“Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um ABMUDO." (José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO) - hildebertoaquino@yahoo.com.br
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
VIOLÊNCIA – ESTÁGIO CRÍTICO
Comenta-se sobre a insustentável situação que alcançamos na questão violência. Em cada manchete, em todos os noticiários de rádios e TVs. Lugares antes inimagináveis são hoje os alvos preferidos da bandidagem e as modalidades criminosas as mais diversificadas e cruéis – mata-se por brincadeira! Foram mais de 190 mil vítimas de homicídio só nos últimos quatro anos. (Dados do site do Instituto Sangari -
http://www.sangari.com/mapadaviolencia/).
Acabou a paz no campo e até nos templos. E quais as razões? Várias, profundas e profusas. De concreto é que as forças policiais, judiciais, políticas estão sempre atrás da bandidagem em termos de criatividade e diligência. O bandido é quem inova e os órgãos de segurança pública remediam, ou tentam, mas sempre “a posteriori”. É certo que a polícia não pode estar em todos os lugares (argumentos de justificativa de alguns), mas isso não invalida a ação preventiva – é ser proativo! A simples presença de um policial já seria fator de inibição, mesmo sabendo que já não se teme a força policial tanto quanto outrora. Isto é fato incontestável! Hoje em dia os delinquentes sequer respeitam desembargadores, juízes, forças armadas e policiais e, em alguns casos, nem essas autoridades se fazem respeitar. Alcançamos um estágio crítico, insustentável!
Enquanto isso o governo da Excelentíssima Presidente Dilma Rousseff procede ao maior corte de recursos para a SEGURANÇA desde 2007. Dos R$. 620 milhões prometidos para essa área gastou-se apenas R$. 48 milhões. Dos R$. 2 bilhões inicialmente destinados ao programa PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) utilizou-se tão somente R$. 600 milhões. Isto é, deixou de cumprir promessas de palanque, sem justificativas plausíveis e de consequências drásticas. Até que ponto vai a insensibilidade, a extremada leniência com conotações de permissividade das autoridades para com o crime? Casos há, e é de pleno conhecimento público visto que amplamente divulgado na mídia, até de promiscuidade. Não é admissível que em um país onde tem cerca de um terço das suas cidades (das 50 citadas o Brasil tem 14 incluídas) entre as mais violentas no ranking mundial, possa ousar, adotar esse tipo de atitude inconsequente. Ou será que fazemos parte dessa escabrosa estatística justamente por decorrência desse tipo de atitude irrefletida, criminosa até? Incongruentemente os índices de popularidade da presidente crescem...(???)
Estamos saturados de propagandas governamentais enganosas, em todos os níveis de governos, adredemente preparadas para iludir. “Fizemos isso e aquilo; faremos isso e mais aquilo...” e nada muda verdadeiramente! Pioramos cada vez mais! Para aquilo que é realmente prioritário não destinam recursos e ações efetivas e sim e tão somente meros paliativos. Para obras secundárias como estádios de futebol (que atendem mais os interesses da FIFA que os do País); aquários; micaretas etc., não faltam recursos públicos, pelo contrário, esbanjam e parte some nas mãos de corruptos todos os dias denunciados. A guerra contra o tráfico está perdida de há muito tempo e hoje o Congresso já cogita de descriminalizá-la (uma atitude até coerente se objetivar abalar a estrutura econômica do tráfico), mas sugere uma saída de incompetentes! O crime venceu!
Os escândalos não se situam só nos escalões mais baixos e nem em poderes específicos. Estão citados desde desembargadores, juízes, deputados, senadores, ministros etc. O STF - Supremo Tribunal Federal e diversas entidades dos magistrados (em flagrante corporativismo) não se harmonizam com o CNJ - Conselho Nacional de Justiça, que tem como função controlá-los evitando desvios de conduta. Com Políticos nem se fala. A impunidade grassa e se solidifica enquanto já é até tolerada com menos indignação. Postergam os julgamentos de participantes de escândalos que abalaram o País até os crimes prescreverem. Um acinte! As leis que poderiam coibir se tornadas mais severas ou, pelo menos aplicadas na sua integralidade, demonstram-se brandas, talvez intencionalmente lenientes, e ainda abrem brechas a uma infinidade de recursos que sabemos apenas beneficiam os faltosos. Em alguns casos o legislador parece até agir no resguardo próprio (quando da possibilidade de cometer delitos), e não da sociedade para quem deveria estar a serviço.
Os maus exemplos, que já extrapolam em quantidade e diversidade os limites de tolerância, observam-se ou procedem dos altos escalões dos nossos poderes e parte do povo se acha no mesmo direito de transgredir, por isonomia. Isso tudo contribui para o atual estágio de violência ao qual assistimos inertes e excessivamente indulgentes. Salve-se quem puder!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
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