SERES POLÍTICOS
Ainda afirmam que o Brasil é o
país do carnaval, do futebol e outras parvoíces que secundárias, análogas às
mencionadas. Enganam-se todos! Somos um país POLÍTICO por excelência e quem dera os jogadores atuais de futebol
vestissem a camisa da nossa seleção – hoje no vergonhoso 14º lugar no ranking
da FIFA - como assim o faz o eleitor pelo seu candidato. Não há exagero.
Em época de política os eleitores
se transformam e extravasam tudo que parece acumulado durante o período da
administração anterior e, conceituada boa ou má, ela provoca reações
inimagináveis nas pessoas, algumas até aparentemente serenas. Até senhoras e
senhores que aparentemente recatados saem também às ruas e janelas e festejam a
passeata do seu candidato, por mais incômodos ela lhes provoque. Todos que
partidários levantam as mãos abraçam as fotos, beijam-nas, apertam-nas e colam
sobre o peito e, descuidadamente enquanto cantam, dão a sua reboladinha ao som
da música mais representativa e sucesso da campanha. É só reparar bem.
Tem de tudo. Alegria, festa como
também apitos, buzinações, sons abusivos dos paredões, descargas alteradas, gritos
histéricos, palavrões e gestos obscenos que partem dos mais afoitos e indistintamente
de todos os sexos e idades que naquele instante contrários aos festejantes.
Testemunhamos em várias ocasiões e recantos percorridos. Não se intimidam em
estirar o dedo médio – maior de todos – enquanto encolhem os demais vizinhos e
na outra mão que se junta fazem o OK, encaixando e dirigindo assim aos
passantes. É cômico e nem tanto um atentado ao pudor. (Mas, ainda existe pudor
depois da TV?)
Quem atenta bem para os detalhes
não acredita, é cômico. Os semblantes e comportamentos oscilam. Ora parecem
irados, ou por vezes manifestam emoções e atitudes que comovem – vertem
lágrimas até - e aí ficamos a nos perguntar: “E aqueles que tanto são alvo de
críticas pesadas e pertinentes - maioria das vezes, quando corruptos,
negligentes, ladrões, incompetentes para gerir o que é publico etc. - de
repente tornam-se figuras virtuosas, deuses, mesmo sabendo-as imperfeitas, mas
que ainda assim são aceitas, naquele instante, como o único instrumento que a
população maltratada, sofrida e insatisfeita pode fazer uso para destruir o
inimigo número um da comunidade, essa que padece por desmazelo dos seus
gestores e tudo é relevado?”
Pior é que o eleitor até afronta o
seu adversário político, mesmo que vizinho, até amigo ou parente e esquece de que
ALGUNS que hoje se digladiam,
insultam-se mutua, cênica e politiqueiramente, amanhã estarão no mesmo
palanque, abraçados, lutando pelas causas DELES,
primordialmente, e o povo Ó! Então vale a
pena tanta animosidade ou mais prudente seria escolher com melhores critérios,
analisar as propostas, inteirar-se do passado dos candidatos e assim festejar
uma boa administração?
Que os eleitores escolham bem e
que os privilegiados eleitos honrem os seus compromissos porque de incompetência
administrativa, politicagem e picaretas o Brasil está farto!!!
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
(Encontrem o texto também nos endereços: www.tvrussas.com.br - www.tvjaguar.com.br e no
jornal a Folha do Vale.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário