Paradoxalmente
o Brasil ganhou com as escandalosas derrotas. Ganhamos porque caiu o mito de
que somos os “melhores do mundo”, “o país do futebol” e outros clichês criados
pela mídia esportiva, justamente para manter acessa a chama dos que ainda
acreditam ingenuamente, irracionalmente naqueles que nos vendem ilusões como
verdades absolutas, porque disso sobrevivem e fazem o papel que lhes cabe ou
que determinam. Na realidade somos apenas tão iguais quanto os demais, nem
melhores nem piores, apenas circunstancialmente pentacampeões.
Enquanto
isso, não damos conta de que a decadência do nosso futebol deve-se, boa parte,
não por conta de falta apoio governamental já que os nossos inaptos políticos
chegam ao absurdo de perdoar milhões em dívidas de clubes futebolísticos inadimplentes
que, à falta de uma administração correta e competente, acham-se endividados junto
a diversos órgãos governamentais, um acinte que aceitamos passivamente, mas também
em função de outros sérios problemas. Atentem que nossos técnicos que quando
seus times perdem campeonatos ou partidas seguidas, são sumariamente demitidos
por serem considerados incompetentes. Eis que os mesmos demitidos são
imediatamente recontratados para dirigir outros times. Isto é, a incompetência
apenas muda de time e lugar. Nossos “craques”, os que faturam infinitamente
superior ao talento que demonstram, continuam a vestir a camisa sem realmente
“suar” a camisa. Já o povo, que sem memória, logo esquece e os “craques”
levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima mais ricos do que até se imaginariam
estar. Para eles não há tempo ruim, o dinheiro vem de qualquer forma e os
fanáticos torcedores que chorem copiosamente suas derrotas.
Na
“Pior das Copas!” foram DEZ gols sofridos em duas partidas. Poderia ter sido até
mais na disputa contra a Alemanha (sete) que após o intervalo voltou mais calma,
complacente (alguém lhes puxou as orelhas: “Devagar, maneira, eles nos
receberam tão bem, não humilhem tanto...). Até os nossos artistas emudeceram, pois
nem música teve e daí, em substituição, o povo gritou o hino e optou pelas vaias
no início e no fim.
E
ao lado disso, marginalizados, ficam os demais esportes cujos atletas
demonstram mais apego à camisa que representam e que, inexplicavelmente, não recebem
a mesma assistência que governantes - políticos e politiqueiros - de plantão
dedicam ao futebol. Basta ver que as tais “arenas” não deixaram espaço para a
prática de qualquer outra modalidade esportiva, apenas futebol. Bilhões
investidos apenas direcionados a um esporte decadente que chegou ao fundo do
poço. Um dia reaprenderemos jogar!!!
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
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e no jornal
Folha do Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).
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