Já
nutríamos um péssimo conceito relativamente ao nosso combalido Congresso
Nacional, e, no caso específico da Câmara – os que na tarde/noite daquele
domingo, 17 de
abril de 2016 - ali se fizeram presentes, naquela oportuna, mas
hipócrita votação (pelo uso abusivo de retóricas abjetas que feitas em nome dos
“meus pais... minha esposa... meus filhos... minha pátria etc.”), ai é que nossa
opinião particular foi consolidada. Demo-nos conta, plena consciência cidadã aliviada,
de que de há muito tempo tínhamos razão nas nossas conclusões. Nesse dia
extrapolou! Nunca vimos tanta hipocrisia, tantas aberrações, tantos
arrazoamentos politiqueiros e oportunistas, tantas inutilidades falantes, tantas
incapacidades reunidas. Dos designados desde golpistas a corruptos, ladrões, traidores
e outras adjetivações, que do plenário agressivamente acusados (acusações recíprocas),
concluímos em que ambiente escandaloso, hostil está estruturado nosso prevaricado
Parlamento. E alguns filósofos politiqueiros de ocasião ainda dizem “isto é que
é um processo democrático, exemplar e a ser imitado...” - tiram um reconhecidamente
ruim e incompetente, mas abrem vagas para os duvidosos, dos quais, alguns
respondem processos e são detentores das piores acusações. A isso denominam o
ideal de uma Democracia?
E
ainda nesse contexto, causa-nos espécie é o que fazem a Justiça Eleitoral e o
Supremo Tribunal Federal que toleram que essas aberrações sejam praticadas –
crápulas que sob pesadas acusações ocupem cargos de relevância e se postem a desdenhar
da nossa Sociedade e da Lei. Bastaria um só processo, transitado em julgado ou
não, para que esses desregrados fossem impedidos até de se candidatarem. Por
que exigem certidões negativas, as mais variadas, quando postulamos cargos públicos
e a esses privilegiados abrem-se brechas jurídicas para que ocupem cargos de
vulto? A Justiça, por complacente em demasia, seria um Poder impenitente e, por
consequência, cumplice dessas aberrações? Julguem-na. Nós, desaprovamos!
Pior
é que NÓS, ninguém mais, os que pagamos seus vultosos salários é que os
colocamos lá (bem intencionados ou não). Somos NÓS, apenas NÓS que enquanto os criticamos
não ousamos sequer expor a nossa cara pleiteando cargos eletivos mesmo em
nossos municípios e, assim, abrimos precedentes para que essas aberrações
ocupem cargos de relevância, e nos dirijam, e nos ditem como devemos ser e o
que acham por bem reservar para nossos familiares e para o País. São esses os
que alçamos ao Poder. Quem de nós apresentou um projeto, um abaixo-assinado
(sequer assinamos) ou ousamos redigir um pequeno texto crítico e publicá-lo nos
jornais para que, publicamente, destemidamente, eles sintam o que o POVO, em
especial o mais humilde, passa. Padecemos, postamo-nos como serviçais sob o jugo
dos espertalhões que se locupletam de todas as formas na medida em que calamos
e assentimos, não esboçamos reações e ainda os reconduzimos ao Poder sustentando
e avigorando uma oligarquia abusiva quanto lesiva para o País. Que os “novos” (são
os mesmos que apenas mudam de cargos, atentem!) administradores dignem-se, priorizem
e assumam novas e otimistas projeções para que dentro de perspectivas otimistas
revitalizemos o Brasil posto que cansamos!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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do Vale (Limoeiro do Norte-CE) e
Jornal Gazeta de Notícias
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