Aristóteles,
em “Política”, definiu regimes políticos em três: Monarquia, Oligarquia e Democracia,
critérios que subtendem o poder de um; o poder de alguns e o poder supostamente
de todos. Já as formas (finalidade, razões) de governo, que deveriam ser
direcionadas ao bem comum, são definidas pelo filósofo em seis: a realeza (o monarca
define para todos); a aristocracia (alguns definem o quê para todos) e o regime
constitucional (onde supostamente todos governariam para todos). As outras formas
restantes (Oligarquia, Tirania e a tão propalada Democracia) seriam apenas degenerações
dos outros três citados. E é em uma dessas degenerações na qual ilusoriamente
nos encontramos e não nos damos conta: Democracia.
Em
tempo algum o “Brasil, gigante deitado eternamente em berço esplêndido...”, acordou
e fez jus ao título para regozijo nosso, seus filhos. Continuamos, desde os
primórdios, iludidos na enganosa e sempre protelada expectativa de que, por
sermos gigantes territorialmente e em recursos naturais, tudo vai melhorar e
que já estamos chegando a um estágio no qual possamos nos orgulhar de verdade.
Mudem regimes e formas de governo e continuamos os de sempre, quase estagnados e
vivendo de utopias.
A
nossa forma desvirtuada de governo (“Democracia”), aquela na qual os nossos
políticos ardilosamente se fundamentam e argumentam para angariar seus votos
junto a nós eleitores incautos, alienados, egoístas e individualistas por
hereditariedade, não passa de uma Aristocracia, onde a minoria – justamente os inescrupulosos
políticos – definem o quê para todos. O mais grave é que agem sobrepondo apenas
interesses próprios e em um corporativismo insuportável. Basta ver o último
exemplo dado pela Câmara Federal que, em votação secreta (forma covarde de
legislar e agir sem ser identificado) deliberou por absolver do processo de cassação
o deputado Natan Donadom, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 13 anos de cadeia
(quantos congressistas mereceriam essa condenação...) por crime de peculato (roubo
de dinheiro público) e formação de quadrilha, permitindo que esse privilegiado permaneça
no exercício de seu mandato. Criou-se assim o primeiro deputado presidiário da
nossa história. É bem capaz de ele exigir o auxílio reclusão... Um deboche!
José HILDEBERTO
Jamacaru de AQUINO
(Vejam
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