O meritório Santos Dumont, a quem tanto o Brasil e a
humanidade devem muito, dispensa explicações. Em sua justa homenagem aqui na
sua terra pouco se fez e ainda assim não condizente com seu legado. Toscos e
desproporcionais reconhecimentos. Entre eles a designação da BR 116, a maior
estrada do Brasil, com o seu nome evidencia bem o que se quer afirmar. Parece
uma colcha de retalhos mal cuidada tantos são os buracos, imperfeições e
disformes remendos. Praticamente não há acostamentos e a sinalização é
precária. Os acidentes com vítimas fatais são incontáveis, assustam e engrossam
as macabras estatísticas, consequência maior do desmazelo dispensado pelo
governo à mais importante rodovia, como também é perceptível em tantas outras
rodovias. Não seria o mau uso dos aeroplanos para fins bélicos, a esclerose
múltipla, a depressão que levariam uma das mais representativas figuras ao
suposto suicídio tão precocemente. Soubesse do descaso para com a sua “maior”
homenagem - a BR 116 – certamente seria esse o motivo.
Ao receber os nossos IPVA e demais impostos que chegam
religiosamente antes do vencimento sentimos indignação. Uma cobrança
pontualíssima nos vencimentos e valores arbitrados pelo governo para mais um
assalto ao bolso do contribuinte. Não podemos atrasar um dia que seremos
multados; não podemos nos furtar de pagá-lo porque teremos nossos veículos
detidos. Mas, para quê? Quem está a usufruir dessa arrecadação monstruosa que
nem sequer preserva vias por onde precisamos trafegar e escoar a produção do
País? Qual ou quais os beneficiários mais significantes que afanam esses
recursos que seria supostamente com fins definidos – conservação, novas vias
etc.? É vergonhoso e deprimente para o contribuinte saber que não tem retorno e
sequer explicações convincentes. Somos tão displicentes na cobrança dos nossos
direitos que o descumprimento da parte de quem competiria, tem como dever, é o
que parece o procedimento legal.
Agora o governo vem, com o costumeiro alarde de tantos
projetos mirabolantes e irrealizados, anunciar pomposamente e em véspera de
eleição que destinará 133 milhões para rodovias (42) e ferrovias (91 bilhões).
Atentemos que isto, se concretizado, será em 25 anos - haja paciência! - e é
início de um privatizar camuflado que trará ainda mais ônus ao contribuinte. Continuamos
resignados diante de um desgoverno nunca antes visto na história deste País!
José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Nenhum comentário:
Postar um comentário