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segunda-feira, 8 de julho de 2013


O GOLPE DO PLEBISCITO

Para melhor entendimento, Plebiscito significa uma consulta ao povo sobre uma questão específica. Convocam-se os cidadãos para manifestar suas opiniões por meio de voto (sim ou não), e é apenas uma fase antes de uma lei ser elaborada. Pressupõe dessa forma a interferência direta da população nas decisões governamentais. Seu custo, elevadíssimo. Sua real necessidade, sempre questionável e, no caso presente, um artifício de fuga do Executivo ante a nossa preocupante realidade. Um escapismo da parte da Excelentíssima Presidente Dilma Rousseff às demandas das ruas. Atente-se que o Executivo é quem está sugerindo a de há muito protelada “Reforma Política”, o que é dedutível com maioria dos tópicos que apenas de sua conveniência e com pequenos enxertos (engodos) no interesse popular. Como dar então credibilidade a uma lei na qual os abrangidos são os próprios interessados? Perceba-se que são os mesmos políticos que desacreditados, calejados, viciados, alvo principal das recentes manifestações da indignação popular que irão decidir sobre tópicos a eles pertinentes e, na maioria, do seu exclusivo interesse. Deduzamos, pois, quem serão os beneficiados. E o povo ó...!!!
Desse imbróglio o que também nos causa estranheza é que o Tribunal Superior Eleitoral que possui tanto funções administrativas quanto normativas, não delibera ou pelo menos toma iniciativa de, proativamente, apresentar ao Congresso proposta de normas que reavaliem, com isenção e dentro da nossa realidade, todo processo eleitoral para evitar as mudanças de última hora na legislação que sabemos feita no exclusivo intuito de beneficiar exclusivamente grupos políticos, quais sejam. O País fica sempre à mercê de conveniências politiqueiras de última hora. Assim é que eles pensam e agem.
E com isso a Presidente, costumeiramente mal orientada, tenta desviar o foco do clamor popular e assim se esquivar desse encargo ao repassar ao Congresso (que além de submisso ao Executivo está desacreditado) o ônus de um plebiscito que precocemente sabemos sem efeito para as próximas eleições (2014), e mais uma vez posterga decisões dessa relevância enquanto subestima o discernimento do povo brasileiro. Ademais, é uma saída abjeta e inoportuna na medida em que uma Reforma Política não é a prioridade emergencial do País.  Francamente, eles não se emendam. É temeroso!!!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Vejam também nos endereços: 
www.tvrussas.com.br, www.tvjaguar.com.br e no jornal a Folha do Vale.)

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