Assistimos, atônitos e horrorizados, a mais uma barbárie no cenário mundial. Em um total de 298 pessoas - entre passageiros e tripulantes, dentre as quais 80 crianças - são impiedosamente trucidadas pelos que se acham “donos do mundo” e possuem entranhado no sangue o vírus da beligerância. Matar a quem se interponha, ou não, no seu caminho de ganância e aos olhos de um mundo omisso e acovardado que aceita e até estimula essa carnificina despropositada já virou hábito. Já não estamos seguros nas ruas, no mar, nem no espaço. A vida humana tem hoje o menor valor da história da humanidade. Atente-se mais que as guerras que eclodem sistematicamente por todos os continentes ou têm motivos religiosos (promovidas justamente por aqueles que deveriam não só pregar, mas praticar a paz, promover o humanismo) ou fins econômicos para alimentar ganâncias extremadas de alguns. São milhares de vítimas pelo mundo, uma guerra a cada instante em cada local, injustificadas todas. Até os países que se dizem (apenas se dizem) “pacíficos” fomentam essa barbárie ao vender, abertamente ou de forma camuflada, armamentos a quem lhes pague mais, independente das razões expostas e os fins a que se destinam, posto que isto é o que menos interessa. É a ganância descomunal de muitas bestas humanas que posam de pacíficos e altruístas.
Alguém, brasileiro, há poucos dias rotulou o mundo e a humanidade de excremento. E muitos chiaram, acharam-se não merecedores dessa designação. Até concordamos em parte, mas, com certeza e como se demonstra, a grande maioria que se diz civilizada não passa disso e quanto mais poder, estrutura econômica e, pasmem, instrução e religião têm, mais exalam mau cheiro pelas atitudes de omissão, contribuição, participação, fomentação, para com esse abjeto, irracional e injustificável comportamento da raça humana.
O problema é também nosso, de todos, mas o mundo não para um segundo para refletir. Vivemos de consumismo exacerbado e a produzir dejetos materiais e espirituais sob a maior das hipocrisias – “busca de um mundo tecnologicamente moderno e melhor... para todos”. Poucos, raros, excepcionalíssimos são os que olham para o seu lado e se demonstram solidários para com os que padecem da miséria que grassa por países e continentes inteiros. Milhões de exilados por conta de guerras, outros sequer têm o que beber nem comer e não enxergamos nem nos compadecemos enquanto não falta dinheiro para festas nababescas, eventos ostensivos e, principalmente, compra de armamentos e promoções guerras sangrentas, maiores inconsequências do ser humano.
Não estamos próximo do fim, já o vivemos e não nos damos conta.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Vejam também nos endereços:
www.tvrussas.com.br e no jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).
Nenhum comentário:
Postar um comentário