Quem afirme que
Educação é o melhor caminho, a porta de todas as profissões, até a salvação de
um País está coberto de razão. Mas será que está ciente, tem um mínimo de noção
de como estão estruturadas nossas escolas - desde a parte física onde se observam
cadeiras quebradas, ventilação e iluminação inadequadas, enfim, precariamente
montadas, quanto negligenciadas pela autoridade pública?
Segundo a Organização
para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil tem o segundo
maior número de estudantes com baixa performance em matemática básica, ciências
e leitura, em uma lista de 64 países de todo o mundo. Atesta-se que 1,1 de
brasileiros dos 12,9 milhões de estudantes com 15 anos de idade não têm
capacidades elementares para compreender o que leem, nem conhecimentos
essenciais de matemática e ciências. Nossos currículos estão replenos de
inutilidades (50% são plenamente descartáveis sem prejuízos de um ensino que se
qualifique como de melhor qualidade). Sobre
diferença de desempenho entre estudantes de classes sociais altas e baixas o
Brasil está entre os 10 países mais desiguais do mundo. Quem adentra salas de
aula muitas vezes se depara com lotações bem acima do racional.
Sistematicamente estão compostas com cerca de 30, podendo, em alguns casos,
ultrapassar o número de 50 educandos empilhados precária e desumanamente. As
inábeis autoridades da área educacional já pararam para refletir se isto é
coerente, producente e se deve continuar indefinidamente? Como professores,
mesmo que bem formados e abnegados que se demonstrem (e o são) poderão
conseguir administrar esses ambientes que replenos de seres das mais variadas
índoles, de estruturas sociais e econômicas díspares e dali cumprirem, terem
êxito, na sua missão que não é apenas a de transmitir disciplinas como também a
de formar cidadãos? Atentemos que com a violência que grassa País afora, essa
também é refletida em salas de aula e, muitas vezes, alunos e professores são
vitimados (ameaças e agressões físicas e hoje até assaltos em plena sala de
aula já são noticiados). Atentem mais ainda que para tentar apaziguar os ânimos
cada vez mais acirrados nesses ambientes, nossas escolas não contam com
profissionais qualificados - especificamente na área de psicologia - que
imprescindíveis nesses espaços para minimizar os traumas que decorrem. Nem
autoridades e nem um sequer hipotético defensor da área educacional atenta para
esses detalhes. E todo esse controle, esse pesado encargo, essa árdua missão
recai exclusivamente em cima de professores que muitas vezes sequer são
reconhecidos e continuam explorados. Muitos pais, em decorrência de situações
adversas ou até mesmo por negligência e irresponsabilidade, simplesmente
descarregam seus filhos nas escolas no intuito de se livrar das suas obrigações
paterno social.
Essa é a “Pátria
Educadora” que, de forma leviana e inconsequente, políticos nos vendem. Nossa
expectativa é que, no pleno exercício de nossa já tão aviltada cidadania
continuemos atentos, ousemos e pugnemos, incansavelmente, até que consigamos
despertar nas autoridades comprometidas, mas que até então negligentes que se
demonstram, a consciência plena dessa atroz realidade para que esses se dignem
dar a primazia cabida à nossa Educação antes que tardiamente!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Leiam também nos endereços:
www.tvrussas.com.br, no Jornal Folha
do Vale (Limoeiro do Norte-CE) e Jornal Gazeta de Notícias
(Crato-CE).
Nenhum comentário:
Postar um comentário