A toda hora nos deparamos com
notícias de grande repercussão na mídia e redes sociais sobre casos de
preconceitos, em especial raciais e se envolvem “famosos...”. Preconceitos são
de todos os tipos – racial, homofóbico, socioeconômico etc. Percebamos que
desde criança, quando alguém era apelidado e não gostava, maior era a
insistência dos provocadores a fim de aborrecer suas “vítimas”. E conseguiam.
Livrar-se dessas alcunhas não era tão fácil, por vezes duravam anos, ou toda
uma vida e, em muitas ocasiões, os envolvidos chegavam a adotar revides
incivilizados com sérias consequências. Como exemplo, e que se nos parece incongruente, é
que o caso da raça negra que se diz, justificadamente, orgulhosa da sua
descendência (Afro-Brasileira), mas aquele que ousar nominar publicamente
alguém de “negro”, corre sérios riscos de ser enquadrado nos ditames da lei.
Será que não teríamos inúmeras saídas mais racionais, civilizadas, do que
partir para o contragolpe imediato? Por exemplo: se alguém o chama de “negro” e
isso ao invés de lhe orgulhar e, talvez só do seu ponto de vista, o desmerece, desqualifica,
por que não taxa-lo de “desbotado”, “descolorido”, “branquelo” etc.? E quando ocorrer
o inverso, é ou não também preconceito? É! Estamos no mesmo plano qual seja o
tipo e nível de preconceito. Por que exigir alguns privilégios como, por
exemplo, as tais “cotas raciais” (reserva de vagas em instituições públicas ou
privadas para grupos específicos classificados por "raça" ou etnia), já
que assim estimulam ainda mais o preconceito e a discriminação? Tais cotas nunca
foram ou serão bem aceitas no próprio ambiente acadêmico e ainda estimulam o
preconceito. Por que dia disso e dia daquilo se os dias são de todos nós, todos
os dias? Por que não e preferencialmente a isonomia em todas as áreas e com as
mesmas oportunidades de colocação na vida? Então não fique a esperar, lute
honestamente por isso!
Posto
isto, não podemos radicalizar fundamentados apenas pelas cores das nossas peles,
o que nos levará a posições extremadas e segregacionistas de todas as partes.
Reflitamos, temos outras saídas mais racionais e humanas. O que temos é que nos
esforçar, individual ou conjuntamente, para garantirmos nossos espaços, mesmo
que em alguns casos, por decorrências socioeconômicas, as oportunidades não
sejam idênticas. Mas igualdades jamais acontecerão em nosso mundo. Sempre
teremos os privilegiados e os menos favorecidos; aprendamos, pois, a conviver
relevando nossas diferenças. Há amarelos ruins, há negros ruins, há brancos
ruins, mas a infinita maioria de negros, amarelos e brancos é constituída de
pessoas de boa índole. Sejamos tolerantes e tratemos de melhorar nossa
convivência com os semelhantes já que a única certeza que temos nessa curtíssima
passagem pela vida é que nascemos, crescemos, envelhecemos e nos tornaremos pó
– negros, brancos, amarelos, mestiços de qualquer raça ou etnia.
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Leiam
também nos endereços:
www.tvrussas.com.br,
no Jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte-CE) e
Jornal
Gazeta de Notícias (Crato-CE).
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