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domingo, 10 de março de 2013

ETERNAS VÍTIMAS E IMPUNIDOS ASSASSINOS



O caso Bruno - o somente goleiro e que acusado como principal responsável pelo crime de extrema violência contra Eliza Samudio, sua ex-companheira, aquele que negou peremptoriamente sequer saber do crime, mas que, de última hora, orientado pelos seus advogados com propósito apenas de ter a pena diminuída, resolve confessar - é o que de mais aberrante em termos jurídicos que testemunhamos. “Matem e basta assumir que a Justiça embasada nos equívocos da lei e astucia de advogados garantem a impunidade!” Um artifício deplorável usado pela defesa e que deu certo e que seguramente se repetirá para outros brutais assassinos. Ainda que saibamos ser de ofício dos defensores, paira aquele questionamento: É humano? É ético? Justifica-se o vale tudo? Não se trata de pugnar para, mesmo reconhecendo a autoria do crime praticado pelo assistido, amenizar a pena, mas, artificiosamente, criar situações que confundam o corpo de jurados e de se conseguir o intento – livrar o bandido a qualquer custo e que se danem as vítimas, parentes e amigos que restarem. Ninguém pondera a dor e angústia da mãe e demais familiares e amigos.
Testemunhar a “condenação” dos réus com o abrandamento de penas - quase total impunidade de assassinos confessos - é outro afrontamento à dignidade, nova punhalada e desta vez legalizada e por conta dos que deveriam pugnar pelo resguardo da população que já acuada e aviltada. É como se fosse o “normal” e a predestinação de uma sociedade que ultrajada. passiva e acovardada aceita, não esboça reação, apenas assimila constrangida e vendo a sua dignidade afrontada, mais uma vez, repetidas vezes. A incongruência de ser condenado por 22 anos e 3 meses – ainda pouco - e saber que cumprirá apenas parte da pena (2 anos e 11 meses) em regime fechado e logo estará em regime semiaberto é uma aberração jurídica, intolerável! A descarada explicação de alguns juristas é que o apenamento tem, prioritariamente, “caráter terapêutico” visando a ressocialização e não apenas o sentido punitivo. E como ficam os que vitimados para o resto de suas vidas? Quando serão consolados? Nunca! Que se cumpram todas as penas e na sua integralidade, sem benefícios tais como abrandamento por confissão, progressão de pena por “bom comportamento” e outros desvirtuamentos que só concebidos em mentes insensíveis, doentias, inconscientes dos nossos legisladores – políticos. Não, não creio mais na Justiça nem nos políticos quanto mais quando vejo até que ponto eles descuram da população ao permitir-lhes tamanhas anomalias justamente contra os ditos cidadãos de bem.
Pressupomos que Mizael, acusado do brutal assassinato de Mércia e que será julgado em breve, já se sinta confortável porquanto certo de que a decisão lhe será favorável, basta que use do mesmo artifício que o Bruno usou e mais uma vez a impunidade, vergonhosa e acintosamente, triunfará. Danem-se a incúria dos nossos inaptos legisladores e os escrúpulos de quem os observa às cegas e insensivelmente!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Encontrem o texto também nos endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br; no jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)

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