Conhecemos algumas? Vamos, esforcemo-nos um pouco. É que de
tanto insensíveis e alienados ou impotentes que nos tornaram não nos
preocupamos com a realidade. Atentemos bem: quando se anuncia,
escandalosamente, o “aumento” do Salário Mínimo que já é minimíssimo, os preços
são elevados e, sempre, a mais do que o percentual alardeado pelo governo. De
fato, anula-se o “aumento”. Não bastasse, anuncia-se um novo reajuste, para
maior, dos combustíveis - que já são uns dos mais caros do mundo. De pronto, e,
antecipadamente, os preços disparam e o prejuízo é repassado, mais uma vez, ao
consumidor – nós, os iludidos. Em mais um ato de cunho eleitoreiro anuncia-se redução
da conta de energia elétrica. Note-se que ainda têm o descaramento de assumir
que “vendíamos a energia mais cara do mundo”,
como se não soubéssemos e enquanto éramos afanados, durante anos, em valores
acima do legal que as companhias, sob a condescendência e protecionismo
governamental, relutam em nos devolver. Ficaremos no prejuízo.
Dando continuidade ao festival de “bondades”, anuncia-se a
negociação das Dívidas Previdenciárias das prefeituras. Bom para os atuais
gestores, mas um absurdo! Os novos prefeitos terão agora 20 anos para pagar
essas dívidas muitas das quais já foram negociadas e renegociadas pelas
prefeituras. Ocorre que, costumeiramente, não honram esses compromissos e ainda
acrescentam novas dívidas. Não fosse suficiente o ato criminoso de recolher do
contribuinte e não repassar à Previdência, ainda são agraciados. Isto é: o povo
paga, a prefeitura não recolhe à Previdência, os contribuintes correm o sério
risco de não terem asseguradas as suas aposentadorias e, em um ato de
benevolência – leia-se eleitoreiro – concede-se mais essa regalia. À bem da
decência e probidade, alguns inconsequentes prefeitos deveriam ter seus bens
particulares (muitos dos quais adquiridos quando do mandato) confiscados ou, de
pronto, estarem condenados e na cadeia. Quando se trata de fazer as reposições
das aposentadorias, maioria das vezes desumanamente abaixo da inflação,
achatando-as ainda mais, o governo que posa de bonachão, alega que “não pode comprometer a Previdência
expondo-a a risco de falência”. Uma incongruência aviltante. Esse Brasil
tem jeito?
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Encontrem o texto também nos
endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no
jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)
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