Há ocasiões nas quais precisamos, somos impelidos
a expressar a nossa indignação e devemos fazê-lo, sem medos! O que temer quando
pugnamos por direitos no pleno exercício de nossa cidadania assegurada na Constituição
Federal? Ou reagimos ou nos demos por vencidos à mercê da bandidagem que toma
conta de Russas, da Região, do País, consequente da apatia das nossas
autoridades. Fomos desarmados e hoje incorremos em crime se mantivermos uma
arma dentro de casa para defesa de nossa família. Para tê-las enfrentamos um
rigoroso processo de exigências junto as autoridades e que por vezes até nos cerceiam esse direito. Direitos que
são violados a todo instante por criminosos e até pelas nossos autoridades
constituídas quando se demonstram inoperantes, inábeis no exercício da sua
função. Gritemos sim, sem medos!!!
Movimento como o “RUSSAS SEM VIOLÊNCIA” é um
importante passo, mas restará sem consequências se não sairmos com
determinações de soluções a serem postas em prática, e já. Fazer apenas o jogo
cênico de que estamos inconformados com a situação e não começarmos a praticar
as nossas estratégias de defesa, tudo restará em vão e arcaremos com as
consequências. Todos estamos sob forte risco de agressão e extrema violência e
cerceados da nossa liberdade de ir e vir sem sermos molestados e isto é
intolerável, pior que uma ditadura! Chega de ouvir a cada delito que “[...] as
buscas policiais não lograram êxito...” É constitucional que a Segurança é dever do Estado. Quem gere o Estado é o
governador e é dele que devemos cobrar mais efetivamente. Se nos alegam que o
contingente policial é insuficiente à falta de recursos, contestemos, posto que
sobra dinheiro para obras menos importantes (aquários, festas promocionais,
helicópteros, e até para banquetes), e exijamos para que o número de policiais seja
compatibilizado com o número de habitantes. Não há mensuração de quantos votos
são pedidos quando das eleições, isto não, nem da exorbitância de impostos que
nos são cobrados, mas criam obstáculos quando cobramos o que é de obrigação dos
políticos e administradores do bem público. E por falar em políticos, por que
não cobramos, diretamente, dos nossos representantes – senadores, deputados
(federal e estadual), prefeito e vereadores, os que nos pedem votos e só se
apresentam quando das eleições? A eles compete, ou deveria competir, o maior
empenho e jamais ficar à margem e apenas ouvindo o clamor da população que já
não aguenta essa apatia crônica a que assistimos. Reunamos todos e partamos
unidos para as reivindicações, exigências que forem.
Dentre outras sugestões a serem analisadas e especificamente
para Russas, um número de 20 policiais a complementar o nosso contingente já
minimizaria sensivelmente a ação dos marginais que estão agindo abusivamente e
em ações cada vez mais ousadas a zombar das nossas autoridades. Outra
alternativa é que a Guarda Municipal seja ampliada e a ela se atribua a função
policial para que atue com essa finalidade absolvendo também a atribuição atual
de proteger o patrimônio público. Neste caso, a Prefeitura poderia arcar com 70%
das despesas e os outros 30% seriam rateados entre os comerciantes e ambulantes
legalizados. O que não podemos mais é tolerar
esses abusos e permanecemos rendidos ao crime que grassa em nosso meio e
ficarmos passivos, indolentes e apavorados.
A nossa cobrança deve ser sistematizada e a cada
ato abusivo que vivenciemos e não só em manifestações esporádicas. Mobilizemo-nos,
chega de acomodação e medo de falar!!!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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