Total de visualizações de página

quarta-feira, 8 de maio de 2013

BANCOS, OS MAIS RECLAMADOS NO RANKING DO PROCON!




       (Convido-os para ler com calma e atentos aos detalhes. Surpreendam-se com os abusos relatados que são fruto de observações próprias e de inúmeras reclamações de clientes e usuários que nos participam diariamente. Uma dura realidade que nem sempre nos damos conta. Falamos de cátedra posto que lidamos com bancos há mais de 35 anos.)

       Não nos reportaremos especificamente a este ou aquele banco, como também não isentaremos nenhuma dessas instituições. Todas padecem de graves desvirtuamentos e que sob “controle” de um Banco Central do Brasil que, ao nosso entender, desatento aos anseios da população e às suas próprias funções maiores, primordiais e que lhe são inerentes, que seriam as de controle e fiscalização do sistema financeiro do País. Isto é demonstrado nas diversas “quebras” e escândalos que o BACEN só percebe após já serem de conhecimento público. Público que geralmente é o único que arca com os prejuízos que decorrem. Atentem que os bancos “quebram”, os banqueiros não.
      Os bancos atuais são apenas e tão somente máquinas de gerar lucros, inclusive os oficiais que perderam a sua antiga função primordial que era a de fomentar a economia. Mantinham-se agências mesmo deficitárias contanto que o seu papel social fosse alcançado.  Hoje, os gerentes e funcionários vivem acossados com tantas cobranças de cumprimento de metas. A todo instante são exigidos e que se desdobrem para alcança-las. Talvez decorra daí que os bancos lideram o ranking de reclamações no PROCON. Primeiro lucro, depois lucro e por fim clientes e usuários!
       Quando nos dirigimos a uma instituição financeira vários obstáculos e procedimentos desfavoráveis, negativos se fazem perceber. Para se abrir uma conta, cujo valor do deposito inicial é fixado por cada banco, temos que transportar dinheiro em espécie ou cheques, o que hoje é um risco como sabemos, mas corremos os riscos, faz parte. Eis que, se já no recinto das agências formos assaltados teremos que enfrentar uma série de procedimentos burocráticos para tentarmos nos ressarcir do que nos foi afanado mesmo sabendo-nos sob risco de morte, já que não somos protegidos ao adentrar uma dessas instituições. Com todos os nossos documentos - pois temos que provar que somos nós mesmos e que moramos onde afirmamos, isto é, já não temos mais a credibilidade que pressupomos ter (embora até se justifique como medida de segurança) - tentamos nos tornar um correntista de um desses estabelecimentos bancários. Desfazemo-nos de tudo que é metal para não sermos barrados nas questionáveis portas eletrônicas que em alguns lugares já obrigatoriamente não mais existirão. Se portarmos algum metal decorrente de implantações no corpo, ou chamamos o gerente que por ser nosso “amigo” autoriza a entrada, ou teremos que nos despir ou desistimos do acesso. E os vigilantes estão certos em cumprir o que lhes é determinado, isto é, não permitir em determinadas condições. Supondo que consigamos o acesso, não façamos ou recebamos ligações telefônicas no recinto. É proibido em nome da “segurança”. Após os primeiros desconfortos nós que vamos entregar nosso suado dinheiro, disponibilizando-o para o banco, maioria das vezes a custo zero (quando só se guarda, não se aplica) dá-se início ao nosso martírio. Nem pensemos exercer uma necessidade fisiológica, pois as agências não disponibilizam esse serviço à sua clientela, independente do tempo que lá permaneçamos. Até que enfim chega a nossa hora de atendimento. Maioria das vezes alguém nos atende sorrindo, após um sonoro e agradável “Bom-dia, em que posso atendê-lo?...” Outras, ficamos alguns minutos à espera de que o atendente desvie a cara do computador para então se dirigir a nós, clientes (antigamente o que havia de mais importante para as instituições financeiras). Não, não vamos supor que o atendente estava olhando seu e-mail pessoal ou terminando aquele jogo de cartas ou mesmo se atualizando ao visitar sites de jornais. Casos há em que o precário atendimento ocorre, casualmente ou não, no período da TPM (feminina e até masculina se existisse) desses funcionários (alguns) e que, por infelicidade nossa, caímos em suas mãos. Após uma série de questionamentos e clicks – sempre de olho na telinha e não nos NOSSOS olhos – somos aceitos e, enfim, abrimos nossas contas quando entregamos nosso minguado dinheiro e somos orientados a vir receber um cartão daqui a alguns dias; talão de cheques ainda não pode etc. Se nesse lapso precisarmos retirar algum dinheiro, que nos dirijamos ao caixa, sacando contra recibo e depois de enfrentarmos uma fila de senha e filas quilométricas nos guichês; os bancos mesmo com lucros estratosféricos, não podem pagar caixas para um melhor atendimento... Aliás, em bancos ninguém tem pressa; isto é tradição, mesmo havendo lei recente que estipula o prazo de espera em filas de bancos, sob pena de multas se ultrapassarem esse custoso período. Mas atentemos que em alguns bancos as senhas não registram, propositadamente, a nossa hora de chegada, e como então reclamar? Eis que existem “atendimentos prioritários” e não usamos. Onde? Prioridade é prioridade e não se deveria deixar por conta de um computador quando ele, previamente configurado, chamará nossa senha em períodos agendados. Em outros casos simplesmente instituem guichês ou FILAS (um absurdo!) para esse tipo de atendimento para os quais a lei federal assegura sejam atendidos com prioridade, independente de FILAS. Por óbvio não deve haver FILAS!!! Isto simplesmente não é observado por banco nenhum. Somos tão prioritários  que se chega ao absurdo de em finais de semana, nos guichês para “atendimento prioritário”, não haver disponibilidade de dinheiro.
      Continuando o atendimento “especial” que temos, ninguém afirma o dia exato da retirada do cartão eletrônico, faz-se uma previsão (em torno de 15 dias). Cartão esse que para receber temos que nos sujeitar ao mesmo protocolo: senha, fila e a boa vontade dos atendentes. Conseguimos (nem imaginemos a bomba que está na nossas mãos, especial se for o famigerado Cartão de Crédito - pelos juros estratosféricos extorquidos do usuário se descuidar no uso). De princípio, rezemos para que não clonem antes mesmo de recebermos ou no uso comum; para que não esqueçamos a senha e muito menos para que não o percamos. Mas ainda temos que ir para a fila do autoatendimento validar o cartão.   Estamos quase conseguindo... Pronto, realizamos nossos sonhos (e os dos banqueiros que debocham da nossa cara). Sobre tudo o que fizemos até agora pagamos tarifas e continuaremos a pagar eternamente, e tarifas altíssimas, escorchantes. Tarifas relativa à manutenção da conta; pelo nosso talão de cheque; pelo nosso extrato; pelo nosso cartão..., incontáveis tarifas de agora por diante. Tudo é PAGO! E não caiamos na asneira de não ter saldo nos dias certos dos débitos programados ou porque em uma emergência precisemos sacar um centavo a mais do nosso saldo disponível, extra limite. Por essa aventura arriscada pagaremos, por cada saldo devedor gerado, o Imposto sobre Operações financeiras – IOF, juros altíssimos e tarifa específica como se tivéssemos contraído um empréstimo. Só isso!
      Parou por aí? Não gente! Para tudo agora teremos limites. Precisamos sacar um determinado valor e temos que nos sujeitar aos limites diários e mensais para saques, pagamentos e pagamentos agendados e transferências nos guichês de autoatendimento e até nos “bankings” da vida. Saques acima de determinados valores têm que ser avisados com 24 ou 48 horas de antecedência caso contrário não retiraremos nosso dinheiro. E atenção, muita atenção: Os guichês de autoatendimento terão REDUZIDOS os volumes de cédulas, por questão de segurança. No linguajar popular as cabeças pensantes dos escalões superiores dos bancos optam por uma providência inócua, pueril, como se os ladrões soubessem a quantidade de cédulas existentes quando impetram o crime de arrombamento. Isto nos faz lembrar o jargão: “Matam a vaca por não terem competência para acabar os carrapatos.” Resulta que o que não era suficiente, ficou assim pior para os honestos clientes e usuários. Os governos, em todas as esferas, que por incompetente não nos garantem segurança como preconiza a Constituição, e o povo é quem paga. Até para operações em casas lotéricas, bancos 24 horas, e caixas eletrônicos e correspondentes no país impõem-nos limites. Atentemos que tratamos do “nosso” dinheiro que deixamos graciosamente para ser diluído aos poucos mediante débitos de tarifas de manutenção etc., e para que os bancos lucrem abusivamente emprestando-o a terceiros quando não a nós mesmos. Mas o dinheiro é nosso!, dirão alguns inocentes. Será mesmo? Quem manda nele agora é a instituição financeira! Vejamos: Suponhamos que o cliente mantenha R$. 2.100,00 de saldo na sua conta corrente. Para sacá-lo ele terá que comparecer ao banco no mínimo por TRÊS vezes e ainda assim de acordo com o seu limite, ou tentar os guichês internos (com senhas, filas etc.). Dependendo do montante, terá que se submeter às exigências do COAF – Conselho de controle de Atividades Financeiras (Vejam o link abaixo)
       Falemos de empréstimos. Suponhamos que em uma emergência ou para não perdermos um bom negócio tenhamos que recorrer a um empréstimo rápido. É outro martírio. Senha, fila, cadastro e sua tarifa e perda de tempo (e como perdemos tempo em bancos). E olhe que vamos amargar os juros mais caros do mundo que esses governos relapsos, incompetentes e mentirosos insistem em manter, quer para pessoa física ou jurídica, além da tarifa de cadastro, do empréstimo, IOF etc. Nesse ínterim, para aquela nossa conta onde deixamos “nosso” dinheiro depositado (”guardado”) cobram-nos tudo o que já foi retro mencionado enquanto que, se depositado em poupança ou outras aplicações, os bancos nos remuneram miseravelmente. É o famigerado spread bancário – diferença entre o custo do dinheiro para as instituições financeiras (juros e correções de poupanças e outras aplicações) e a taxa cobrada por elas ao emprestá-lo aos seus clientes.
        É..., mas o “nosso” dinheiro está “guardado” e assegurado. Assegurado? Equivocamo-nos, mais uma vez! Só temos garantido até determinados valores e, de acordo com a oscilação da economia do país ou conveniências governamentais. Isto é: se o banco “quebrar” ou se o país enfrentar outras situações contingenciais, poderemos  PERDER o que ultrapassar os limites de garantias governamentais e logo para os banqueiros, alguns dos quais corruptos que continuarão impunes a zombar da nossa ingenuidade e alienação. Isto tudo ocorre muitas vezes à falta de uma atenta vigilância de um Banco Central do Brasil que parece ser o último a saber e também por negligência dos nossos distraídos legisladores que nos deixam inseguros e desamparados.  
      Amigas e amigos, não para por ai. Dando prosseguimento aos absurdos, os banqueiros foram agraciados pelo governo de um ex-presidente populista (sabem quem?) com o famigerado “Empréstimo Consignado” – aquela modalidade em que a prestação é deduzida, compulsoriamente, na nossa folha de pagamento e que tem risco ZERO para os bancos. Nada mais é que uma armadilha da qual nós nunca mais nos desvencilharemos. E o povo, por necessitado, recorre inadvertidamente.
      Nunca os bancos ganharam tanto quanto agora. Tem mais, nunca pensemos em negociar as nossas dívidas. Primeiro, porque a maioria, inclusive os bancos oficiais, terceirizou o departamento de negociação e à eles e não ao banco temos que nos reportar e ficar condicionados. Mesmo que não estejamos inadimplentes um só dia, ainda assim nos proporão o pagamento em torno de 20% da dívida ou que ofereçamos um bem em garantia para só assim abrir a renegociação. Repetimos: isto sem estarmos inadimplentes um só dia, apenas tentando renegociar dívidas para melhor acomodação. Isto é, não resolvem, apenas complicam e o “nosso” (que mentira!) banco fica de fora da negociação. Resolvamos nós e a firma que terceirizada. Deduzamos quem continua a levar vantagens...
      Este é o retrato fiel e deplorável, tirânico, do nosso sistema financeiro onde instituições se locupletam e obtém, como nunca foi registrado em toda a história bancária, lucros estratosféricos, maioria gerados de tarifas e não de juros decorrentes de empréstimos que poderiam ser destinados à produção e indústria, gerando empregos e riqueza como deveria ser prioritariamente. Percebamos que nos últimos tempos temos instituições creditícias em cada esquina e com promessas mirabolantes para enganar os alienados e otários - maior parte que nos tornaram. Quem conheceu o “modus operandi” dos bancos de antigamente prefere-o à essa modernidade onde o cidadão é preterido, uma peça descartável, no interesse de um punhado de gananciosos, inclusive do Governo Federal que é o partícipe mais inescrupuloso desse sistema de exploração. Um acinte! Nem uma só instituição civil e comercial se mobiliza contra esses abusos e o povo padece desamparado. Mais grave é que calamos servilmente acomodados; quanta passividade, quanta frouxidão!
Senhores legisladores, impõem-se uma criteriosa revisão dos procedimentos bancários a bem dos infelizes correntistas e usuários, pois bancos, com essa atual conformação..., melhor não tê-los. Prestam um desserviço à sociedade!
Cópias ao Senado e Câmara Federal.

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Vejam também nos endereços:  
www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no jornal a Folha do Vale.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário