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domingo, 2 de setembro de 2012

DESCURO COM A SAÚDE PÚBLICA



(Texto comentado e fundamentado na entrevista ao Jornal da TV Gazeta em 27/08/12 pelo Médico Cardiologista Dr. Bráulio Luna Filho primeiro secretário do CREMESP.)

Em uma louvável iniciativa, as Associações Médica Brasileira e Paulista de Medicina apoiaram a decisão do Conselho Regional de Medicina de São Paulo quando esse decidiu por implantar o exame do CRMESP para avaliar a formação de médicos recém-graduados. O mesmo exame que é adotado, corretissimamente do nosso (articulista) ponto de vista, pela Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, com o mesmo propósito. Com uma pequena diferença: mesmo em não sendo aprovados, nada impede que os concludentes de Medicina exerçam a sua profissão, contrariamente ao que ocorre com os concludentes em Direito que não alcancem pontuação satisfatória.
A razão dessa providência – instituição do exame - decorre em função de que cerca de metade dos acadêmicos que se submeteram não conseguiram aprovação nos referidos exames que já é exercido, facultativamente, pela sétima vez. Isto é, não estão aptos a exercer a medicina e são, irresponsável e criminosamente, lançados no mercado colocando em risco a saúde da população. E isto, segundo o entrevistado, considerando que as provas – até então facultativas - tratavam apenas do básico, do mínimo indispensável ao exercício da profissão. Por conseguinte, nada de tão complexo para gerar resultados tão deprimentes.
A quem atribuir a culpa? É óbvio que ao Governo - MEC e do Ministério da Saúde. O Governo que na sua peculiar fanfarrice adotou uma política de alarmismo ao alardear que multiplicou o número de faculdades de Medicina, enquanto não atentou para a qualidade dessas instituições. Ainda segundo o entrevistado, só em São Paulo que há 20 anos tinha cerca de 80 faculdades, hoje, nestes dois últimos governos, ampliou para 180, maioria das quais – cerca de dois terços - não têm as mínimas condições de funcionamento. Observa-se desde a falta de professores preparados para ministrar cursos até as mínimas condições estruturais. Há casos que foram criadas em cidades que nem hospital existe.
Imaginem os senhores que diante desta estonteante revelação como está o nível de precariedade de inúmeras outras faculdades fajutas dos demais estados.
Esta é uma concreta amostra do real e precário estado da Saúde Pública e Educação do nosso País que o povo precisa saber e que poucos ousam expor. Parabéns Dr. Bráulio!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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