“Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um ABMUDO." (José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO) - hildebertoaquino@yahoo.com.br
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011
11 DE SETEMBRO – OUTRAS VERDADES
Na medida em que parte da imprensa mundial repercute, a cada ano e com insistência, como que na tentativa de nos comover e tentar demonstrar que os EUA são “eternas vítimas de atrocidades terroristas” - no caso específico do fatídico enquanto genial (do ponto de vista da estratégia militar) atentado de 11 de setembro – esses órgãos da mídia não dão a mesma ênfase a hediondas atrocidades praticadas por aquele país, por si só abomináveis quanto instigadoras e perpetuadoras do ódio entre as nações envolvidas. Os reais motivos nunca trazem à tona cristalinamente. Há interesses escusos que movem essa insana e condenável estratégia de dizimação em massa, de ambas as partes, em especial por trucidar, sem distinção, inocentes em sua absoluta maioria. Não se apiedam de ninguém! Os interesses mercantilistas são os verdadeiros fomentadores e que, camuflados, sobrepujam-se aos humanitários em qualquer dessas ocorrências. Denotam até ser o único e real causador dessa beligerância desenfreada.
Atentado fatídico porque vitimou 2996 pessoas dentre as quais verdadeiros heróis, como no caso dos bombeiros, e mais 19 terroristas. Por outro lado considerado genial porque nunca, em tempo algum, mesmo resgatando o emblemático uso do Cavalo de Troia, na Grécia, houve algo estratégico tão requintadamente elaborado quanto o ataque ao World Trade Center (Torres Gêmeas) e ao Pentágono. O outro alvo supostamente seria a Casa Branca, mas o avião sequestrado pelos terroristas caiu ou foi abatido antes de ultimar a missão.
Na ilusória suposição de que os EUA era um país inexpugnável, os “gênios do mal” demonstraram o contrário ao invadirem não partindo do exterior, como se era de esperar e para isso sempre se resguardara a maior e até então inexpugnável potência bélica do mundo, mas iniciando os ataques do próprio território alvo. Escolheram, atentem bem, como objetivos os maiores símbolos do poder econômico e militar daquele país. As colisões foram tão precisas na concepção quanto na execução, como nunca antes presumidas, nem mesmo em Hollywood – maior centro cinematográfico ficcionista do mundo.
Mas as vítimas não se restringiram aos atentados de 11 de setembro. As consequências, também catastróficas e desumanas que decorreram e ainda persistem até os dias de hoje por conta do revide deram início às inconsequentes guerras do Iraque e Afeganistão, de efeitos mais devastadores que os da invasão de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, e são ainda contabilizados até agora. Se computarmos as pessoas, inocentes ou não, adultos ou crianças, que já mortas por decorrência dessas guerras promovidas pelos EUA e seus aliados em vingança ao odioso ataque terrorista, percebe-se que o quanto insano e bestial são esses conflitos que não só decorrentes de adversidade político-ideológica e religiosa, mas essencialmente por interesses econômicos. Estima-se que foram mortos cerca de 109.000 indivíduos, dos quais 63% civis, isto só no Iraque desde o início da guerra, entre março de 2003, até o fim de 2009, conforme dados estatísticos divulgados. Já no Afeganistão morreram 2400 civis só em 2010, e já são 11 anos de guerra. O custo estimado aos EUA, só na guerra do Iraque, já se situa em torno de US$ 6 trilhões de dólares. Um dinheiro mal canalizado, preterindo destinações mais relevantes e de maior urgência e que onerou sensivelmente a economia já debilitada daquele país, mesmo ainda considerada a maior potência econômica do globo. Estabeleceu-se por lá uma crise de difícil superação.
Por outro lado a mídia intencional esquece, numa forma de enfatizar apenas os efeitos dos inaceitáveis e odiosos atos terroristas praticados contra os EUA outros fatos também deploráveis. Há bem pouco tempo – cerca de apenas 70 anos e que só no ano passado foi divulgado depois de uma pesquisa da professora Susan Reverby, do Wellesley College, de Massachusetts – médicos estadunidenses inocularam, sem que os pacientes soubessem, vírus de sífilis e gonorreia em 5,5 mil guatemaltecos, prestando assistência a apenas 700 desses, dos quais ainda assim 83 dos socorridos morreram de imediato. Foram, inconscientemente, feitos de cobaias humanas na criminosa tentativa de, segundo os autores, “testar a eficácia da penicilina”, pasmem. Imaginemos a quantos mais os que foram inocentemente contaminados retransmitiram essas doenças, elevando assim consideravelmente o número de vítimas. Sua Excelência o Presidente dos EUA, Barak Obama, só reconheceu o crime após divulgação da pesquisa e por esse ato vil pediu simplórias e tardias desculpas aos parentes das vítimas. Nem indenizações pecuniárias, se cogitadas fossem como até deveriam, amenizaria a dor e efeito da barbárie cometida. Caberiam interferências dos tribunais internacionais condenando esse procedimento? Sim, mas não ocorreram nem ocorrerão.
Não dados por satisfeitos, quando da caça ao terrorista Bin Laden, véspera da sua morte, agentes da CIA, passando-se por médicos, numa enganosa missão de vacinação da população coletaram sangue dos habitantes da cidade Abbottabad, no Paquistão, região próxima à mansão onde supostamente mataram o terrorista, na tentativa de descobrir seus supostos descendentes através de exame de DNA (Fontes: O globo, 110711). Procedimento também apavorante alertado e condenado pelos representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no Paquistão e pela organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) que emitiu uma declaração abominando o perigoso abuso que compromete a confiança médica. Há relatos outros como abrirem fogo contra a sua própria tropa em experiências militares, inclusive com uso de armas químicas (as mesmas alegadas para invadir o Iraque e destronar Saddan Hussein). A crueldade observada nas prisões americanas espalhadas pelo mundo – Guantánamo, em Cuba, por exemplo - transgredindo impunimente os Direitos Humanos dos quais os EUA se dizem fervorosos defensores.
Assim, expostos como “eternas vítimas”, os EUA continuam a cometer atrocidades tão condenáveis quanto qualquer ato terrorista já praticado pela humanidade, e foram tantos. E a imprensa ao ser parcial, por razões quais forem, encobre ou minimiza a outra realidade tão ou mais perversa que aquela que se nos apresentam. Ao não repercutir na mesma proporção essas verdades, tão reprováveis quanto qualquer ato terrorista, incorre em erro gravíssimo contra a humanidade. Imperdoável!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
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