De iniciativa do TCM - Tribunal de Contas dos Municípios
procede-se criteriosa investigação inerente ao gerenciamento dos “Fundos de
Previdência dos Servidores Municipais” em vários municípios cearenses. Dos 184
municípios, 57 têm institutos de previdência próprios.
Já se evidenciam anomalias de
alta gravidade, entre as quais a que ocorre quando dos servidores são
recolhidas contribuições que se lhes cobram por convenções legais, juntamente
com a verba patronal, mas não as destinaram aos fundos respectivos. Deram-lhes encaminhamentos
inadequados, incertos, desvirtuaram enfim.
Se houver aprofundamento verificar-se-á
que suas consequências são desumanamente mais graves e acintosas do que os
escândalos aos quais já nos acostumamos - “Mensalão” e “Petrolão” juntos, cujos
atingidos mais diretamente são empresas de elevado porte. O mais intrigante é
que no caso em foco os mais prejudicados são justamente os humildes e
explorados servidores públicos que ficam nas mãos dessa súcia de políticos
relapsos e desonestos – referimo-nos aos que envolvidos, posto que ainda haja
prefeitos honestos! Servidores abnegados, mas que passam a vida inteira
enfrentando todos os tipos de constrangimentos politiqueiros, inclusive, o não
reconhecimento do mérito pessoal quando se lhes negam um salário condigno, até
os que a lei lhes confere, além de outras arbitrariedades como insegurança no
trabalho, extrapolação de horário, retardamento no pagamento de salário etc.
Eis que quando estão na iminência de usufruir o que lhes assegura a lei correm
sérios riscos de não serem amparados e irão amargar o pior que se nega a um ser
humano que é a não recompensa cabida inerente a sua vida laboriosa. E para terem
assegurado este direito o servidor pagou compulsoriamente, por anos, mediante
consignação em folha!
À luz dos fatos estamos
vivenciando no Brasil inteiro um modelo cleptocrático como bem reconheceu o
Ministro do STF, Gilmar Mendes. Se irrefutável o dolo, os envolvidos, inclusive
os maus servidores que, por cientes das irregularidades foram omissos e assim partícipes,
deveriam ser execrados publicamente, destituídos das suas funções e alijados da
vida pública “ad aeternum”.
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal Gazeta de Notícias (Cariri).
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