Enquanto o País assiste,
perplexo, impotente e indignado os roubos e desmontes praticados contra
diversas instituições públicas, nossos políticos, e partidos, muitos dos quais
citados nesses escândalos, simplesmente demonstram a sua apatia crônica e
desdenhosa para a insustentável situação que atravessamos e fingem, apenas
fingem, esboçar reações contrárias. Para isso usam artifícios espúrios, peculiarmente
usados pela Presidência da República. No caso, a Presidente Dilma antecipa-se
em anunciar o “aumento” do Salário Mínimo no intuito de acalmar a população
ante o clamor das ruas e tentando suavizar sua baixíssima aceitação. De modo aviltante,
diz que o Salário Mínimo “subirá” para R$. 854,00. (Segundo o DIEESE esse
miserável salário deveria ser R$. 3.186,92, em março de 2015, para atender necessidades
mínimas do trabalhador.) E vejam que a partir da irresponsável precipitação do
anúncio os preços praticados no comércio já começam a ser reajustados
descomedidamente, e sempre superiores ao percentual do salário - desde o
anúncio até a sua efetivação - aumentando a inflação que o governo com a sua
peculiar desfaçatez afirma combater. Por ai concluímos o quanto de apreço pela
classe trabalhadora os nossos governantes e legisladores têm. É um escárnio sobre outro!
Mas não fica por ai. Há
tempos anunciam a tal “Reforma Política” somente para serenar os ânimos dos
descontentes, mas que não passa de mais um logro já que o fundamental e que se
reverta no interesse da sociedade não ocorre, é pura demagogia e jogo de
interesses politiqueiros dos que estão no poder. Por que tantas mordomias
concedidas a senadores e deputados, não basta o salário? Para que 81 senadores se
dois por estado seriam suficientes? E 523 deputados se 200 já seria além do
necessário? (Atentemos que cerca de 80% dos funcionários do Congresso (próximo
de 16 mil) não são concursados e 50% são comissionados.) Por que não uma única
eleição, e geral, a cada cinco anos, sem reeleição? Etecetera! Vejam que a
presidente, partícipe inegável desse sistema de enganação perverso, acabou de
sancionar o Orçamento da União 2015, sem qualquer veto, e cujo objetivo prioritário
foi o de TRIPLICAR (867,5 milhões) os recursos destinados ao FUNDO PARTIDÁRIO
(já se elevou em quase 500% em 20 anos.) A bem da verdade, os mananciais (poços
profundos...) começaram a secar após o início da operação “Lava Jato” onde
políticos e partidos tinham como suporte maior os desvios que constatados e
fartamente anunciados (Petrobrás etc.), enquanto nós, contribuintes lesados,
pagamos a farra! Por um lado atocha o trabalhador e de outro cede, temerosa e submissamente,
à politicagem. Note-se que não teve um voto contra das suas “Excelências”. A
presidente foi, mais uma vez, refém de manobras espúrias, temerosa que está de
que o clamor do povo no sentido de impeachment seja ouvido pelos parlamentares
que lhe fazem oposição. Então..., forremos o bolso dos congressistas e partidos
para “amansar” os que ainda não cederam aos seus caprichos politiqueiros.
De engodo em engodo, vamos
sendo conduzidos a um estágio político-social inimaginável.
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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