Total de visualizações de página

domingo, 9 de setembro de 2012

SETE DE SETEMBRO DE 2012

SETE DE SETEMBRO DE 2012

Afirmam os instruídos que: ”O importante na crônica é captar um flagrante da vida, que seja pitoresco, atual ou oportuno.” E estávamos ali para isso! Flagrar visual ou fotograficamente o que de cerimonioso e também de pitoresco que houvesse no desfile para nos inspirar a redigir. Por exemplo: Se os militares marchavam em perfeita harmonia com a marcação da fanfarra ou também se erravam os passos – e como erravam, sim senhor! Na marcação da banda uns batiam o pé esquerdo e outros o direito e até desalinhavam. E logo eles que supostamente tinham uma ordem-unida rígida, mas que cometiam os mesmos deslizes do pessoal da rabada – aqueles que ficam no final das filas das escolas e não se preocupam se estão certos ou errados; querem é que o desfile termine para se livrar do sol impiedoso e possam tomar uma saborosa água geladinha, ou deliciar um picolé da sua preferência.
Escolas entravam, eram aplaudidas e passavam. Todas, esmeradamente, tentavam empolgar a plateia quanto as autoridades em palanque que, privilegiadamente e nem sempre meritoriamente, estavam à sombra. Quem pode, pode! Continuamos atento clicando e registrando momentos na nossa simples, mas competente e curiosa câmara. Eis que entre os garbosos grupos de desfilantes uma representação se destacava: a APAE. Mas não no sentido que muitos sempre percebiam. Foi quando algo nos chamou a atenção. Entre os participantes uma senhora, supostamente a mãe, cautelosa e carinhosamente, com as mãos sobre os ombros conduzia, apoiava uma criança pequenina, nos seus cinco a sete anos que, que desfilava com muito esforço, suada e vermelhinha em função do sol escaldante.  Embelezava o desfile com certeza sem entender o sacrifício daquela sua participação. E foi quando percebemos que dos olhos daquela senhora vertiam lágrimas, uma após outra e que ela tentava enxugar e esconder não por vergonha!, mas não as continha, o sentimento era mais forte. Não alcançamos a razão, mas deduzimos que seria pela emoção. Era algo como alegria, amor, orgulho daquele momento. Foi tanta a nossa emoção que entalamos e os nossos olhos também ficaram molhados. Subiu-nos um nó na garganta pelo que ali nós interpretávamos: “a comovente emoção de uma mãe, de uma abnegada assistente, amiga, o que fosse revelada enquanto copiosas lágrimas escorriam na sua delicada face.”
Terminamos por não clicar a nossa máquina e aquela cena deixamos de registrar materialmente, mas ficou a emoção que valeu por vários desfiles. Parabéns mãe, assistente, amiga, companheira, que designação tenha e que viveu e nos proporcionou aquele glorioso, memorável e verdadeiro momento cívico e de amor.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Nenhum comentário:

Postar um comentário