A mídia “oposicionista e raivosa”, os
taxados de “pessimistas”, a tal “elite branca” que xingou a presidente, enfim os
brasileiros que ainda conscientes, todos quebraram a cara! O Brasil, “país do
futebol...” “venceu” todos os obstáculos em campo e nas ruas e oferecemos ao
mundo o “maior espetáculo da terra”... Os narradores (que falta fez um Luciano
do Vale) com suas arrancadas aos gritos forçados e exagerados impulsionaram a
torcida que, sem dinheiro..., não entrou nas tais arenas. Crônicas (verdadeiras
pérolas) tentando (apenas tentando) lembrar os Rubens, Millôs, Veríssimos e
outros mais, com comentários nada pueris, nem ridículos, deram um show à parte
em todos os programas esportivos. As estatísticas de tamanha relevância que
dispensá-las seria nossa derrota maior: “fulano correu tantos quilômetros; deu
tantos passes, acertou tantos e errou outros tantos; a bola desenvolveu uma
velocidade tal que quase foi multada...”
Já os comentaristas os que aspiravam ao lugar do Felipão, os assessores
dos narradores da vez, ditavam como as substituições deveriam ocorrer – quem
deveria entrar e quem sairia; quem deveria se deslocar e para aonde, enquanto
todos os nossos jogadores receberam rotulações “cabidas” como: “craques”, “incríveis”,
“fantásticos” “gênios”, “heróis” e até “baitas”... A mídia futebolística foi de
uma postura impecável, tal qual estavam perfilados alguns comentaristas de TV
que além de empacotados nos seus paletós azuis colocavam as mãos cruzadas à
altura da genitália e comentavam os lances, mesmo que entre si conflitassem por
vezes. Pareciam até que iriam rezar comandados em cega obediência aos Frei
Galvão e outros arranjados de última hora. Aliás, nunca na historia
futebolística deste país vimos tantos ex-craques a “comentar” futebol.
Tudo saiu como a Dilma e até o Lula
(aquele que não deus as caras, notaram?) previam – aeroportos funcionaram,
arenas funcionaram, não houve protestos (mesmo porque era difícil até se
aproximar já que todas as forças inclusive até as Forças Armadas proibiam
qualquer manifestação e todos calaram o bico). Só tivemos “lucros” com o evento
e os estrangeiros saíram abismados, agradecidos, encantados com tanta
hospitalidade e nosso futebol. Brasil país de primeiríssimo mundo!... Os nossos
jogadores juntamente com a equipe técnica sagraram-se “HEXA Campeões”, encheram
os bolsos de dinheiro, serão doravante heróis por todos os tempos e o povo está
feliz e revigorado... (Já a ojerizada FIFA, a que mais lucrou (e como lucrou!)
sai rindo e mais rica.)
A dura e terrível realidade: Perdemos
FEIO! (Pior seria se fosse para a Argentina...) Tudo,
ou quase tudo valeu a pena já que somos o “país do futebol, do carnaval, das
secas e das enchentes, o 7º no ranking mundial da violência, um dos últimos em
educação, saúde”??? Porém, continuamos brasileiros sim!, com muito amor, mas com
o orgulho abalado, quase decepcionados e alguns sem medo de dizer, de assumir. Bola
pra frente, mas com os pés no chão, pois temos outras lutas e desde já
comecemos bem votando com a consciência livre naqueles que deverão, têm por
obrigação, mudar o país.
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Vejam também nos endereços: www.tvrussas.com.br e no jornal
Folha do Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).
Nenhum comentário:
Postar um comentário