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terça-feira, 2 de julho de 2013

E SE A PRESIDENTE RENUNCIASSE?


E se a Excelentíssima Presidente Dilma Rousseff, em uma atitude de altivez, sensatez até, deliberasse por renunciar? Surpresa geral, um despropósito ou o articulista, ao cogitar disso, estaria cometendo um sacrilégio? Não, não e não! Por muito menos alguém renunciou, alguns até para fugir da cassação e que hoje ocupam posições privilegiadas no cenário político do País. Ademais, não há demérito algum nessa atitude já que até papas renunciam e são exaltados. A nossa Presidente tem razões de sobra, mas coragem para tal atitude - abdicar do poder - é que o talvez lhe falte ou, pressionada, não a permitem. O fato é que a herança (bomba!) estourou no colo da Presidente. Notemos que havia uma incongruência descomunal com relação aos índices de sua popularidade e os clamores das ruas. As frases explícitas nas faixas e cartazes exibidos nas recentes manifestações populares, país afora, contraditavam com o Brasil que sua Excelência prega e o que é a nossa insustentável realidade. As vaias que a inibiram até de comparecer aos estádios refletem o somatório das nossas indignações por todas as penúrias das quais padecemos. Daí o inconformismo incontido das massas de todos os níveis socioeconômico, cultural, étnico e regional. É quase uma unanimidade nacional. Será que toda unanimidade é burra? Não cremos!
Afirmam que a Presidente não consegue dialogar mais comodamente com os subordinados e até com auxiliares diretos - os que a cercam ou a influenciam politicamente, inclusive Lula, seu criador. Não ouve, apenas manda e quer (quer) ser atendida e nem sempre consegue. Ela não tem o apoio político irrestrito e indispensável da sua base no Congresso. Inúmeras vezes ficou desamparada e teve que negociar e ceder para conseguir o seu intento. Comenta-se também que não está sendo bem aceita inclusive por uma ala do PT - partido que a alçou ao poder.
Enquanto o Brasil clama por segurança, por uma saúde mais humanizada, por uma educação de qualidade, por estradas, ferrovias, por melhor transporte público, por obras de infraestrutura indispensáveis ao desenvolvimento do País, o governo Dilma, dando sequência ao do seu antecessor, limita-se à criação de programas assistencialistas e outras inconsequências como: Bolsas de todos os tipos que viciam; empréstimos compulsórios que locupletam apenas banqueiros que operam com risco zero enquanto endividam irreparavelmente os incautos tomadores; libera vultosos empréstimos ou cogita de perdões de dívidas de países governados por ditadores que mantêm polpudas contas no exterior enquanto seu povo vive na miséria absoluta; direciona verbas para obras faraônicas (estádios) enquanto descura das prioridades maiores do País; mantém uma economia estagnada onde se demonstra impotente para controlar uma inflação que já corrompe salários e preocupa;  negligencia os aposentados; não inicia  nenhuma das reformas indispensáveis ao País; insiste em promessas que nunca ou só em parte são concretizadas e outra série de desmazelos que por si e aos olhos dos mais atentos já inviabilizam o seu governo.
O quê afinal a detém no poder? Uma ilusória perspectiva de reeleição, mormente agora com a sua vertiginosa desaprovação? Será que julga que o nosso povo é tão inconsequente e está a tal ponto imbecilizado que não percebe a crítica situação que atravessamos – talvez a mais severa de toda a nossa história, haja vista o furor das manifestações? Renunciar seria a sua mais acertada iniciativa e enquanto o resto da sua “popularidade” ainda se mantém (não sabemos por quanto tempo) relativamente favorável.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Vejam também nos endereços: 

www.tvrussas.com.br, www.tvjaguar.com.br e no jornal a Folha do Vale.)

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