Um sonho: ser mãe, ser pai. E por isso fazem de tudo que
estiver ao alcance para concretizá-lo. E enfrentam todos os obstáculos, e se
dão por inteiro pelo primeiro filho, pelo segundo e pelos que vierem. Se
necessário até morrem por eles que são os seus tesouros. Maioria das vezes as
fases mais agradáveis das suas vidas dedicam aos filhos. Mas o tempo é implacável
e, para alguns, cruel até. E a idade avançada
começa a se aproximar. Os filhos, grande parte, quase o tudo das suas vidas, já
cresceram, acham-se senhores de si e os pais, seus antigos amigos, heróis até e
indispensáveis consultores para questionamentos diversos parecem agora
desnecessários, sem a importância de outrora e, em muitos casos, descartáveis,
quando não inimigos até. Objetos que já sem serventia e cujo destino mais
adequado, para eles, alguns ingratos filhos, é o abandono, o cruel desprezo.
Mal sabem eles que também serão mães, pais e cujo destino pode ser semelhante
se encontrarem filhos desumanos quando mais oportuno caberia o zelo, a
demonstração de amor que por vezes fica apenas em palavras, atitudes jamais.
Parece exagero, mas é a dura realidade que alguns enfrentam,
infelizmente. É alarmante o crescimento dos casos de abandono, maus tratos,
abusos diversos como apropriação de objetos e dinheiro e até espancamentos e violências
sexuais contra os idosos. E quanto mais se mostra, se denuncia, mais aumentam
os casos de desumanidade, algo criminoso, repulsivo, bestial que desgraçadamente
a nossa sociedade começa a assimilar até que sejam banalizados como tantos
outros crimes aos quais já nos acostumamos e toleramos. O que restou do conceito
de família e da consciência humana?
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Encontrem o texto também nos
endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no
jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)
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