Assistimos a um conjunto de
inconsequentes medidas administrativo-econômicas da parte do Governo Federal
que tanto aviltam os consumidores quanto nos deixam perplexos e indignados. Uma
provocação, um ultraje aos brasileiros que procedem honestamente.
Cogita-se na esfera federal,
anteprojeto de autoria do deputado Vicente Cândido (PT – SP), com o aberto
apoio do Senador Renan Calheiro (PMDB – AL) e do ministério dos esportes, Aldo
Rebelo (PCdoB - SP), da “renegociação” onde tratam até de ANISTIA de dívidas de
times de futebol, situadas hoje em torno de R$ 5 BILHÕES. Os mesmos times que
pagam fortunas aos seus jogadores – maioria que, pelo precário rendimento que
demonstram em campo, sequer justificam um quarto do salário que percebem. Times
que acumularam dívidas (impostos etc.) astronômicas e os cartolas que
responsáveis pela má administração desses clubes pugnam por “melhores
condições” para renegociá-las. Carências, maiores prazos, melhores juros e
outras condições especiais como até ANISTIA e tudo aquilo que o cidadão COMUM não
consegue, mesmo que não inadimplente e honre criteriosamente os seus compromissos
junto às instituições financeiras. Falamos de cátedra! Somos todos vítimas de
juros, tarifas e impostos escorchantes, de contratos com cláusulas abusivas e
até da armadilha instituída pelo ex-presidente ao criar o famigerado
“Empréstimo Consignado” - onde à custa de taxas exorbitantes (maiores do mundo),
sacrificados aposentados, funcionários públicos e outras vítimas se iludem e
endividam-se cada vez mais até se tornarem insolventes definitivos enquanto as
instituições financeiras se locupletam a um RISCO ZERO - já que os pagamentos
são retidos na fonte pagadora sem risco de inadimplência.
Não bastasse, o Governo
Federal, preocupado e acuado com a real e inquietante situação econômica do
país, ainda ousa criar novos e estapafúrdios artifícios no pressuposto de
“aquecer a economia” e, pasmem, “conter a inflação”. Constatamos renúncias de impostos
(MILHÕES) que beneficiaram as montadoras estrangeiras. Determinação ao Banco
Central que reduza a apenas 50% os empréstimos compulsórios das instituições
financeiras (dinheiro que o BACEN retém das contas dos bancos) e com isso injete
na economia cerca de R$ 45 bilhões que serão direcionados à população já
extorquida e preocupantemente endividada. Com o aumento estimulado do consumo terá
como resultante o endividamento ainda maior da população e acréscimo e não
redução da inflação. É uma bomba relógio que inábil e inconsequentemente acionada
e prestes a explodir em curto prazo. Cuidemo-nos!
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
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