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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

SECAS - TIREM SUAS CONCLUSÕES




Prezado(a) JOSÉ HILDEBERTO JAMACARU DE AQUINO,

Sua manifestação foi registrada com sucesso no Sistema de Ouvidoria-SOU do Governo do Estado do Ceará - DATA DE REGISTRO - 16/10/2015 – PROTOCOLO 0625919 MANIFESTAÇÃO - Russas (CE), 16 de outubro de 2015 Governo do Estado do Ceará Excelentíssimo Governador Dr. Camilo Santana, ESCASSEZ CRÔNICA DE ÁGUA NO CEARÁ – SUGESTÕES/SOLUÇÕES – Sugerimos que se analise a possibilidade de em lugar de onerosas construções de açudes de grande e médio porte fossem construídas pequenas barragens ao longo dos cursos dos rios e riachos do nosso Estado. Com isso diminuiríamos inversões de valores substanciais nas construções de obras gigantescas que terminam por concentrar e restringir a expectativa de aporte de água somente nesses reservatórios, enquanto pequenas outras localidades ficam privadas desse benefício. Teríamos assim substancial melhoria dos lençóis freáticos nas localidades, alimentando poços profundos e pequenas cacimbas; evitaríamos desperdício de água (onde cerca de 70% evaporam e/ou escoam para o mar) e também preservação das vegetações às margens desses cursos naturais de água. Outro aspecto a destacar é que com isso populações ribeirinhas inteiras seriam agraciadas com mais uma opção de lazer tão escasso no nosso interior do Estado. Paralelamente, as leis sobre o uso indevido e impunido das margens desses mananciais deveriam ser mais rigorosas e observadas já que se registram abusos com sérias consequências ambientais e tudo passa despercebido ou as autoridades competentes negligenciam. O que falta ao Estado nessa abordagem, e de há muito tempo, sem prejuízo das oportunas providências já adotadas, notoriamente pelo vosso governo, é uma visão mais técnica, racional quanto simplista em busca de soluções que acarretem resultados mais eficazes e a um custo menor de um dos maiores e sérios problemas do Ceará – escassez de água. Respeitosamente, José Hildeberto Jamacaru de Aquino Crato/Russas (CE)



Prezado(a) JOSÉ HILDEBERTO JAMACARU DE AQUINO, segue a resposta de sua manifestação criada no Sistema de Ouvidoria - SOU com o protocolo de nº : 0625919 .

Resposta.

Prezado Cidadão O abastecimento de água às populações do Estado do Ceará há mais de um século é feita intensamente por mananciais artificiais denominados açudes. Na década de 50 foi iniciada a construção de açudes estratégicos de porte significativos como: Araras na região norte do Estado, Banabuiú no Sertão Central, Orós no Alto Vale do rio Jaguaribe, Aires de Sousa, Poço do Barro, Riacho do Sangue e muitos outros. Somando-se a estes maiores foram construídos uma significativa série de açudes de porte médio e pequenos. Na década de 90 no final do século passado, foi construído o maior manancial do Estado que é o açude Castanhão, somando-se a este foram construídos vários açudes de porte significativos como os açudes Pacajus, Patu, Trussu, Arneiróz, Figueiredo etc. A gama de reservatórios construídos no estado com dimensão grande e médio praticamente já preencheram os espaços hídricos apropriados para implantação destes empreendimentos. Hoje, no Estado, tem-se uma quantidade muito pequenas de vazios hídricos com contribuição hidrológica adequada para construção de açudes de porte médio. Portanto, o cenário futuro do Estado quanto a construção de açudagem, com poucas exceções, conforme relatado acima será direcionado as lacunas hídricas de pequenos porte, até porque a malha hidrográfica do estado não comportará mais grandes barramentos. Convém ressaltar que, perante a pouca intensidade pluviométrica registrada nos últimos quatro anos, somente os reservatórios de porte significativos continuam resistindo o abastecimento do Estado. O Estado vem, também, aportando soluções técnicas de grande eficácia não só para atender as comunidades do meio rural com também sedes Municipais e Distritos como a perfuração de poços bem como implantação de dessalinizadores em poços com altos teores de salinidade. Soluções essas, que vem respondendo as demandas de abastecimento dessas populações nesse período crítico de estiagem em que o nosso Estado atravessa. Goretti Ximenes Ouvidora da Secretaria dos Recursos Hídricos – Fortaleza-CE, 27/10/2015

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