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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

JOGOS - EXPLORAÇÃO OFICIAL




É certo que o vício em jogo acarreta sérias consequências psíquico sociais para os viciados, familiares e para a sociedade. Muitos, incontrolavelmente, desfazem-se de todos os seus bens para tentar a sorte que raramente chega.
Do ponto de vista da legalidade é procedente que o “Jogo do Bicho”, “Bingos”, “Rifas” etc. são contravenções e que as autoridades fingem tentar impedi-las e sobre os quais os legisladores não se definem. Porém, o mais concreto ainda é o abuso com a jogatina patrocinada pelo Governo. Temos inúmeras modalidades que administradas por instituição oficial - Caixa Econômica Federal – na qual se oficializa e legaliza a exploração absurda e também criminosa e que o povo ainda hoje não se dá conta. Mega-sena, Timemania, Quina, Lotomania, Lotofácil, Duplasena, Lotogol, Instantânea, Loteca, Lotogol, Loteria Federal e outras infinitas promotoras de ilusões que sugam a população e abarrotam os cofres do Governo Federal, enquanto, em contrapartida, pagam minimamente aos acertadores. Sobre os prêmios que lhes cabe ainda há incidência de impostos.
Enquanto não forem acertados os números sorteados, dá-se o que convencionaram popularmente chamar de ACÚMULO. Até acertarem as dezenas esse montante acumulado vai se ampliando e alcança cifras elevadíssimas, o que estimula o inconsciente do apostador inadvertido que assim joga cada vez mais. São, sem dúvida, esses mecanismos que promovem a maior concentração de riqueza deste País. Eis que em um lance de sorte apenas um ou pouquíssimos sortudos acertam e saem contemplados. Se já no segundo concurso de uma mesma modalidade de sorteio fosse premiado aquele jogador que maior número de dezenas acertasse, o prêmio seria menor, porém rateado entre maior numero de pessoas, não promovendo essa absurda concentração, uma das promotoras da mais injusta distribuição de renda em todo mundo que é a do Brasil.
Como se não bastasse eis que a ganância governamental acaba de idealizar o BOLÃO OFICIAL, na falsa perspectiva de que é “mais fácil” acertar. E, pasmem, fixaram uma tarifa pelo serviço. Mais grave ainda: essa abusiva tarifa corresponde a 35% (TRINTA E CINCO POR CENTO) do valor da aposta em qualquer das modalidades de jogo. Isto é um assalto, um crime de lesa-sociedade e que mais uma vez este Governo que se diz do povo impinge à sociedade.
Enquanto nos iludem com as relativas “baixas” de juros, que muitas vezes não alcançam o tomador de empréstimos ou que por trás há verdadeiras armadilhas, compensam a tão alardeada redução e consequente “prejuízos” aos bancos com o absurdo aumento tarifário e criação de novas tarifas, agora até para se jogar. Dois pecados governamentais: estimulo à jogatina enquanto explora o incauto apostador.  
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

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