Oitavo
mês do calendário gregoriano, Agosto – do latim Augustus - nome atribuído pelo
imperador César Augusto em sua homenagem, é considerado popularmente como o mês
do desgosto. Folcloricamente é o mês do cachorro louco e também o mês no qual
mulheres portuguesas nunca casavam. Mês historicamente fatídico quando a então rainha
católica, Catarina de Médici, mandou matar em Paris mais de três mil
protestantes, inclusive mulheres e crianças. Em 1º de agosto de 1914, teve
início a Primeira Guerra Mundial. Nos dias 6 e 9
de agosto de 1945, mais de 200 mil pessoas foram mortas pelas bombas atômicas lançadas
pelos Estados Unidos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki – Japão, e aí praticamente
finda a Segunda Guerra Mundial. Para o Brasil um
mês politicamente desastroso em especial para presidentes: Getúlio suicida,
Juscelino morre em acidente de carro e Jânio renuncia. Fatalidades?
Por capricho
do destino e decorrente da leniência atribuída a alguns membros do STF, mesmo
após insistentes, inconsequentes e condenáveis tentativas de protelação, como
bem noticiado pela Imprensa, somente agora - sete anos após a denúncia - estabelecem
para 1º de agosto de 2012 a data para julgamento do MENSALÃO. Um termo que
entrou definitivamente para nosso vocabulário e que traduzido significa: “Esquema de pagamento de propinas mensais a
deputados para mudarem de partido ou para votarem a favor de projetos de
interesse exclusivo do poder Executivo.”. Melhor explicitado: Corrupção
ativa e passiva envolvendo poderes da República! E isto no governo do ex Presidente
Luís Inácio LULA da Silva que ainda insiste em afirmar, categoricamente, que
não sabia... Demos crédito, até que provem em contrário. Curioso é que os acusados
foram, um a um, afastados dos seus postos, mesmo jurados inocentes por seus
companheiros. Uma incongruência!
A
incumbência agora é do STF a quem compete julgar tendo como embasamento os
autos. Não se trata de um julgamento “comum” como querem alguns, inclusive
membro do STF. A sociedade confia e o tem como sendo um marco, difícil enquanto
promissor inicio da moralização do nosso Legislativo e, por decorrência,
espera-se, dos demais poderes constituídos. É a dignidade desta Nação que está
em jogo e contra a qual alguns indignos representantes públicos conspiraram e
conspiram. Do que resultar uma coisa é certa: alguns partidos políticos sairão,
com razão e justiça, seriamente desgastados e com fortes reflexos negativos já nas
eleições municipais deste ano. É inadmissível que o povo compactue em sendo
omisso e complacente ao fechar os olhos a esses escândalos deixando-os impunes
no que estiver ao seu alcance. Intolerável mesmo! A Justiça fará a sua parte e
nós eleitores, por questão de honra, faremos a nossa. E o voto negado é o
castigo merecido!
Aos
38 indiciados que se lhes deem todos os direitos de assistência e defesa ampla
porque legítimo. Não os condenemos por antecipação. É um encargo difícil para
os julgadores, mas dos quais esperamos o discernimento costumeiro e que com os
faltosos não sejam complacentes. Aos provados culpados a pena compatível,
severa e justa, culminando com a expulsão definitiva da vida política e pública
deste País. Aos cândidos, se restarem, o privilégio da liberdade e cabeças
erguidas perante aos seus e a Nação reconhecida, mesmo exaurida por esses
abusos observados nos poderes públicos.
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
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