Quando
nos deparamos com manchetes impressas nos principais jornais e revistas, ou de
viva voz em rádios e TVs, destacando que: “A Excelentíssima Presidente Dilma
Rousseff irá liberar verbas (R$ 500 milhões) relativas a emendas apresentadas
pelos ilustríssimos Deputados com o propósito de “acalmar os ânimos” dos
opositores ao seu governo”, uma clara tentativa de subvertê-los à conveniência
e jugo dos interesses exclusivos do Executivo e não os do POVO a quem deveriam priorizar
(mas não o fazem), somos tomados pelo sentimento de indignação cidadã. Um
acinte! Atente-se que são verbas já programadas no Orçamento da União e que
deveriam ser utilizadas de acordo com as disposições orçamentárias do Governo
Federal e conveniência dos postulantes, a fim de atender necessidades prementes
de suas regiões – bases de apoio -, mas que inconsequentemente, maioria das
vezes, só são liberadas em ocasiões de exclusiva conveniência do Executivo e
como moeda de barganha, onde mais uma vez evidencia a autoritária e abusiva
ingerência e coação sobre o reconhecido submisso poder Legislativo. Joga-se por
terra inclusive preceitos constitucionais da tripartição e de que os Poderes
são INDEPENDENTES. Como “independentes” se o Legislativo acata submeter-se aos
ditames e conveniências do Executivo e o faz abertamente mediante manobras
politiqueiras – liberações de verbas, MPs etc.? Já o Judiciário tem na sua
maior Corte – Supremo Tribunal Federal (guardião da Constituição) - a intromissão
direta e perniciosa do Executivo e Legislativo ao ter indicados e aprovados os
Ministros que a comporão quando a escolha deveria ser democrática e no
exclusivo âmbito daquele Poder. E esses procedimentos não ficam circunscritos ao
âmbito federal. Passam pelos Legislativos estaduais e alcançam Câmaras
municipais. Estamos mal acostumados a ouvir e aceitar que existem Deputados e Vereadores
da “base” do Governador ou Prefeito e há os “opositores”, como se todos, sem
exceção, não tivessem sido eleitos para representar suas regiões e comunidades
e não os interesses por vezes mesquinhos e politiqueiros dos administradores do
momento. O povo os elege e seria no interesse do POVO, exclusivamente, que
teriam que exercer o seu ofício. Qualquer outro entendimento é equivocado. Se
as proposições forem no interesse da coletividade, que votem favoravelmente,
não há o que questionar, mas se contrariam, que votem desfavoravelmente. Ademais,
atente-se para que quem remunera (até excessivamente bem, além do cabido) os Excelentíssimos
Presidentes, Senadores, Governadores, Deputados, Prefeitos e Vereadores é o
POVO, para quem deveriam governar. São funcionários públicos – do POVO, posto isto,
devemos-lhes respeito, mas não favores!
Enquanto
isso, passivamente, a sociedade a tudo cala e assim condescende com os
desmandos. Raras as vozes ou faixas que levantadas em protesto; aquiescem e se acomodam
enquanto a Nação paga caro por esse insustentável alheamento coletivo e
desvirtuamentos impostos à já tão ultrajada Constituição. O sistema político do
Brasil da forma que está posto é falho e leva ao descrédito das instituições
que o compõem.
José
HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
Leiam
também nos endereços:
www.tvrussas.com.br,
no Jornal Folha do Vale (Limoeiro do Norte-CE) e
Jornal Gazeta de Notícias (Crato-CE).
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