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segunda-feira, 18 de março de 2013

TRIBUTOS – DESVIOS DE TRATAMENTO




Existem pessoas que com as suas ideias despropositadas, estapafúrdias e até visão alucinatória, extrapolam, vão além dos limites de tolerância. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi desse mal acometido e isto a partir de receber cópias das autuações procedidas pela Receita Federal cobrando as altas dívidas de clubes de futebol junto a União. Para isso direcionou a AGU – Advocacia Geral da União - a sugestão que cogita de isentar os clubes de futebol de impostos (Imposto de Renda, COFINS, PIS, Contribuição Sobre Lucro Líquido) e, pasmem, por considera-los “instituições filantrópicas” e a “paixão do brasileiro pelo futebol”... Testemunhamos sim, conforme noticiado na imprensa, muita “pilantropia” que vão desde a manipulação de resultados até escândalos na cúpula do nosso combalido futebol. Ademais, sequer mantemos o status de “melhor futebol do mundo” (título inventado por alguns da mídia específica, pois disso sobreviverem), já que estamos pessimamente colocados no ranking mundial da ojerizada FIFA e ainda nos afirmamos como “O país do futebol...”, um despautério. Deveriam, pois receber um tratamento igualitário como se procede com as pessoas físicas e demais jurídicas inadimplentes ou sonegadoras. Penhorar os bens pessoais dos diretores e dos clubes faltosos seria o mais conveniente e justo.
Enquanto isso o trabalhador comum, o que realmente trabalha e muitas vezes é explorado por muitos patrões cada vez mais sequiosos de lucros a qualquer custo, é obrigado a recolher tributos que, compulsoriamente, já consignados em folha de pagamento. E temos ainda que provar que a União extrapolou na retenção se quisermos ser ressarcidos e quando a ela, via Receita Federal, convier proceder a devolução do que nos cobrou em demasia. Para termos consciência do que nos afanam basta ver o impostômetro – o instrumento que mede o quanto de imposto é  pago a cada minuto pelo explorado contribuinte.
Não bastasse, o senhor ministro ainda foi insolente ao afirmar em entrevista que o desassistido Esporte Olímpico é muito caro e, por isso, canalizar recursos para essa modalidade é difícil. Para que teremos Olimpíadas então? Por que só futebol?
Ministro Aldo Rabelo, tenha bom senso, consciência! Isonomia é um princípio constitucional e se impõe. Chega de assistencialismo eleitoreiro em detrimento dos que honram penosamente os seus deveres junto a União. E o que nos deixa mais indignados é ainda sermos obrigados a apresentar declaração de Imposto de Renda anual, sujeitarmo-nos ao rigor do implacável “pente fino” e se atrasarmos um só dia sermos punidos com multas, sem termos a quem recorrer. Gritemos contra essas inconsequências!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Vejam também nos endereços:
www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no jornal a Folha do Vale.) 

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