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segunda-feira, 3 de junho de 2013

EDUCAÇÃO RUSSANA, A VERDADE

Do agradabilíssimo convívio com os colegas de faculdade e também do período de pós graduação (quase seis anos no total), sendo todos os companheiros afetos a área de Educação - entre eles alguns competentes integrantes da respectiva secretaria e a outra parte constituída de membros do corpo docente das nossas escolas públicas – familiarizamo-nos com alguns dos procedimentos da área educacional, mesmo porque é a nossa formação acadêmica, a possível. Também nos habituamos com os sistemáticos elogios à educação russana. Prêmios eram sempre comentados e com destaque pela imprensa local, de todas as tendências. Escola tal foi agraciada com essa e aquela honraria em razão do seu elevado desempenho etc. E daí decorriam os enaltecimentos aos diretores e corpo docente – esses sim!, sempre dignos merecedores da honraria, não restam dúvidas. E isto, em especial para quem lida com o assunto, é motivo de orgulho, justíssimo orgulho. A Educação, se bem conduzida, é a chave que abre as portas de todas profissões e educar é a mais digna das profissões. A essa conjuntura nos acostumamos e qualquer assunto pertinente nos desperta a curiosidade, mesmo sem sermos expert na área educacional, especialmente por não termos vivência prática nessa atividade já que nunca ministramos aulas.
Foi quando em uma dessas indiscrições nossa que casualmente acessamos o site http://educarparacrescer.abril.com.br/nota-da-escola/ Lá está: “QUAL A NOTA DA ESCOLA DO SEU FILHO?” Consta ainda a subdivisão que vai de 1º. ao 5º. ano e do 6º. ao 9º. ano. Análise que abrange todo Brasil e que classifica como Escola de Qualidade aquelas que atingem a nota 6 (SEIS) em uma escala de 1 a 10. Qual foi a nossa surpresa, digo até relativa decepção, ao constatar a desagradável REALIDADE; a realidade das escolas públicas russanas. Pasmem: Apenas uma alcançou 6,2 (Margarida Maria Martins (foto), dirigida pela competente diretora Sulamita e sua dedicada equipe). As demais das constantes da lista, não atingiram a nota ideal, pelo contrário, há notas baixíssimas, até 3. A absoluta maioria ficou entre 3, 4 e 5.
O IDEB – Índice de Desenvolvimento  da Educação é um indicador do MEC para medir a qualidade do ensino nos municípios, nos estados e nas escolas públicas do Brasil. Essa apuração é feita a cada dois anos. A meta estabelecida é que todas obtenham nota igual ou superior a 6 até 2022. Será?
Com quem então está a verdade? Não basta afirmar que esse ou aquele administrador do município ou secretário fizeram ou fazem isso e aquilo pela Educação. Os resultados são preocupantes e exprimem uma realidade adversa contra a qual a sociedade russana precisa reagir. Remunerar relativamente bem ao pagar o piso salarial aos professores é de obrigação, não é mérito algum posto que é apenas o dar cumprimento à Lei, sem favores! (É que estamos tão mal acostumados com migalhas que mesmo aquilo a que temos direito, constitucionalmente ou estabelecido em lei federal, quando nos concedem ficamos agradecidos e exaltamos imerecidamente os políticos ou responsáveis que assim lamentavelmente procedem.)
É hora de acordar, dignar-se e indignar-se contra os desvirtuamentos e abusos, deixar de baixar a cabeça e lutar pelos seus direitos e dos seus filhos assegurados na Constituição. Não precisamos ser uma Finlândia (país número 1 no mundo em Educação), porém é hora de, unidos, tentar resolver essa indesejável situação repensando a Educação russana objetivamente e já. Entre outras providências, por exemplo, que não sejam promovidos, a qualquer custo, os que não têm mérito e apenas para atingir estatísticas, como tem sido a cobrança junto aos nossos educadores. Isto é um crime com consequências seríssimas para os jovens em futuro próximo. Eles não estarão capacitados para enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada onde só os mais capacitados logram êxito e melhor se colocam.
Eduquemos com qualidade, pois é a mais nobre missão dos que envolvidos nessa área, o maior legado aos jovens cidadãos.


José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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