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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A REALIDADE DE 2011



À primeira vista, ante o elevado índice de aprovação, superando seus antecessores inclusive o Lula, e escolhida como a personagem mais relevante da América Latina, a nossa Excelentíssima Presidente Dilma Rousseff, aos olhos dos menos atentos, apresentou-se como a presidente ideal, a que sempre sonhamos! E alguns membros do governo até se orgulharam e usaram o fato de sermos a 6ª economia mundial, com perspectivas de alcançar a 5ª posição já em 2015, para ocultar a realidade. Há até os que se vangloriaram de estarmos mais bem posicionados que o Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales). Esqueceram, porém, de quanto é a nossa renda per capita (somos o 76º no mundo) de cada das economias em foco, sendo que no Reino Unido a renda é três vezes maior que a nossa e os ranking dos IDH desses países (Reino Unido 28º e nós 84º). Lá eles têm a metade da taxa de analfabetismo. O quê concretamente ocorreu então em 2011, primeiro ano do governo Dilma?
Ela ganhou popularidade ao se dizer “contra o malfeito”. A verdade: Transcorrido um ano e nem a dita “faxina” ela procedeu realmente. Pelo contrário, os ex-ministros só saíram porque a imprensa (a qual alguns partidários do governo denominam de PIG e condenam) foi persistente e firme nas denúncias. E, ao que se demonstra, não tinham como ser contestadas, é tanto que nenhum dos ministros que se afastaram retornou. Mas nunca e em tempo algum, pela oportuna diligência da presidente que ficava apenas na expectativa a esperar o desenrolar das acusações e suas consequências. Ela sequer se demonstrou eficiente ao negociar problemas com os partidos da sua base aliada, da qual não abdica custe o que custar para a Nação, e de onde eram originados os ministros envolvidos.
A oposição também teve pouca ou nenhuma eficácia onde partidos como o PSDB (ruidoso, mas esfacelado), DEM e PPS, nada objetaram. Note-se que no Congresso ela teve apenas em torno de 17,5% de opositores e assim aprovou tudo que quis. A que preço é que se tem que ponderar. Teve, pois, oportunidade de mostrar a que veio, mas desperdiçou, demonstrando-se hesitante ou limitando-se a ouvir “conselhos”.
“Mãe dos pobres.” Esse sugestivo título pareceu-lhe mais apropriado, se bem que de concreto resta muito a ser realizado. "Eu tenho compromisso ético e moral com os pobres deste País e se fracassar nesse compromisso, terei fracassado em minha missão!" Empolgante, comovente, mas que não tem passado de mais uma das frases de efeito e que até então se têm demonstrado sem consequências e os aposentados e assalariados que o digam. “Brasil Sem Miséria!” É outra utopia que insistem em alardear inconsequentemente gerando falsas expectativas aos que realmente necessitam. “Minha Casa Minha Vida!” Mais uma das mirabolantes promessas, mas que ainda não deslanchou e os desabrigados e mais os 11 milhões de favelados do Brasil que o digam. Na Educação, o Brasil, em relação às potências mundiais, ficou no desonroso 88º lugar em uma classificação que envolve 127 países. Reforma nenhuma foi efetivada em seu governo. Para arrematar ousa alardear: “Brasil entra em era de prosperidade!” Contestando, eis os dados REAIS em 2011: PIB reduzido para 2,87% (Boletim Focus) dos 5% previstos inicialmente, prova cabal da desaceleração na economia brasileira. A inflação ficou em 6,55% (IPCA/IBGE). Índice de mortalidade infantil no Brasil chega a 23,6% em cada mil nascimentos. E de 29,1% é a taxa de mortalidade para menores de cinco anos em cada mil nascidos. Nossa expectativa de vida está na 92ª posição, com 73,5 anos. Os PAC I e II tão anunciados em palanques e que a ajudaram a se eleger, pouco andam. Aliás, nada anda verdadeiramente e parece que não tomamos consciência disso! Insistimos em não querer enxergar ou somos adredemente alienados e adestrados para o conformismo e aplausos (as pesquisas são prova disso). Os investimentos dos quais necessita o Brasil estão engatinhando, essa é a dura realidade! As previsões são que o Brasil deverá crescer menos em 2012. Há razões para tanto alarde governamental?
Ano Novo sim, mas o governo continua o mesmo, sem melhores perspectivas! Acordemos e atentemos, pois nada mudou e Dilma ainda não governou! Saibamos, pois, neste 2012, escolher os nossos futuros governantes não nos deixando levar pelas aparências e falsas propagandas politiqueiras, de qual seja o partido político da nossa predileção.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

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