O GOLPE DO PLEBISCITO
Para melhor entendimento, Plebiscito significa uma consulta ao povo
sobre uma questão específica. Convocam-se os cidadãos para manifestar suas
opiniões por meio de voto (sim ou não), e é apenas uma fase antes de uma lei
ser elaborada. Pressupõe dessa forma a interferência direta da população nas
decisões governamentais. Seu custo, elevadíssimo. Sua real necessidade, sempre questionável
e, no caso presente, um artifício de fuga do Executivo ante a nossa preocupante
realidade. Um escapismo da parte da Excelentíssima Presidente Dilma Rousseff às
demandas das ruas. Atente-se que o Executivo é quem está sugerindo a de há
muito protelada “Reforma Política”, o que é dedutível com maioria dos tópicos
que apenas de sua conveniência e com pequenos enxertos (engodos) no interesse
popular. Como dar então credibilidade a uma lei na qual os abrangidos são os
próprios interessados? Perceba-se que são os mesmos políticos que desacreditados,
calejados, viciados, alvo principal das recentes manifestações da indignação
popular que irão decidir sobre tópicos a eles pertinentes e, na maioria, do seu
exclusivo interesse. Deduzamos, pois, quem serão os beneficiados. E o povo ó...!!!
Desse imbróglio o que também nos causa estranheza é que o Tribunal Superior
Eleitoral que possui tanto funções administrativas quanto normativas, não
delibera ou pelo menos toma iniciativa de, proativamente, apresentar ao
Congresso proposta de normas que reavaliem, com isenção e dentro da nossa
realidade, todo processo eleitoral para evitar as mudanças de última hora na
legislação que sabemos feita no exclusivo intuito de beneficiar exclusivamente grupos
políticos, quais sejam. O País fica sempre à mercê de conveniências
politiqueiras de última hora. Assim é que eles pensam e agem.
E com isso a Presidente, costumeiramente mal orientada, tenta desviar o
foco do clamor popular e assim se esquivar desse encargo ao repassar ao
Congresso (que além de submisso ao Executivo está desacreditado) o ônus de um
plebiscito que precocemente sabemos sem efeito para as próximas eleições
(2014), e mais uma vez posterga decisões dessa relevância enquanto subestima o
discernimento do povo brasileiro. Ademais, é uma saída abjeta e inoportuna na
medida em que uma Reforma Política não é a prioridade emergencial do País. Francamente, eles não se emendam. É
temeroso!!!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Vejam também nos endereços:
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jornal a Folha do Vale.)
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