A EDUCAÇÃO de hoje que, pasmem, sequer tem definida uma tendência pedagógica padrão que a norteie e ainda mais, cujos conteúdos das grades curriculares se acham replenos de inutilidades - perfeitamente descartáveis e sem prejuízo de um ensino de qualidade, divaga perdida em discussões meramente acadêmicas, filosóficas, técnico-burocráticas, tornando-se uma “Casa-de-mãe-joana”. Desde o tratamento dispensado aos professores a quem não bastasse o salário aviltante, ridículo para uma categoria especialíssima - pilar maior da nossa formação, mas a quem hostilizam e submetem, sistematicamente e de forma até escravocrata, a jornadas ilegais e outras espécies de explorações que são adotadas como práticas correntes, ainda os perseguem. Muitos são preteridos por ações meramente politiqueiras onde se prioriza a opção político-partidária e não a sua formação ou competência individual e devotamento. Acrescente-se a falta de organização, de união, até o temor a toda espécie de represálias e violência que é percebível claramente no meio docente. Muitos vivem sobressaltados. À classe negam-lhe direitos assegurados (o Piso Salarial, por exemplo); dificultam-lhe a acessão a um plano de carreira justo e até sonegam o acesso a dados essenciais – um simples contracheque, por exemplo. Chegam ao cúmulo de frisar abertamente que um concursado é menos íntegro e capaz que um contratado, como se o concurso não fosse um mecanismo legítimo, constitucional, para se atingir o serviço público e não um fator negativo para o exercício da profissão. (É que o contratado é mais fácil de manipular, explorar, só isso! E por esses optam para trabalhar.) Como se não bastasse o trabalho em horários não remunerados (sábados letivos, como um exemplo), impõem aos mestres tarefas extras e incompatíveis com as suas funções primordiais, tais como: cursos de formações para discorrer em sala sobre educação no trânsito; saúde; meio ambiente, drogas etc. (Para isto há os profissionais das áreas específicas que, negligentemente, não são acionados por quem competiria.) Decorre daí uma carga excessiva de atribuições e os professores perdem o seu referencial. Ademais, fizeram da ESCOLA um depósito de crianças e adolescentes, sobre muitos dos quais os pais já não mais exercem domínio disciplinar, e cômoda e irresponsavelmente os responsáveis as entregam nos estabelecimentos educacionais a exigir uma função social reparadora que em princípio não lhes é de ofício. E ai daquele professor ou diretor que ousar tentar disciplinar com mais firmeza, pois além dos pais protetores que surgem em defesa dos seus filhos “inocentes, anjinhos”, até os Conselhos Tutelares podem intervir. Enquanto isso, e como resultante, a violência grassa ainda que dissimulada, mas que já inconteste e incontida, contra quem ousar aplicar um disciplinamento mais eficaz, conveniente. De tudo já resulta em uma educação precária, ZERO, onde a criança termina a sua formação básica, essencial, sem saber ESCREVER e LER (fundamentos) ou entender o que ler, e a sua formação cidadã é altamente prejudicada ou inexistente. Este é o presente e futuro que estão e continuarão legando aos filhos dos pais atentos, dos desatentos e de alguns excessivamente protetores. Tenebroso! Impõem-se um REPENSAR imprescindível e inadiável, antes que tardio!
Hildeberto AQUINO
Corretor de Imóveis
Russas (CE)
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