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sábado, 15 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES - O DESPERTAR?



Dirão alguns: Mas só por apenas R$ 0,20 de acréscimo nas passagens se promovem manifestações populares da envergadura das realizadas em São Paulo? Em que pareça insignificante, esse valor representa um acréscimo de 6,67%, que, comparativamente, é muito maior do que o dado de reajuste (apenas reposição e que ainda assim menor do que a inflação) aos aposentados. Isto sem considerar a inflação que crescente, embora “contida” - segundo a irreal lógica da Presidente Dilma Rousseff.

O que realmente está por trás dessas manifestações que não alcançamos e que alguns insistem em encobrir? Percebamos que até jornalistas foram flagrados e apanhados pela própria imprensa em atitudes de agressividade e, por isso, detidos e espancados. O quê de verdade está por trás disso tudo? Certamente R$ 0,20 não é a razão maior. Politicagem? Não afirmamos, mas tem conotações. O que nos parece certo é que é apenas o início de um movimento de conscientização, de um basta!, a tantos desmandos da área governamental em todas as esferas – Federal, Estadual e Municipal.

Enquanto em São Paulo/Rio argumentam o aumento das passagens, em Fortaleza a luta é contra a violência. O Movimento “Fortaleza Apavorada”, ocorrido no dia 13 deste, reuniu milhares de pessoas em passeata. Basta frisar que até junho de 2013, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, ocorreram 1356 homicídios dolosos no estado do Ceará, dos quais 662, que correspondem a 48,82%, só em Fortaleza. Uma verdadeira guerra civil. Estranho é que, dia seguinte, não vimos publicada, em destaque merecido (apenas em notinhas de final de página) a manifestação ocorrida, isso em alguns dos jornais “on line” da capital. Por quê? A quem interessa não enfatizar e logo à Imprensa que reclama, com justiça, por “Liberdade de Expressão” e assim procede? Lamentável!

O fato é que a população, exaurida de tanto descuro governamental, começa a se manifestar, a esboçar reações como se fosse um grito de alerta de um movimento maior que desponta contra os abusos e incúria do Poder Público. Enquanto as autoridades, em todos os escalões, negligenciam nas áreas de sua competência; enquanto não se definem e protelam dentro das suas exclusivas conveniências e não da sociedade a quem deveriam priorizar e estar a serviço e assim dar um basta!, adotando medidas emergenciais, imprescindíveis, o povo toma coragem, reage publicamente, sem temor a repreensões das forças policiais e toda a sociedade indiretamente padece, mas desperta. Não falemos da apatia do Congresso Nacional a essas manifestações porque esse, já combalido e assim reconhecido até por alguns dos seus membros – os mais conscientes, demonstra-se afastado do povo e ocupado somente a cuidar dos seus exclusivos interesses. Violência, Saúde, Educação, Aposentados, Transporte Público e problemas de Infraestrutura (rodovias e ferrovias etc.), são temas secundários na visão indolente, quando não torpe, da maior parte desses que se dizem representantes do povo – Senadores e Deputados. Uma situação que nos deixa receoso. O que poderá decorrer desse contexto?
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Vejam também nos endereços: 
www.tvrussas.com.br, www.tvjaguar.com.br e no jornal a Folha do Vale.)

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