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terça-feira, 4 de outubro de 2011

ATENTADO À VERDADE


"Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. (Dilma Roussef - Presidente do Brasil)”

Lembrai-vos das palavras proferidas no discurso de posse da presidente. Os termos acima encerram verdades e que a muitos importuna ou é de difícil compreensão. Incomoda aos que incorrem em erros, sobrepondo os seus interesses particulares a todos, como se fossem donos absolutos do corpo e, em especial, da consciência de um povo. Povo sofrido justamente pelo descaso e arrogância de alguns, os que agem desregradamente e não toleram ver apontados os seus erros. Falta-lhes a noção de convivência harmoniosa e coletiva. Nem animais assim agem, pois procuram viver em grupos e se sujeitam a regras, disciplinamentos que resultam no bem de todos. Por que os que se sentem injustiçados e ofendidos na sua honra de alguma forma, quer sejam da área pública ou particular, não se valem da própria justiça e assim resguardam seus direitos processando aqueles que os atinge pessoalmente? Esta é a forma civilizada que assiste a qualquer cidadão na busca do reconhecimento dos seus direitos.
Presenciamos mais um ato covarde de tentativa de atemorização e, mais grave ainda porque impetrado contra uma família que no espaço sagrado do seu lar usufruía do seu justo descanso em um ambiente no qual reina o amor e a paz. Os vilões não mediram as consequências do seu ato, mas terá. Com isso não só os que foram alvo dessa barbárie sairão mais fortalecidos e reconhecidos pela população, como também os seus companheiros de trabalho que na busca diária de uma sociedade melhor são os interpretes da voz do povo. Um povo que cansado da falta de assistência do poder público, em especial, clama pelos seus direitos recorrendo em última instância à Imprensa. A imprensa não é um 4º poder. Ela se tem demonstrado o 1º poder, na medida em que é portadora da voz mais importante que é a voz do povo aos ensurdecidos poderes que descuidam do bem-estar da coletividade de quem têm a incumbência de zelar.
Este crime terá repercussão local, regional, estadual, nacional e tomara até internacional, não duvidem. O Cid, sua família e amigos sofreram impactos negativos de alertas, mas nada que os impeça a continuar o seu competente trabalho. Erraram não só o alvo físico como também no procedimento hediondo, próprio dos que por intolerantes não aceitam críticas mesmo que encerrem verdades. E todos sairão mais fortalecidos e com mais disposição para continuar a sua digna labuta que é a de propagar a voz do povo, em especial a das classes menos favorecidas por desassistidos que continuam. Fui ao local do crime e testemunhei que o povo se mostrava unanimemente solidário ao radialista. Presenciei com maior intensidade manifestações de repúdio pelo ato criminoso. E foram tantos e foram de indignação e reprovação enquanto de manifesto apoio à família hostilizada.
Compete aos órgãos de segurança pública apurar com a mesma presteza e competência de como se fez no caso da juíza assassinada covardemente no Rio de Janeiro. Foram rápidos e eficazes como de se esperar de cada policial incumbido dessa difícil, mas dignificante missão. Guardadas as proporções, ambos pagaram e pagam com atentados impetrados contra as suas vidas por trabalharem pelo bem da sociedade e são merecedores de apoio à altura. Não é impossível chegar aos autores e, se for o caso, até aos mandantes; é questão de querer e de tempo, é ponto de honra!
Manifestamos a nossa solidariedade ao Cid e família e a todos que zelam pelo interesse da nossa sociedade!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo;com;br

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