Presidente
do Conselho Nacional de Justiça ao se mobilizar no sentido de moralizar a magistratura,
denunciando os juízes que descaminham, provoca manifestações contrárias de
alguns colegas e suas associações. Juíza por julgar policiais bandidos é
assassinada por esses no Rio de Janeiro. Juiz federal por ameaçado ao tratar de
caso de corrupção política renuncia e delata que mais de 100 juízes estão também
sendo alvo de intimidações do gênero. Juiz de primeira instância e que lida com
traficantes “vive” em constante ameaça e com escolta que decide inclusive onde,
quando e como deve deslocar-se, como se esse magistrado fosse um bandido de
alta periculosidade e estivesse condenado à pena perpétua e cumprindo-a em
prisão ambulante. Promotores também ameaçados compõem a lista macabra dos que
são alvo da bandidagem. Advogada é assassinada e colega baleado em Fortaleza. Policiais
são assassinados em série em São Paulo. E assim, uma a uma, como um desmantelamento
proposital, as nossas autoridades judiciais, policiais e profissionais da área,
outrora presumidamente intocáveis por valimento e por serem reconhecidos como supostos
protetores da sociedade padecem desse insustentável e intolerável estado de atemorização
e desmoralização instalado no País. Isto sem que se observem manifestações onde
se cobrem e se adotem ações urgentes, contundentes e ajustadas que a situação
requer e impõe.
Nesse
ínterim, observa-se uma generalizada e injustificada apatia da parte das
entidades classistas que, se unidas, poderiam cobrar e adotar diligências mais
efetivas junto a quem compete, fazendo uso midiático, passeatas, proposições
legais junto ao Congresso etc., objetivando reverter esse quadro dantesco e deplorável
de insegurança. Demonstra-se assim uma impassibilidade geral; um crônico e
abominável estado letárgico e característico dos vencidos, da parte de quem
poderia tentar amenizar ou mesmo reverter o estado atual de abuso de poder, de
inversão de valores e impunidade reinantes. Assiste-se e aquiesce-se a tudo,
passivamente! Raríssimos os que propagam gritos de inconformação, enquanto seus
membros e a sociedade permanecem atrás das grades como animais ferozes enjaulados
- o que não somos! - enquanto a bandidagem instituída e institucionalizada continua
a desdenhar de todos por continuar livre - física e organizacionalmente – para
agir quando melhor achar e onde lhe convém. Percebe-se também e claramente que
a bandidagem é notada em todas as esferas sociais e institucionais. Não é
atributo exclusivo dos menos favorecidos, como se sugere!
Enfim,
uma sociedade em polvorosa, amedrontada e acuada! Imaginemos o que se reserva
ao cidadão comum: o pior! Vivemos um Estado Anárquico, beligerante, com uma
ditadura bandida e crudelíssima implantada aberta e impunida e nos níveis ou
pior que a militar tão abominada, enquanto hipócritas alienados dizem-no um
Estado Democrático. Falta muito! Falta vergonha! Falta decisão!
Somente
hoje, 27 de junho de 2012, é que o presidente do Senado recebe o anteprojeto do
Código Penal do qual toda a sociedade espera vir soluções para estancar essa
sangria incontida, tornando-se um instrumento forte, duro e eficaz no combate a
criminalidade, resultando na melhoria da segurança e que alcance todos os
planos - de Presidente da República e de Supremos ao mais humilde operário,
inclusive menores ultraprotegidos que delinquem.
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
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