Mais um 8 de março se
aproxima. Mais um dia da mulher. Comemoremos desde já posto que deveriam ser
todos os dias, mas não se lhes reconhecem e até, muitas vezes, alguns, abusivamente,
não permitem como se proprietários que fossem..., mas não são!
As homenageadas deveriam ter
o que comemorar, mas terão? O quê efetivamente melhorou do último “Dia
Internacional da Mulher” para hoje? Reconhecimento? Remuneração justa,
igualitária? Mais ascensão a cargos políticos, administrativos, de direção de
empresas? Mais companheirismo e compartilhamento? Menos assédios no trabalho?
Menos abordagens grosseiras, vulgares, deselegantes próprias de sujeitos inconvenientes
e chatos, brutamontes metidos a conquistadores? Menos violência doméstica? Menos
estupros? Menos que foram bestialmente assassinadas por ciúme e até “amor”? (Insustentáveis
argumentos usados por assassinos para tentar justificar seus atos criminosos e
na certeza de que em pouco tempo estarão soltos, zombando da sociedade e por
culpa maior do nosso carcomido Congresso Nacional e Justiça que lhes são
condescendentes ao imputar-lhes penas leves, incompatíveis com o horror do
crime praticado.)
E elas próprias procuraram se
valorizar mais ao reagir contra todos os abusos dos quais foram vítimas? E como
mulheres, assim se reconheceram, lutaram e honraram, valorizando o seu status
ou esmoreceram, calaram como algumas e quedaram-se impotentes, humilhadas,
ultrajadas ou até se vulgarizaram como opção? E elas tiveram mais coragem para denunciar seus
agressores? E foram ouvidas pelas autoridades competentes? (Vergonhosamente,
por culpa desses que negligenciam suas obrigações e dos políticos
inconsequentes - aqueles que só prometem, mas não cumprem suas promessas de
campanha – apenas menos de 10% dos municípios têm delegacias específicas para
atendimento às mulheres.)
A essas mulheres, nossas
mulheres - mães, filhas, irmãs, avós, esposas, companheiras, amantes, namoradas, sobrinhas,
netas, sogras, auxiliares, amigas, vizinhas, desconhecidas até, resta-nos
apenas deixar que ajam livremente em busca do seu espaço e, se possível (e é!) que
elas compartilhem na mesma intensidade com o companheiro ou companheira, se de
sua escolha. Só em não lhes constituir obstáculos e ao abrir-lhes espaços,
reconhecer-lhes os méritos quando evidentes, já teremos feito nossa parte. É
possível, tentemos! O resto é amor que nos unirá e permitirá a melhor das
convivências que tantos procuram e por vezes deixam escapar.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Encontrem o texto também nos
endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no
jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)
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