Chegamos a um estágio insuportável
ao qual estranhamente e sem alternativas nos amoldamos. Já não esboçamos
reações de indignação compatíveis ao que padecemos. Será que por covardes
letárgicos que propositadamente nos tornaram e, por isso, perdemos até nossa
capacidade de se indignar? Até isso nos tiraram ou abdicamos? Estamos presos e
destituídos da nossa CIDADANIA que apenas pressurosamente nos é assegurada pela
Constituição. Ela não é mais respeitada nem por quem a elaborou – os impenitentes
legisladores!
Quem dentre nós não se lembra
do quanto bucólico era morar em um sítio com a tranquilidade que a vida no
campo nos proporcionava? Ir à noite à casa da namorada, amigo, parente, a uma
escola com a tranquilidade e convicção de que não correríamos riscos de sermos abordados
por marginais extremamente truculentos que escolhem suas vítimas, nem julgam,
condenam e matam impiedosamente. Em lugar algum estamos mais seguros. Igrejas,
hospitais, escolas, quarteis e até a residência oficial da Granja do Torto (área
de lazer dos presidentes da República), outrora respeitados, já não mais o são.
A polícia vive se escondendo dos bandidos, e com razão, posto que se reconhecidos
como policiais serão mortos. Um verme assassino confessou já ter morto 43
pessoas e continuava liberto e ainda ousou afirmar que se solto matará
novamente! Por quê? Porque certo da impunidade! O custo decorrente da violência
é três vezes maior com o que se gasta com a segurança e 90% dos crimes não são
elucidados. A bandidagem domina e escarnece da nossa situação. Os atos
praticados são de tal modo extremados que nem a filmes de terror e guerras se
assemelham. São de uma crueza insuportável. Já não podemos possuir carro, moto,
bicicleta, celular, joia, bem algum que corremos risco de morte. Eles se
apossam com violência e mesmo sem que suas vítimas, de qualquer idade, esbocem
reações correm o risco de perder a vida. Não mais basta roubar, têm que matar,
por prazer, por perverso instinto bestial. As tristes e macabras estatísticas aumentam
incontidas e avassaladoramente!
Cobramos da Justiça, justiça.
Cobramos da Polícia, policiamento ostensivo. Mas esquecemos de cobrar dos responsáveis
diretos, maiores, os que poderiam reverter a situação, mas que a tudo isso
assistem, afundam-se nas suas poltronas confortáveis, percebem altos salários e
inúmeras outras injustificadas mordomias enquanto o povo padece aterrorizado,
acuado, sem perspectivas. São os POLÍTICOS, os que a cada período se apresentam
como verdadeiros guardiões da sociedade, mas ao serem alçados ao poder pelo
nosso voto, descuram e até desdenham da nossa dramática situação. É aviltante
quanto repulsiva a apatia governamental em todas as esferas. Percebamos que
nada de concreto diligenciam, fica no discurso. Os projetos são vergonhosa e
criminosamente engavetados, retardados, preteridos. Revisão da maioridade penal
é protelada indefinidamente sem justificativas convincentes. Acabemos também
com hipocrisias e escrúpulos quer sejam religiosos e/ou humanitários (os do
parcial “Direitos Humanos”) e adotemos penas severíssimas. Aquele que condenado
a 30, 100 anos, que os cumpra integralmente, sem indulgências. Penas mais duras
para os que delinquem como: trabalho obrigatório em hospitais, escolas,
estradas etc. para custear seu sustento, prisão perpétua, pena de morte, fim
das mordomias e benefícios esdrúxulos (alguns até que estimulam a violência)
nada é aplicado, revisto, repensado, extinto.
Mobilizemo-nos já, cobremos, gritemos
ou de outra forma resta-nos apenas chorar, eternamente, por novas vítimas posto
que a bandidagem se impôs e já estamos entre os dez mais violentos do mundo, e
tudo sob condescendência das autoridades e... nossa!!!
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Vejam também nos endereços:
www.tvrussas.com.br e no jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte) e Jornal
Gazeta de Notícias (Cariri).
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