A notícia é estampada nos jornais como se fosse a redenção,
o remedeio de uma grave e perpetuada situação nordestina – Seca! “APRECE – Associação
dos Prefeitos do Ceará e Caixa Econômica Federal “garantem verbas extras” para
os municípios cearenses.” Mais um engodo politiqueiro e oportunista na
tentativa de mascarar a grave situação dos nossos municípios!
Vejam como funciona a nossa política: No PRIMEIRO ano de
mandato os eleitos prefeitos não fazem NADA senão, segundo eles, “arrumar a
casa (acomodar os seus)” e difundir os eventuais “rombos” deixados pelos seus
antecessores. Curioso é que não formalizam essas denúncias de possíveis e reais
falcatruas perante a Justiça. Por quê? Não estariam incorrendo no mesmo crime?
No SEGUNDO e TERCEIRO anos de mandato apenas acenam com pequenas obras - tapar
buraco aqui, acolá; varrer algumas ruas (apenas as centrais para impressionar);
promover festas à custa do dinheiro público (nosso) e praticamente só. E isto
apenas para dar satisfação aos próprios eleitores que o alçaram ao poder já que
os da oposição e o resto da sociedade que se danem. Já no QUARTO e último ano
de mandato, apenas ai, é que começam as obras de relativo vulto, ou ocasião
propícia e na qual se dá a corrida à Brasília (mero turismo) em busca de
recursos que os nossos também relapsos e adormecidos representantes – deputados
e senadores (os que só aparecem em época de eleições) - alardeiam estar
disponibilizado pelo Governo Federal (esse que também já em campanha na
tentativa de se reeleger e que não faz mais que isso). Percebam que a maioria
dos projetos, muitas vezes dada a exiguidade temporal para elaborá-los, ficam
apenas em vãs e costumeiras promessas nunca concretizadas. Alguns, mesmo que
aprovados e implantados não são concluídos.
E agora em mais uma hora crucial como essa que atravessamos,
onde cidades estão na iminência de ficar sem água já nos próximos dias,
situação que já prevista com antecedência e por tradição, quando as nossas
autoridades deveriam, desde quando cientificados, ser proativos e acorrer com
medidas efetivas e não tardias e paliativas, aparecem, já quando a chuvas
retornam e, apenas com fins politiqueiros, anunciam verbas para remediar a
situação. Isto quando a lavoura já perdida, o rebanho dizimado, os bancos intransigentes
a cobrar de quem nada mais tem com que pagar e quando a angústia promovida pelo
descaso governamental já se alastrada no seio da população mais uma vez
castigada e preterida.
E NÓS ainda não nos damos conta e aprendemos com esses
engodos politiqueiros que nos empurram goela abaixo e acenamos, positiva e
submissamente, votando nos mesmos de sempre.
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
Vejam também nos
endereço: www.tvrussas.com.br e no jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte - CE)
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