(Texto
comentado e fundamentado na entrevista ao Jornal da TV Gazeta em 27/08/12 pelo
Médico Cardiologista Dr. Bráulio Luna Filho primeiro secretário do CREMESP.)
Em
uma louvável iniciativa, as Associações Médica Brasileira e Paulista de
Medicina apoiaram a decisão do Conselho Regional de Medicina de São Paulo
quando esse decidiu por implantar o exame do CRMESP para avaliar a formação de
médicos recém-graduados. O mesmo exame que é adotado, corretissimamente do
nosso (articulista) ponto de vista, pela Ordem dos Advogados do Brasil – OAB,
com o mesmo propósito. Com uma pequena diferença: mesmo em não sendo aprovados,
nada impede que os concludentes de Medicina exerçam a sua profissão,
contrariamente ao que ocorre com os concludentes em Direito que não alcancem
pontuação satisfatória.
A
razão dessa providência – instituição do exame - decorre em função de que cerca
de metade dos acadêmicos que se submeteram não conseguiram aprovação nos
referidos exames que já é exercido, facultativamente, pela sétima vez. Isto é, não
estão aptos a exercer a medicina e são, irresponsável e criminosamente,
lançados no mercado colocando em risco a saúde da população. E isto, segundo o
entrevistado, considerando que as provas – até então facultativas - tratavam
apenas do básico, do mínimo indispensável ao exercício da profissão. Por
conseguinte, nada de tão complexo para gerar resultados tão deprimentes.
A
quem atribuir a culpa? É óbvio que ao Governo - MEC e do Ministério da Saúde. O
Governo que na sua peculiar fanfarrice adotou uma política de alarmismo ao alardear
que multiplicou o número de faculdades de Medicina, enquanto não atentou para a
qualidade dessas instituições. Ainda segundo o entrevistado, só em São Paulo que
há 20 anos tinha cerca de 80 faculdades, hoje, nestes dois últimos governos, ampliou
para 180, maioria das quais – cerca de dois terços - não têm as mínimas condições
de funcionamento. Observa-se desde a falta de professores preparados para
ministrar cursos até as mínimas condições estruturais. Há casos que foram
criadas em cidades que nem hospital existe.
Imaginem
os senhores que diante desta estonteante revelação como está o nível de
precariedade de inúmeras outras faculdades fajutas dos demais estados.
Esta
é uma concreta amostra do real e precário estado da Saúde Pública e Educação do
nosso País que o povo precisa saber e que poucos ousam expor. Parabéns Dr.
Bráulio!
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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