Para quem ainda não percebeu ou que, por mais consciente, já
tem relativa ciência, saibam que o “nó górdio”, o “buraco negro” da Educação
está justamente no MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO! Comecemos porque está sob a
incumbência de alguém que não é da área e sem um currículo que o habilite a ser
responsável por um cargo de tamanha envergadura. Trata-se, como de praxe, de
uma escolha politiqueira, não técnica-racional como caberia.
Outro dia tivemos o dissabor de manusear (confessamos que
não aguentamos ler todo conteúdo..., quase impossível!) uma das muitas e
inócuas publicações emanadas do MEC. É de indignar! São tão prolixas, replenas
de inutilidades e textos difusos quanto vazios e abundantes em detalhamentos
que além de cansativos e de difícil assimilação estão completamente distorcidos
da realidade de um mundo ágil e dinâmico quanto o que vivemos. Para o seu
efetivo emprego e para que se perceba alguma eficácia de resultado seria
necessária a intervenção de vários profissionais e de diversas áreas, inclusive
psicólogos e outros técnicos específicos, dada a complexidade dos temas
abordados. Imaginemos: Se nos é difícil entender quanto mais para crianças em
período de formação (educação infantil - alfabetização) que sequer sabem ler e
na escola estão justamente para isso. É tanta a incoerência que em uma das tais
publicações (Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa), e que tem
origem na Secretaria de Educação Básica – SEB, com tiragem de milhares de
exemplares é direcionado a crianças analfabetas. Como então irão entender? São
tantas obviedades recorrentes, promiscuidades acadêmico-literárias e
terminologia complexas que se tornam inassimiláveis até para alguns que em
estágios educacionais mais avançados. E isto faz parte da “formação” dos
professores que são impelidos a aplicar em salas de aulas. Talvez atenda
realmente apenas os interesses das editoras, isto sim! Ademais, tudo é
oferecido e exigido de um professor que além de ser mal reconhecido e
remunerado, sofre pressões de todos os gêneros, inclusive as infames
ingerências politiqueiras e é, muitas vezes, o único responsável por salas com
30 ou mais alunos. Uma abominação! Um crime de lesa-sociedade, sim senhor!
No PISA – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes,
dentre 65 países o Brasil está no 58º em matemática; 55º em leitura e 59º em
ciência, superados pela maioria dos países latino-americanos. Quaisquer outros
processos avaliativos estão a mostrar o precário estado da nossa Educação e
ninguém, nem a própria sociedade se manifesta com a indignação esperada e justa.
Não se faz nada; um crime!
Não basta aumentar recursos para a Educação e alardear como
um grande feito. Pura bravata! E não basta também aos educando assimilar
conteúdos empurrados de goela abaixo, e sim, desenvolver neles a capacidade de
interpretar, resolver problemas e estimular seu pensar crítico ou, no mínimo, que
aprendam ler e escrever para se capacitar à assimilação dos ensinamentos
subsequentes. O que mais se ouve é o questionamento dos educandos sobre para
que serve aquele conteúdo na sua vida pratica. Sem resposta! Realmente eles têm
absoluta razão. Para quê? Onde aplicar? E terminam saindo dos bancos escolares
promovidos por conveniências estatísticas (pasmem!) e não por mérito, e sem
saber ler, escrever ou entender (fundamental) o que leem ou escrevem. Serão
profissionais com debilitada qualificação e inabilitados a enfrentar a
concorrência e exigências do mercado cada vez mais seletivo.
Senhores, parem, reflitam, sejam práticos e conscienciosos e
se disponham a expurgar em até 60% o conteúdo maculado com tanta poluição
literária, posto que sem aplicabilidade prática. A faxina deve começar pelo
próprio MEC. Acabem com a formalidade e exageros acadêmicos desnecessários e
leguem aos jovens de hoje e de gerações futuras um Brasil com uma melhor
preparação educacional ou vamos à falência cultural e social. No caminho já
estamos!
Cópia ao MEC.
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Vejam também nos
endereços: www.tvrussas.com.br e no jornal a Folha do Vale.
Nenhum comentário:
Postar um comentário