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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

CLAMOR POR JUSTIÇA



Por vezes nos deparamos com a hipocrisia e insensibilidade dos homens que de tão evidentes nos deixam perplexos e indignados. Como que se outros crimes fossem de dramaticidade e implicação menores, isto é, não fossem todos tão abomináveis por si, há uns que a mídia, talvez sequiosa de audiência a qualquer custo, resolve priorizar e dar um destaque além do que apropriado seria a qualquer crime. Mais grave, reparemos bem, a quase totalidade desses odiosos delitos é impetrada contra crianças (meninas) e mulheres - eternas vítimas!
Eis que os vis assassinos, não por precipitação momentânea em um ato de fúria incontida provocado por razões quaisquer, e ainda assim todas injustificáveis, mas sim por, deliberadamente, premeditadamente, atendendo aos seus exclusivos instintos animalescos, resolvem ceifar a vida daqueles que discordantes de si se fizerem ou que não se sujeitem mais ao seu jugo e optem por se libertar. A eles, sem clemência, os assassinos julgam, condenam e aplicam a pena máxima que a si, exclusivamente, mais se lhes convém. Não têm condescendências! Por razões que só a psicologia talvez nem explique, adredemente preparados chamam para si os holofotes midiáticos para que julguem que eles, as feras, as bestas, é que são as supostas vítimas desses processos odiosos e seus atos assim justificados. “Ela cansou de apanhar, de ser tratada como um verme e resolveu me abandonar e por isso...”
Consumam-se os terríveis atos e os bandidos abjetos, cientes das suas impunidades, não têm resguardo ou temor qualquer. Praticam publicamente e sob tom ameaçador, certos de que em pouco tempo estarão livres graças a benevolência dos nossos insanos e omissos legisladores. A critério exclusivo de um júri de leigos que selecionados dentre a população e tendo como pressuposto tratarem-se de pessoas de reputação ilibada, podem os assassinos, mesmo diante de provas irrefutáveis, ser até libertados. Se vierem a ser condenados e apenados com 100, 200 anos de reclusão, quando se sabe que a nossa absurda legislação só permite o máximo de 30 anos e, ainda assim, se os vermes que praticaram esses tipos de crimes forem réus primários, tiverem “bons” antecedentes e comportamento, além de outras prerrogativas, as penas não serão cumpridas integralmente e, no máximo, um terço do total delas. Em breve estarão livres para praticar atos semelhantes. Mas a integridade física e moral das suas vítimas foi-se definitivamente e os sofrimentos e transtornos decorrentes desses atos de selvageria serão perpetuados enquanto a família e amigos existirem. É assim que se faz justiça neste País. Mais grave é que a tudo assistimos e anuímos calados, insensíveis como se a nós não dissesse respeito!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

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