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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O TRIUNFO DA IMPUNIDADE?


O caso Gil Rugai é emblemático!  Após considerado culpado pelos representantes da sociedade (os jurados, atentem), e sentenciado a 33 anos e nove meses, acusado de ter morto o pai e a madrasta, o réu sai livre, triunfante e ainda com direito a recorrer em liberdade. Injustificável! Uma aberração! Um estímulo ao crime! Grosso modo, caberia-lhe tal privilégio se absolvido. O legislador, eterno negligente, tem culpa ao formular as leis e não mantê-las atualizadas, adequando-as à realidade da sociedade, e os juízes lhes seguem, automatizados, muitas vezes orientados por decisões meramente técnicas e não de conveniência para a sociedade, quando não respaldados pelo que decide o Supremo Tribunal Federal. Ficam questionamentos: A autonomia dos meritíssimos juízes é apenas relativa? De que serve a Primeira Instância? Por que suas decisões são recorríveis a instâncias superiores - por mais sábios e competentes os que têm a última palavra? E de que adianta apenar se ao cumprir apenas um sexto da pena os assassinos já podem estar soltos?
Sabemos que, de direito, temos, todos nós, a opção de recorrer a instâncias superiores e que se reconheça essa prerrogativa, sem exceções. Mas isto acontece comumente para quem tem dinheiro para constituir caros advogados. Já os menos aquinhoados... Ademais, lembremos que a absoluta maioria dos acusados do Brasil, mesmo sem julgamento e sentenciados, permanecem atrás das grades enquanto um que um julgado e condenado sai livre como que uma afronta a toda uma sociedade que se encontra extremamente passiva, acomodada, acovardada, sem perspectivas, embora se reconheça “cansada de tanta impunidade...”.
É..., parece que a moda pegou já que temos condenados, até mesmo pelo STF, que possuem regalias a exemplo do que se observa com alguns membros do Congresso Nacional. Salve-se quem puder($$$)!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Encontrem o texto também nos endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ELEIÇÕES 2014 – PARTE I



Precocemente, quando sequer cumprido o terceiro ano do mandato da presidente, talvez até antes, já se costuram as eleições de 2014. Segundo alguns institutos de pesquisas – os de sempre - os preferidos são, por enquanto, Dilma e Lula (PT). Paralelamente, corre o Aécio Neves (PSDB), também o Eduardo Campos (PSB) e, tal qual a Fênix da lenda, desponta a Marina Silva que conhecemos e agora com o recém-criado partido “REDE SUSTENTABILIDADE”.
É notória a polarização entre PT e PSDB há cerca de 20 anos. Legendas que já esgotaram suas performances; está na hora de mudar! Mas quem estaria fadado a isso? O Eduardo se auto lançou ou faz seu jogo para angariar uma vice junto a Dilma ou Lula. Dificilmente sozinho chegará lá. Seria a Marina que não foi convincente quando da última eleição e obteve apenas um quinto da preferência dos eleitores?  Creio que como cabeça de chapa, nem mesmo se aliando à ex-senadora Heloisa Helena (como se sugere) ela não terá chance. Resta-lhe costurar uma vice com qualquer um dos candidatos se quiser lograr êxito, mas mesmo assim... depende de quem. Afirmamos o mesmo para o Eduardo. Já o Aécio só terá chance se já começar a trabalhar a sua candidatura e ter como vice os citados Marina ou Eduardo. Só assim vemos uma real possibilidade. Quanto aos petistas, eles terão que ter bons argumentos para novamente convencer o Nordeste (só como exemplo), que já descrente das promessas não cumpridas – Refinaria do Ceará; transposição do São Francisco que continua empacada etc. No resto do País terão que demonstrar a que vieram em vista da situação (real e não a enganosa paga e propalada) da nossa economia que se mantém estagnada e com crescimento pífio; da violência que grassa País afora; da precariedade da saúde, das rodovias mal zeladas; da negligenciada Educação, além de eivado de programas assistencialistas com enganosas perspectivas de redução da miséria. Não se espantem se o Cid aparecer como vice da Dilma já que a credibilidade da mesma já não é a mesma que da outra eleição nesta Região. Não vislumbramos outros nomes com reais possibilidade.
E nós eleitores temos que acordar, ser mais argutos, mais do que nunca temos a obrigação de ponderar bem na escolha não nos deixando iludir, mais uma vez, por promessas fantasiosas, nunca ou parcialmente concretizadas ou jamais mudaremos este País e estaremos sem argumentos para reclamar o que nos é de direito... se é que temos.
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
(Encontrem o texto também nos endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CARNAVAL 2013



Difícil é escolher o nome mais adequado para o carnaval deste ano, especificamente no Nordeste: Folia da insensatez, da omissão, da vergonha...
Bem aos nossos olhos, ao derredor, a pouca distância, sob um sol escaldante, insuportável, com temperatura em média de 40 graus, ali no terreiro do eterno desprezado homem do campo, a tragédia. Sem água, sem alimento para si e para o parco rebanho pelo qual lutou a vida inteira para constituí-lo, muitos choram e rogam aos deuses misericórdia. Deuses que parecem se alinharam ao bloco dos insensíveis (políticos, artistas, brincantes etc.) que prioriza o carnaval. A folia ganhou, é mais importante do que vidas e sabemos de pessoas humildes e honestas. Horrorizam-se os brincantes, nordestinos ou não, dizem-se comovidos, oram até pelas jovens vítimas de Santa Maria onde centenas de jovens foram queimados vivos, consequência da crônica indiferença do poder público e dos que não exercem a sua cidadania e não exigem, com firmeza, das autoridades constituídas, o desvelo cabido. Mas os mesmos compadecidos esquecem de que também, nestes dias de carnaval, são dizimadas milhares de pessoas - famílias inteiras destruídas pela seca implacável no Nordeste, justamente pela apatia e alienação de muitos enquanto promovem desfiles pelas ruas alheios a tudo e a todos. Não bastasse, o inconsequente poder público, desavergonhadamente, ainda patrocina e com dinheiro público que ao campo é negado.
O entrudo continua; os problemas dos outros não lhes interessa. Nenhum gesto de solidariedade. Nem uma frase de protesto ou condolência aos vitimados pela seca é estampada nas camisetas ou abadas, caros abadas. Suntuosos e estridentes trios elétricos desfilam pelas ruas a animar foliões que aplaudem ídolos, mesmo que esses sequer renovem suas músicas de embalo e continuem a gritar as mesmas tolices que empolgam os “pipocas” da vida (pior que se orgulham do título e assim consequentemente são tratados) e enquanto acrescem os saldos das suas já polpudas contas com altíssimos e, para alguns,  injustificados cachês (públicos até). Deles, os famosos, nem um protesto emana. Para quê? Mais grave é que se dizem nordestinos e fazem de “tudo” pelo seu povo que “amam”; até cantam..., sorridentes, alegres, apáticos como nunca. Uma palavra só talvez bastasse, tivesse consequências, mas os decibéis dos trios aliados à insensibilidade generalizada abafam!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

INGRATIDÕES


Um sonho: ser mãe, ser pai. E por isso fazem de tudo que estiver ao alcance para concretizá-lo. E enfrentam todos os obstáculos, e se dão por inteiro pelo primeiro filho, pelo segundo e pelos que vierem. Se necessário até morrem por eles que são os seus tesouros. Maioria das vezes as fases mais agradáveis das suas vidas dedicam aos filhos. Mas o tempo é implacável e, para alguns, cruel até. E a idade avançada começa a se aproximar. Os filhos, grande parte, quase o tudo das suas vidas, já cresceram, acham-se senhores de si e os pais, seus antigos amigos, heróis até e indispensáveis consultores para questionamentos diversos parecem agora desnecessários, sem a importância de outrora e, em muitos casos, descartáveis, quando não inimigos até. Objetos que já sem serventia e cujo destino mais adequado, para eles, alguns ingratos filhos, é o abandono, o cruel desprezo. Mal sabem eles que também serão mães, pais e cujo destino pode ser semelhante se encontrarem filhos desumanos quando mais oportuno caberia o zelo, a demonstração de amor que por vezes fica apenas em palavras, atitudes jamais.
Parece exagero, mas é a dura realidade que alguns enfrentam, infelizmente. É alarmante o crescimento dos casos de abandono, maus tratos, abusos diversos como apropriação de objetos e dinheiro e até espancamentos e violências sexuais contra os idosos. E quanto mais se mostra, se denuncia, mais aumentam os casos de desumanidade, algo criminoso, repulsivo, bestial que desgraçadamente a nossa sociedade começa a assimilar até que sejam banalizados como tantos outros crimes aos quais já nos acostumamos e toleramos. O que restou do conceito de família e da consciência humana?
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

(Encontrem o texto também nos endereços: www.tvrussas.com.br e www.tvjaguar.com.br, no jornal a Folha do Vale e http://betelfmrussas.com/.)