A cada ano promessas e mais promessas que sempre renovadas e
que ainda assim não no desejável posto que as mulheres sejam merecedoras, mas que
sequer são minimamente cumpridas. E são vários os organismos e movimentos que avocam
ou têm a incumbência legal de zelar pelos interesses das mulheres, contudo
parece não atingirem os resultados esperados na proporção da expectativa
gerada. As estatísticas, no que concerne à violência, em especial a doméstica,
são a maior evidência do sistemático crescimento das agressões praticadas
contra mulheres, como se os agressores desdenhassem das punições lhes
reservadas e adequadas para esses casos. Nota-se até que alguns agentes
públicos demonstram desconhecer a Lei pertinente na medida em que, em não
havendo a denúncia formal da agressão, mesmo testemunhada e comprovada mediante
o exame de corpo de delito, essa não é considerada. Isto na maioria das vezes
ocorre quando a vítima, já ultrajada, é mais uma vez intimidada pelo agressor no
sentido de que se registrar a queixa terá consequências mais sérias. Ameaças
que muitas vezes concretizadas. É de obrigação registrar a ocorrência sim!, independente
de que a vítima concorde em formalizá-la. Se houve agressão, enquadre-se o
agressor e que esse arque com as consequências!
Conscientizemo-nos também e prioritariamente de que, no que
concerne à Mulher, ela não é só tragédia e não deve ser notada apenas quando
nas páginas policiais, mesmo porque os abusos se dão em diversas outras áreas em
que atuem, inclusive praticados por algumas delas que, ao alçarem posições
sócio funcional mais elevadas, passam a destratar as demais que lhes estão
subordinadas hierarquicamente. Elas estão ai, no dia a dia, como as mais
legítimas representantes de vários outros sentimentos positivos dos quais
muitas vezes não nos damos conta. O homem é praticidade e a mulher é mais atilamento
onde quer que atue. No lar, trabalho, ambiente social no qual convivem e em
todos os demais lugares em que sua presença se faça exigida elas são
indispensáveis e devem ser reconhecidas, sem favorecimentos, e sim pelo que
realmente são! Ainda que não preencham todos os requisitos desejados, mesmo
assim devemos respeitá-las, posto que não somos perfeitos e conviver à dois é
uma opção e não obrigação de cada um de nós.
A luta pelo reconhecimento é árdua, maioria das vezes
desigual, arbitrária, mas não deve se constituir impedimento, legal ou convencional,
a que a mulher possa ser nivelada em direitos como também em deveres com os
homens. Isonomia no tratamento social, na remuneração compatível com a função
desempenhada, nos espaços e oportunidades disponibilizadas nos diversos campos
de atuação, enfim, tratá-las como um SER HUMANO, simplesmente, não lhes cerceando
o direito à vida que todos temos.
Feliz e consciente “Dia das Mulheres”, e que devem ser todos
os dias!
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
(Vejam
também nos endereços: www.tvrussas.com.br e no jornal a Folha do Vale.)
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