAN adotassem critérios mais rigorosos na concessão da habilitação, pois se demonstra fácil demais. Não é só conhecer sinais, mas principalmente ter a consciência de uma direção segura e respeitosa.
A advertência sistemática de que a lei será observada por todos, sem distinção e em qualquer circunstância, é imprescindível! Não é mais admissível que as autoridades sejam coniventes e os demais cidadãos, inclusive familiares, sejam preteridos em horas especiais e paguem pela insensatez de alguns irresponsáveis.

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

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