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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

TRÂNSITO - CONSCIENTIZAÇÃO COLETIVA


Paremos e reflitamos! Já são mais de 50.000 mortes por ano vítimas de trânsito no Brasil, conforme números constantes de estatísticas oficiais e considerando os óbitos que não são computados nessas. Mais de 70% das ocupações dos leitos hospitalares são feitas por vítimas de trânsito. Isto equivale dizer que os que padecem de outras doenças graves ou que necessitam de um atendimento de urgência são preteridos, acarretando sérios danos à saúde da população como um todo pelo privilégio assistencial. Isto sem considerar ainda os elevados custos ao erário que decorrem por conta dessas ocorrências. Vale a pena ressaltar que maior parte desses acidentados são vítimas de imprudência geralmente associada ao uso de álcool e outras drogas quando da condução de veículos, quaisquer veículos.
Mas a quem culpar? As leis são claras, pertinentes e rigorosas. Falta-lhes então fiscalizar a sua observância? Haveria excessiva tolerância ou até conivência das autoridades? Seria por culpa dos exames de incumbência do DETRAN que não são suficientemente rigorosos e esses órgãos não passariam de simples instrumentos de manobra política beneficiando a quem não tem a competente habilidade para condução de veículos? O que dizer também das escolas preparatórias de trânsito que proliferam país afora? Seriam elas meras e inconsequentes vendedoras de instruções que apenas visariam o interesse comercial próprio como o de alcançar maior número de alunos sem a competente e indispensável exigência de observância criteriosa das normas que regem o trânsito? Os alunos saem realmente capacitados à condução de veículos após frequentá-las?
Não basta sairmos em campanhas orientadoras ocasionais, esporádicas e realizadas somente em ocasiões especiais – 18 a 25 de setembro/Semana do Trânsito, por exemplo. É imperioso que se tornem sistemáticas, periódicas e alcancem o maior número de usuários, nas mais diversas faixas etárias, habilitados ou não. Desde o pedestre a qualquer condutor de veículos, quais sejam esses, motorizados ou não, devem ter a consciência de que há REGRAS e que essas deverão ser observadas e com rigor, sujeitando-os a punições severas, ou virem a ser eles próprios as futuras vítimas quando descumpri-las.
Temos por injustificável conveniência e tolerância que permitir que ciclistas trafeguem de acordo com a sua inconsciência, na contramão, excedam velocidades permitidas, ultrapassem pela direita ou avancem sinais em flagrante desrespeito às leis? Por que não atentamos ainda que em breve esses mesmos ciclistas conduzirão veículos de maior porte e, por não terem sido alertados sob suas responsabilidades logo de início, jamais saberão definir seus limites voltando a incorrer em contravenções e até serem causadores de acidentes de maiores proporções e com vítimas fatais, quando não vitimados eles próprios? Temos que aceitar que tratores e escavadeiras circulem livremente nas ruas e avenidas principais e até BRs, impunimente, visto que é proibido e perigoso enquanto se exige de outros condutores de veículos menores a irrestrita observância das normas? O que dizer dos pais que conduzem crianças sem a rigorosa observância das normas de segurança no que concerne a equipamentos? Não podem também ficar isentos de acompanhamento e punição rigorosa os profissionais – taxistas e moto-taxistas - que desrespeitem as leis, posto que são responsáveis diretos pela integridade dos que conduzem.
Tem que haver uma CONSCIENTIZAÇÃO COLETIVA, precedida de sucessivas campanhas efetivadas por órgãos competentes e sem qualquer ingerência política e ainda sob o zeloso e imprescindível acompanhamento da Promotoria ou de quem tenha por ofício exigir o estrito cumprimento da lei. Não se justifica deixar ao encargo de pessoas realmente sem a capacitação técnica para orientar, mesmo que bem intencionadas, como é o caso de professores a quem por vezes e abusivamente repassam mais esse encargo.
Sem isso continuaremos a assistir a uma verdadeira carnificina consentida, impunida e estimulada justamente por quem deveria impor limites, coibir a qualquer custo, visto que o número de vítimas já supera qualquer guerra pelos óbitos ou sequelas irreversíveis que decorrem dessa negligência coletiva e criminosa.
Se o termo adequado é TOLERÂNCIA ZERO, que se aplique literalmente, sem condescendências que não as permitidas na própria lei, a bem de todos.

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br

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